Vista para os Quartos – Curtas

  • É um jogo de jogadores, e são eles que definem o rumo não apenas do resultado mas dos jogos. O mesmo sistema, mas sem Jonas e sem Felix trouxe correria sem fim, e mudou totalmente com as substituições;
  • A má primeira parte do Benfica deveu-se, portanto, ao pensamento, ou falta deste de demasiados jogadores do Benfica. Os posicionamentos estavam lá, o sistema e modelo estava lá, mas a tomada de decisão dos jogadores da frente, condenou os encarnados a perdas sucessivas, e de forma rápida, que impediram as linhas mais recuadas de chegar à frente, para que nessa mesma perda, pudessem estar próximos para novas recuperações;
  • Saída de Zivkovic e entrada de Jonas trouxe desde logo cérebro. Mais pausa e critério, e a partir daí mais Benfica, mais junto;
  • João Felix, embora a um nível diferente do que vem sendo habitual, só pela capacidade que tem para definir assertiviamente os timings para (não) acelerar veio acrescentar mais qualidade ao jogo do Benfica, que trocou definitivamente acelerações por maior controlo mesmo com bola;
  • Incrível Jonas – Mesmo bastante menos capaz do que outrora fora da zona de finalização, na hora de atirar à baliza ainda está ao nível dos melhores do futebol mundial – Torna cada lance que finaliza, por mais complicado que seja para o comum dos mortais, um lance aparentemente fácil;
  • Destaques muito positivos para Ferro e Grimaldo. O central português voltou a ser um elemento que acrescentou bastante no ataque posicional. A qualidade dos seus passes e timings para progredir e soltar, bem como as decisões de para onde soltar, foram um dos maiores catalizadores das mais pensadas jogadas do Benfica. Grimaldo, trouxe qualidade na ligação com o espaço interior, sempre que o corredor lateral foi solicitado, e contrastando com Yuri Ribeiro ajudou a manter a posse e fazer com que o jogo tivesse menos repelões, mas fosse mais pensado.

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6 Comentários

  1. A primeira parte foi muito má. Constantes perdas, falhas de passes e más decisões. Tenho que discordar na parte dos posicionamentos na primeira parte – houve vários momentos onde também isso falhou tanto na reação à perda como no ganho de bola havendo muita dificuldade em reagir à pressão no meio exercida pelo Dínamo, mas concordo que aparentava haver a intenção até pela forma como o Lage passava indicações e corrigia posições sempre que conseguia falar com algum jogador.

    O nível da primeira parte levou-me a pensar que o Lage tinha ido longe de mais descaracterizando a equipa. Mas tenho que dizer que o facto de ter mexido ns equipa logo ao intervalo denota uma de duas coisas ou ambas, ou estava já pensado assim ou não teve medo de corrigir sabendo que tinha os craques no banco. Com a entrada destes muito mudou mas continuou a ser difícil chegar à baliza e, embora menos, o jogo continuou muito físico.

    Concordo com o elogio ao Ferro. O miúdo de jogo para jogo mostra serenidade, capacidade, inteligência. O golo foi a cereja, força colocação intenção tendo olhado bem para a baliza quando recebeu a bola.

    Os comentadores na TV disseram várias vezes que o Felix entrou mal no jogo… mas será que não viram a quantiadde de bolas que recuperou, a forma como deu posse e boas decisões à equipa mesmo num jogo um bocado partido?

    Em suma, mesmo sabendo que o Dinamo podia ter marcado e muito podia mudar nesse momento, acabou por ser uma vitória justa mas muito esforçada e importante.

    • Relativamente aos comentadores da TV, basta dizer que são da SIC…
      Quanto à primeira parte o texto aponta aspetos fundamentais aos quais acrescentava uma ideia que me pareceu ter sido assumida por Lage. Uma primeira parte em que era importante não sofrer golos e tentar, com a equipa descaracterizada, mobilizar e muito os jogadores do Dinamo. A verdade é que na segunda parte o Dinamo quebrou fisicamente.

  2. As minhas curtas em resposta às tuas:
    – Jota e Rafa não são avançados centro.
    – Ziv está fora dela na era Lage. Parece que não faz o que o treinador lhe perde. Uma pena.
    – Félix está fatigado psicologicamente, mesmo assim é espetacular.
    – Jonas coitado, mesmo tendo de pedir licença às costas para se mexer ainda mete o golinho da ordem.
    – Ferro agarrou o lugar.
    – o Yuri esteve muito mal. Percebo que jogue porque é preciso descansar o Grimaldo, mas não mostrou nível. É falta de ritmo ou de qualidade? Ambos, na minha ótica.

    • Yuri não tem nível para o Benfica. E ele sabe disso… Vê-se pela postura dele. O homem sabe que é demais para ele.
      Urgente a necessidade de laterais suplentes que façam os mínimos olimpicos

  3. Uma questão em relação ao Fejsa, porque me pareceu “perdido” ontem: com RV e JJ, Fejsa “limpava” o meio-campo sozinho e tinha um companheiro, Gedson, Pizzi ou Krovi ou Zivkovic, que tratavam de construir. Com este meio-campo a dois quase lado a lado, que exige que ambos os MC construam, é quase um suplício ver o rapaz a tentar construir, uma coisa que ele tem muita dificuldade em fazer, não achas?

    O mesmo se pode dizer em relação ao Gedson: este modelo de meio-campo não é para ele, arrisco dizer.

    Quanto ao Zivkovic, tenho também dificuldade em compreender a pouca produtividade, e mesmo em relação ao Cervi noto que entra desconcentrado, parece uma barata tonta…

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