O FC Porto apresentou-se, em casa do Liverpool, num 5x2x3 no momento de organização defensiva. A nuance tática trouxe aos dragões, algumas indefinições importantes.
Salvo raras exceções, o Porto controlou a entrada do adversário no espaço central. A equipa inglesa gosta de sair por fora e utiliza alguns movimentos padrão para instalar jogo no meio campo do adversário. As ruturas entre central e lateral são frequentes e, talvez por isso, o Porto tenha adotado uma defesa com 5 elementos. Foi no controlo desses movimentos que surgiram algumas incertezas. Sobretudo à esquerda, Alex Telles apresentou-se receoso pela forma como o espaço nas suas costas ia sendo ameaçado. Mesmo sabendo que a linha defensiva tinha mais um elemento, o brasileiro não se mostrou confiante para encurtar, de forma rápida, sobre o jogador que se posicionava em largura. Por cada bola que Telles deixava descoberta no corredor lateral, o Porto tinha de baixar o bloco, obrigando os seus elementos mais avançados a um enorme desgaste.
Contra equipas desta dimensão, a escolha de um “mal menor” deve ser encarada com naturalidade. A entrada da bola nas costas dos laterais não trará problemas tão graves como o permanente recuo do bloco portista. Talvez pela falta de treino neste sistema tenham surgido algumas dúvidas. Dúvidas que não se poderão repetir no Dragão.
Em transição, o Porto revelou-se pouco capaz. A expectável procura pelo corredor oposto ao local da recuperação não foi vista com frequência. Os centrais desempenharão, no próximo jogo, um papel fundamental neste momento. A ação técnica, e sempre tática, de transformar os “alívios” em passes, poderá ditar o sucesso dos contra-ataques portistas.
e a falta de pressão de soares aos DC? digo isto porque se soares mais pressionante marega tb o podia ser e consequentemente alex telles tb, qual a tua opinião?