Da construção à finalização ou como aproveitar desarticulação do adversário – O exemplo do Bayern

Diz-se que um dos principais prazeres que o treinador de futebol pode ter, é quando vê a sua equipa fazer um golo construindo desde trás e ligando todas as fases ofensivas. Em Munique, no duelo entre os dois primeiros na Bundesliga e que provou mais uma vez a supremacia do Bayern em detrimento do Borussia Dortmund, assim aconteceu. O quarto golo nasce com mérito da equipa bávara mas também com algum demérito da equipa de Lucien Favre. Do golo, destacar essencialmente o padrão de circulação à largura do Bayern em ataque posicional para posteriormente explorar o espaço interior nas costas da linha média adversária, o atrair do adversário a uma construção mais baixa, “chamando” o adversário a sair a pressionar, aproveitando a desarticulação intersetorial e grupal do Dortmund que identifica o momento de sair a pressionar de forma vertical quando sai um passe recuado, mas que não o faz de forma organizada e agressiva, abrindo espaços que o Bayern aproveitou para quebrar a pressão na zona ainda de construção, para posteriormente ligar na criação, nas costas da linha média adversária. No golo, de destacar o papel de Thiago. Que as lesões finalmente deixem de apoquentar um dos médios que mais prazer me dá ver jogar. A sua movimentação, no sentido de ajudar a sua equipa a sair de forma limpa e curta na construção, causou indefinição na equipa de Favre, que se partiu e desorganizou no seu posicionamento em organização defensiva e abriu espaços numa primeira fase nas costas da primeira linha de pressão e posteriormente entre linha média e defensiva, espaços esses aproveitados pela superior classe de Thiago para posteriormente ligar construção com criação e o lance desenrolar-se até acabar em golo. Vale a pena ver o vídeo.

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