Futebol desprovido de sentimentos – Considerações e uma tertúlia Lateral Esquerdo


Atacamos antes a la persona que al futbolista y entonces casi siempre nuestras reuniones a principio de temporada son parte humana y parte profesional dividida en dos. Al mismo nivel. Pero sobre todo lo que enfocamos es la parte humana. Ahí radica el éxito

Pochettino

Algumas pequenas reflexões decorrentes da inacreditável remontada do Liverpool.

  • É fácil e óbvio colar o lado emocional e sentimental na enorme conquista dos “reds”. Não se pode é ignorar que este lado é um “plus”. Sem organização, sem modelo e um jogo muito bem preparado, não é porque a atitude competitiva anda a níveis de excelência que se vencem jogos, ainda para mais desta natureza;
  • O futebol “Rock and Roll” como Klopp o apelida, também pode vencer jogos e competições. Os três “cavalos” que ocupam sempre o espaço central no sector médio do Liverpool têm uma preponderância incrível no jogar dos “reds”. A sua capacidade de pressão, agressividade e rotação são determinantes para que a equipa roube mais bolas e aproveite os momentos em que é mais forte – Saídas velozes em direcção à baliza adversária. Não deixa de ser inteligente por isso. Pouco inteligente seria tendo tais jogadores optar por um caminho diferente;
  • O Liverpool está bastante longe de ter os melhores interpretes do futebol mundial (com uma ou outra excepção, naturalmente), mas as escolhas para cada posição foram extremamente criteriosas tendo em conta aquelas que são as ideias de Klopp. Não há assim tantos jogadores no futebol mundial que consigam entrar ou que “assentem” tão bem nesta equipa (com este modelo, obviamente)
  • Do outro lado uma equipa onde todos parecem cumprir apenas uma obrigatoriedade da sua profissão. De que importa nos dias de hoje a organização, quando esta é comum a tantas outras equipas, se não lhe adicionas os “plus” necessários? O Barcelona não pareceu mais do que um conjunto de rapazes que entrando em Anfield a um jogo de carimbar um apuramento para a final da prova maior, se assemelha a um grupo de amigos que se juntou para jogar futebol, e onde dois terços da rapaziada nem sequer vai com disponibilidade para se cansar demasiado porque no dia seguinte se acorda com umas dorzitas, e sobretudo porque há para lá um tio que a qualquer momento fará a diferença para nós.
  • É o lado “negro” de ter os melhores. O passar da responsabilidade, o esperar que as coisas aconteçam sem as procurar verdadeiramente. E aqui, o treinador terá sempre um papel tão determinante quanto aquele que lhe é atribuído na construção do modelo.

No dia de ontem surgiu uma troca de ideias entre os vários autores do Lateral Esquerdo, porque me pareceu poder ser algo interessante de ler, resolvi partilhar:

grande tweet @Joao Baptista BnA

O ridículo – pessoal queixar-se do facto de ter jogado o Vidal e ao mesmo tempo valorizar o Liverpool (Henderson, Fabinho e Milner).

Anda tudo louco à procura do resultado que dá a razão.

Aceitem que há mais para além do que cada um gosta e acha que é melhor.

Mesmo??

Concordar ou não é natural mas o pessoal n quer saber disso quer é ter razão… eu posso n gostar do liverpool (porque transforma o jogo em algo que n me apaixona e valoriza jogadores com os quais n me identifico) mas n estou à espera de ter razão ou não. Eles jogam como querem e valorizam quem querem… e o Valverde igual… perdeu é uma besta – porque jogou o vidal ou porque perdeu?

eu gosto é de ver a malta a querer transformar o Liverpool no “seu jogo” quando defende o oposto… falam mal de tudo o que seja o estilo de jogo do Liverpool… mas no caso do Liverpool ignora-se… e até se tenta ver outras coisas…

Resultadistas

e lá está… a malta dorme melhor por achar que tem razão… só que nem percebem que terão sempre razão… e como têm sempre razão, isso já nem tem interesse. (Têm sempre, porque há sempre um MAS …. se ganhou o que digo tenho razão, se nao ganhou foi porque aconteceu nao sei q, por isso tenho razão na mesma!)

sao 2 coisas q me chateiam… o seguir a moda pura e dura, sem questionar; e o ter tudo determinado e estar só à espera de encaixar acontecimentos no q já determinei

Andam em busca do resultado que lhes dá razão

“Bota abaixo” para eu sair por cima…

Eu adoro-o…

Mas não é pelo estilo, é por tudo o resto!

eu tb me lembro de dizer há bastante… não têm é coerência nenhuma depois quando se quer criticar o Conceição e todos os outros que defendem o mesmo jogo…

Voila

Eu gosto

Tb é o meu preferido

Mas não critico quem pensa de forma semelhante

Eu adoro o Klopp em tudo

No futebol reina a incoerência. E é um bocado o que estava a dizer. O que a malta quer é ganhar a discussão do café.

Isto é outro exemplo. Já ouvi, muitos ingleses principalmente, talvez os rivais a criticar o Klopp por não ter ganho nada… Fdx… mas isto… esta coesão… este ambiente… esta mentalidade… para mim já é muito. Estar a disputar o campeonato até à última jornada… com tantos pontos realizados… também. Presenças nas finais da Champions também. Um bocado à imagem do Jesus nas Taças UEFAS no Benfica. Isso também é mérito.

Eu também não sou o devoto por este tipo de jogo. Isto do ponto de vista racional… do controlo emocional… de sermos mais controladores e eficientes no jogo. Mas o jogo também deve ter emoções… e aí contra mim falo… e nisso o gajo é mestre. Como as controla e como agora tem conseguido mais regularidade e como está mais próximo do sucesso. Tudo nesse registo emocional… dificílimo de controlar.

P mim é isto o futebol

Uma das merdas por adorar tanto Klopp

É isso

Emocional

Sentimento

Isto é no fundo… a tendência… do ponto de vista racional… de tornarmos o futebol xadrez. Mas é um xadrez onde as peças são humanos… portanto… é impossível eliminarmos o emocional e o sentimental. E o futebol-xadrez… que é de facto uma tendência evolutiva… irá eliminar emoções… portanto… espectadores.

Isto isto isto

discordo um bocado dessa ideia qd aplicada ao klopp. ele tem aquilo tudo mt bem pensado

é uma equipa coerente

Não não temos de ver beleza só naquilo que mais gostamos. Não temos quer ver competência só nas coisas com as quais nos identificamos. Já vi muitas equipas competentes a jogar sempre longo. E eram boas nisso! Preparavam se bem. As coisas não são divisíveis e acho curto associar mais o lado emocional ao gajo que tem a equipa mais bem trabalha em todos os momentos.

Eu n o acho só emocional, calma

claro q ele é carismático e impulsiona a equipa. isso até pode ser o elemento agregador mas é redutor

também não acho que é só o emocional, dentro do jogo que defende, está extremamente bem preparado! quer nas ideias da equipa, quer até na escolha dos jogadores

tendo a concordar com o bruno. com uma adenda, o guardiola n tem a equipa tão bem trabalhada defensivamente mas é tão bom no resto, q eles passam mt menos tempo nesse registo

Ele quer transmitir isso. Essa paixão essa emocao. Mas durante 90 minutos eles são rigorosos! Porque é que a vertigem tem mais emoção do a que a pausa? Não acho que tenha…mas as pessoas associam a velocidade aos nervos…a rapidez à intranquilidade…

Sim, também acho.

Achas que o City do Pep não é top defensivamente?

mas aquela forma de defender tem muito também desse lado do “vamos juntos, somos uma equipa, faço por ti tu fazes por mim” etc… para lá da organização… O Barcelona é o contrário… “ah temos o Messi ele há-de fazer qq coisa, e andam lá sem essa tesão”

Cada um de nós é único, logo no campo das emoções temos um padrão muito proprio tb

Claro! São equipa! Mas ninguém diz que o Ajax não é equipa porque defende h-h….aí já se estão nas tintas para o coletivo

acho q na fase ou era da desorganização… organização por si batia tudo… hoje já não encontras mt equipas de merda… (no sentido colectivo)… então volta a ser importante (em cima da organização) essa emoção, essa atitude competitiva

a defender no próprio mc com 10 atrás da linha da bola não são

mas já estiveram bem pior lol

Porque dizes isso?

O Ajax é outro exemplo claro q leva as pessoas a serem totalmente incoerentes… Mourinho é uma merda porque de x em qd manda um ou dois HxH – Ajax é fabuloso IDENTIDADE

A este nível isso nem se questiona,

bola fácil entrar entre linhas, até há mt pouco tempo médios n baixavam se ultrapassados

Eu acho bué graça é o

Ah e tal da bué foco ao processo ofensivo

Caga na defesa

Looooool

Concordo mas isso não deixa de ser tático. A forma como eles pressionam origina imenso duelos….parece que é na raça…mas nasce de uma ideia…é mesmo a ação técnica no duelo…

Pá eu falo por mim. Se esta merda n tiver emoção, n tiver sentimento, pode ser mt organizado e o crl. Mas eu n curto

tem o seu ponto de razão. nestas equipas mt fortes com bola, ajax, city, para vê-las errar é remetê-las ao seu mc. o pior é fazer isso

e duelos em condições favoráveis q há timmings para a coisa ser bem feita

Mais

Mas o Klopp é mais emoção do que o Guardiola porque?

Para ti ou para o público??

Ontem, a malta toda a dizer que o City tava a sentir a pressão na 1parte, mas não era isso…

Leicester tirou a bola ao City nos primeiros 30 minutos e o City viu-se negro

Acredito nisso. Do tirar a bola a esse tipo de adversários para lhes criar mais dificuldades.

Ano passado, o Paulo Fonseca venceu o Napoles do Sarri em casa porque retirou a bola ao Sarri, eles sentiram-se muito desconfortáveis…

Acho que, a estratégia é, também, isso. Procurares deixar o adversário desconfortável naquilo que são bons!

ganhou ao nápoles porque o sarri rodou equipa para ganhar 6 ao benevento em casa eheh

o city é bom a pressionar alto. mas se os colocas no seu mc

Pois, dependerá mas acho que talvez se cole demasiado o rótulo de emocional ao Klopp pela postura dele. Por o jogo dele ser, aparentemente menos controlado….não sei

Bem… eu referi que o Klopp tinha evoluído… e que hoje o Liverpool é mais regular. É mais regular porque controla melhor os diferentes momentos do jogo. A questão da emoção… é como o Pedro disse… um “addon”. Algo que os diferencia. Mas compreendo o pondo de vista do Fidalgo e vai ao encontro do que eu escrevi sobre a Intensidade. Também podemos ter emoção na pausa… na temporização. A emoção é um conceito genérico. E tem o valor que cada um dá. O que elege a emoção do Klopp… é que é a da maioria. É o apreciar da agressividade, da velocidade, da vertigem. Mas se o Liverpool hoje é mais forte é porque consegue ser isso e noutros momentos, outras coisas. Mas o tal futebol-xadrez de que falo… só vi no Barcelona do Guardiola. E era isso que eu dizia… se o futebol evoluir para aí… perde na emoção. Eu tinha amigos que se queixavam que aquilo os entediava… e que não viam. Lá está… eu tirava prazer… provocava-me emoções.

São estados emocionais diferentes! Isso muitas vezes conta imenso… City quer bola, quer marcar, precisa do jogo e tem de ganhar! Leicester não precisa do jogo, abdica de atacar, enerva, congela o jogo…

Eu adorava o Barça do PEP

Mas n conseguia ver aquilo sp

Não é descontrolado, mas adora explorar cada metro que exista na pronfudidade

É isso… cada um… sente coisas diferentes.

City abdica disso,

Concordo. Também já falei disso há muito tempo. Mas não será uma questão de cultura? Educação… conhecimento.? Eu não consigo ver beleza naqueles quadros de milhões….não devemos trabalhar o público para identificar o grau de dificuldade de determinada coisa?

gosta e vibra com, ataque cá e ataque lá… possibilidade de criar e fazer golo

Depois é cultural, cada país seu ADN

https://codigofutebolistico.wixsite.com/codigofutebolistico/single-post/2015/06/16/O-caminho-do-espet%C3%A1culo

O problema, e julgo que este é cada vez mais visível, é que as pessoas querem um jogo diferente do dos treinadores. As pessoas amam o futebol mas não vibram com a forma de jogar que muitos preconizam.

A desorganização, espelhada nas oportunidades constantes, a velocidade, a pressa e a garra, são as principais caraterísticas de um futebol apaixonante….para o público em geral.

É uma tendência da sociedade, queremos tudo depressa demais, não há paciência para pausas e relaxamentos. Queremos tudo rápido e já não nos seduzimos por aquilo que é arrumado e excessivamente organizado.

O público quer golos, ataques constantes…o público quer 2-2, 3-3, 4-4 e o Bruno Ferreira em êxtase a cada variação de flanco.

E nós treinadores, queremos o que? Vamos querer o quê?

A beleza está nos olhos de quem a vê….e o que me deixa mais tranquilo, é que os apaixonados pela desordem, são os mesmos que exigem resultados…e a pressa, essa, ainda é inimiga da perfeição.

Certo

O problema é a falta de diversidade

mas isso tb muda. a espanha era a furia. alemães n tinham tecnica

No Benfica n podes ter tiki taka

O público come-te

Eu inclusive ????

hoje não escreveria esse texto…mas não estou certo se o nosso publico esta preparado para associar emoções a um futebol de pausa

No meio campo Adv

Decididamente que as causas são essas. Mas a discussão da estética não tem fim. Se o critério for esse… a dificuldade… mas acho que a estética é algo extremamente complexo. Até porque leva-nos ao início da conversa. Porque nos leva a emoções e sentimentos. Eles não se educam. Mas de facto evoluem perante a cultura e o conhecimento. Uma das coisas que não sei se estou de acordo com o Frade… é que no conceito que ele inventou Eficácia-Eficiência-Estética… ele parece defender uma determinada estética. E eu acho que a estética pode não ter discussão. Mas ele defende a estética do Barcelona do Guardiola… que paralelamente leva o jogo à eficácia e à eficiência… portanto… se calhar ele tem razão… ou seja… uma determinada estética… é preferível. Não do ponto de vista do espectador, mas do treinador e da equipa… para obterem sucesso. Agora na arte… num museu… isso é completamente diferente.

Não há, nem nunca vai haver

Porque a música clássica emociona quem se deixa emocionar por ela. A intensidade não é a velocidade.

? é isso mesmo… não sei se já tinha lido isso.

Uma pessoa intensa é o quê? Eu n consigo ver maior intensidade no Klopp só porque ele é mais expansivo ou pela forma como demonstra as emoções

Não está. O Vítor Pereira apenas se aproximava disso… ganhava 5-0 em casa… e os adeptos… iam a resmungar para casa que a equipa não jogava nada…

intensidade do kloop é aquele 4 golo. Tudo focado, tudo concentrado…a todo o instante

Pois, e como atenuamos isso? é impossível? Não sei se será. Eu tive um colega meu de cinema na faculdade…vive com ele. A minha percepção sobre o que é um bom filme mudou totalmente. Via coisas diferentes…..acho que o aumentar da cultura futebolistica ajuda, pelo menos, percepcionar melhor a dificuldade das coisas

A emoção, adrenalina, aquela euforia toda que vimos hoje, e noutros jogos tá sempre associada a postura da equipa, de cada jogador, do treinador… não só em cada dividida que ganhas mas tb a cada passe de Rotura ou oportunidade golo

Depende do critério… ou da actividade em que estamos inseridos. A intensidade é como a emoção. São conceitos genéricos sujeitos ao contexto. No jogo… em si… para mim é fazer bem. E isso não tem tempo. O bem às vezes é devagar outras vezes é rápido.

Em todos campeonatos, chegares mais vezes a área, criar e finalizar, ou após perda recuperar imediatamente, são momentos que mexem mais com o público que outros contextos

Viver algo intensamente é o quê? É obrigatório saltar e espernear? É isso que quero dizer… o que diferencia o intenso é o extravasar da emoção?

Quero que a minha equipa regresse a

esses tempos, mas é muito difícil. Os

jogadores aceleram o jogo porque o

público os obriga a isso. Atualmente, os

adeptos não toleram um passe para trás,

começam logo a assobiar. Já um alívio

para as bancadas.. festejam como se fosse

um golo. É o contexto social», concluiu.

O Sampaoli recentemente no Forum da CBF

Pois…isto é um problema grave.

Não, mas estar a viver algo intensamente, com ar tranquilo, não cria aquele ambiente nos estádios!?

 “O valor das coisas não está no tempo em que duram, mas na intensidade com que acontecem. É por isso que existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

Fernando Pessoa

sim…e esse ar contagiente que tem o kloop.

No outro dia vi o benitez calado o tempo todo sentado no banco e n vi o estádio menos vibrante e o newcastle morto

Newcastle vs Liverpool

Eu já o vi a dormir

Ptt

Mas falamos da emoções de quem? Dos treiandores ou público??

Porque é que isso é determinante para contagiar?

Contextos culturais…

Um vez… ouvi dois velhos na bancada atrás de mim… “Fdx… ele está de mãos nos bolsos”… ?

Tava a falar dos adeptos, da postura da equipa, da consequência que isso tem no estádio

Treinador em si não transmite tanto quanto a postura da equipa a cada momento,

Criticavam o Paulo Fonseca por tinha as mãos nos bolsos (no porto quando perdia) no paços ninguém se queixava da falta de intensidade do treinador

tem influencia no estádio, nos jogadores, na comunicação social.

Mas é importante perceber isso. Perceber quem tens por trás de ti.

Melhor… @Pedro aquela história… que o acho que foi o Zé a contar… do gajo que gesticulava e gritava muito para os jogadores… e os gajos não percebiam nada. Um foi lá ter com ele… e ele disse… “não ligues… isto é para a bancada”…

dizia muitas vezes…na Covilhã, não posso não berrar…nem que queira. Tenho de fazer o filme todo. Até há aqueles casos em que o treinador está a ganhar 1.0 e mandar a equipa atacar com um braço e com o outro, surrateiramente, manda os jogadores baixar.

ahah

Ganha e até podes estar valado o tempo todo – “que grande treinador! Nem precisa dizer nada!! A equipa já joga de olhos fechados”

Exacto… só é mau quando perdes… quando perdes é tudo mau. Quando ganhas é tudo bom. É a nossa cultura.

Acho que era…

Típico dele… uma vez vi-o a mandar o casaco novo para o chão… para dentro do campo… não percebi o porquê naquele momento… não se passava nada de muito anormal… mas devia ser por isso mesmo… para a bancada… para manter a tal “intensidade”… que a malta gosta.

A comunicação do treinador é fundamental, a linguagem verbal é importante mas a linguagem não verbal é fundamental. Isso é que transmite o que nos vai na alma! Podemos tar de mãos nos bolsos super confiantes e determinados… ou ao berros com a “alma” toda e todos borrados

?

sim, é isso.

Essas ideias foram a base… para no jogo com o Sporting… teres-te virado para trás e sorrido para o público… ?

Fui ver o Benfica Portimonense! Após o 1/1, aquilo ficou arder por completo, benfica com uma alma incrível e Portimonense a tremer por todo lado! Desculpem mas naquele momento o jogo tem de ser jogado no meio campo Adv, a pausa fodia aquilo tudo

Claro ?

Explica lá a tua interpretação

Não, foi o @Fidalgo que disse uma piada qualquer ???

Disse: ainda vamos virar isto ?

O fidalgo farpou-se

Eu lembro-me do momento. E vê lá que não me lembro de muito de jogo. E nessa altura ainda não te conhecia pessoalmente. O que senti é que querias tirar pressão e que independentemente do resultado final… vocês estavam a desfrutar do jogo… e do momento…

ahahahahah

Aquele sorriso foi de quem sabia o que estava a fazer e que mais tarde ou mais cedo aquilo ia pintar!

Foi genuíno, o jogo para nós era aquilo mesmo, fiéis a nós e deixá-los todos borrados a olhar pó relógio ?

Nesse aspecto, a postura do Klopp em camp nou, após perder o jogo, já o trazia em vantagem para Liverpool! Admitiu o resultado mas com uma postura de que, podemos bem mata los!

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

10 Comentários

  1. O texto torna-se (demasiado) confuso mas agradeço a partilha.

    Saltam há vista alguns pontos importantes que comento da seguinte forma:

    Se eu fosse adepto do Liverpool e se seguisse semana após semana a equipa, provavelmente acharia que faltava alguma pausa e gestão de jogo mas também acho que nesta época está melhor nesse aspeto.

    Acresce que o Klopp de facto consegue criar todo um ambiente positivo em todos os aspetos do seu raio de ação. Seja no respeito pelos adeptos e pela história, seja na relação com os jogadores que parece ser tu cá tu lá, seja no futebol jogado, seja na comunicação e na forma como transmite ideias de uma forma arrojada e disruptiva mas ao mesmo tempo tranquila, revelando cultura, inteligência e espontaneidade.

    Assume uma liderança clara mas próxima, acaba assim por apelar, consciente ou inconscientemente mas de forma aparentemente muito genuína, ao romantismo que faz sempre falta no futebol, que não pode passar só por análise tecnica e tática, embora ele a ponha em prática.

    Por tudo isto, acredito que ontem, mesmo com alguma sorte (sempre necessária) que o Liverpool teve, quase todo o mundo foi do Liverpool na reta final do jogo.

  2. Esta discussão fez-me recordar um recente artigo publicado no Guardian pelo grande ‘especialista em tácticas’ do burgo, o Jonathan Wilson. O bom do Jonathan aferiu do jogo do LiverpoolxBarça que a ‘ditadura do passe’ (seja lá o que isso for) tinha morrido e que o Klopp tinha ressuscitado e tornado predominantes os valores do velho jogo inglês, a raça, a correria, a força, todas essas qualidades dos ‘tarzões’.

    Independentemente do Klopp de facto querer partir jogos e abusar da vertigem para o alcançar e desorganizar o adversário, o que os Wilson’s desta vista esquecem é como tudo isso é feito, que é o que separa o Klopp de um qq Redknapp desta vida. Defesa zonal, equipa a mover-se junta e sempre a oferecer múltiplas linhas de passe ao portador (no sentido da baliza adversária, como o Liverpool fez ao contrário do Barça!) e que constrói desde trás quando necessário. Enfim, um modelo de jogo onde todas as acções e bolas têm intenção, sejam curtas ou longas.

    Tudo princípios que não correspondem bem aos típicos valores ingleses mas que são necessários a uma equipa que queira estar no topo regularmente e que o Barça deixou de practicar, pelo menos a alto nível. Creio que é esse o problema principal deles, dos quais mera consequência é a falta de atitude. Depois o Vidal… a questão é que pelos vistos tanto faz jogar o Vidal como o Arthur ou a minha prima. Num ano vem o Vidal, no outro o De Ligt. O Barça perdeu o critério com muitos anos de maus hábitos.

  3. Concordo que associar o Klopp ao futebol inglês old school é falta de entendimento do que é o jogo.
    Mas em todo o caso, na segunda mão o Barça não passa porque na primeira parte falhou oportunidades que criou e na segunda parte perdeu a concentração.
    Foi por muito por pouco.

  4. Meu caro GV, tivesse o Liverpool marcado em todas as ocasiões que teve na primeira mão, inclusive na primeira parte do jogo e a eliminatória teria ficado decidida a semana passada e não teria sido por 3, mas por 4 ou 5. Normal é que uma equipa com a qualidade individual do Barça e o melhor jogador de todos os tempos consiga criar oportunidades de golo, normal não é que conceda tantas por deficiente organização. Basta olhar para a ultima ‘linha’ do Barça em org. def, e para a incapacidade da equipa em pressionar conjuntamente, para a incapacidade sequer de sair com bola pressionado, etc, etc, etc. Abraço.

  5. A lógica é mesmo essa, olhar para os jogos e eliminatória como um todo e concluir que ainda assim foi equilibrado.
    As falhas do Barça são proporcionais aos desequilíbrios do jogar arrojado do Liverpool.
    Mesmo um Barça em perda de qualidades coletivas teve um pé na final.

  6. O Guardiola tem a grande qualidade e humildade de apostar nos artistas e melhorar os jogadores através do treino, quer tecnicamente, quer na tomada de decisoes mas peca na organização táctica, alem de ter uma certa arrogancia em querer dar predominancia ao ataque em detrimento da defesa. Se o futebol fosse jogado por 12 até seria mais fácil e o 433 dele lá se transformaria num 443 e lá poderia colar os extremos à linha e tirar finalmente o 10 da ala para o meter no meio. Não usa propriamente um 10, o tal 4 medio que joga com 2 avançados na frente. É por isso que desejo que o Félix nunca seja treinado por ele nem vá parar ao Barça.
    O Mourinho é ao contrário, tem a humildade tactica que falta ao Guardiola mas teve a arrogancia de querer tirar os artistas do futebol. Organização a mais e artistas a menos. Passa a vida a querer convencer que o treinador é mais importante que os jogadores.
    O Kloop até pode ser o Rock n Roll mas nesse caso o Zidane é musica classica do mais alto nivel.
    É a minha opinião, claro.

    • Continuando com as debilidades tacticas (que já compreendem as dinamicas) do Guardiola.
      O maior problema da escola holandesa sempre foi quererem dar largura maxima colando os extremos à linha. Uma das grandes qualidades do modelo eram as trocas posicionais entre o 10 e o 9, isto ainda no tempo do Gullit e Van Basten ou mesmo no tempo do Bergkamp. Mas como a defesa a 3, a certa altura, era pouco mais que ridicula, lá tiveram que fazer a primeira concessão e em vez de abdicarem dos extremos colados à linha, abdicaram do 4º médio, e logo o 10 (enfim!). Com o Cruift a treinador era assim.
      Ora, com os extremos colados à linha, as dinamicas da equipa ficam muito limitadas porque as dinamicas dos extremos são muito simples: correr para trás e para a frente, sempre longe da baliza, mesmo jogando por dentro. E como uma equipa é a soma das individualidades (mais alguma coisa, como dizia o Agostinho, se não estou em erro), são quase dois jogadores a menos.
      Depois apareceram o Ronaldinho e principalmente o Messi, linha com eles, mas já com liberdade para entrarem para dentro. Só que continuavam muito longe de onde a acção é mais necessária: no centro do terreno.
      O Maradona ainda tentou passar o Messi para o meio mas foi uma tentativa infrutifera porque o Guardiola, embora tenha percebido mais ou menos o que o D10S queria, colocou-o logo a seguir a falso 9. Foi a melhor epoca do Messi porque recuava para 10 e ficava com os dois avançados à frente, mas continuava longe da luta do meio-campo.
      E é este ir à luta, ter a disponibilidade de acabar os jogos exausto e sacrificar-se pela equipa que, na minha opinião, falta ao Messi. Eu não vi o jogo com o Liverpool e até posso estar a escrever o maior disparate, mas no resumo do jogo, quando o Liverpool marca o 2º, filmaram o Messi e a expressão dele pareceu-me ser a expressão de um homem derrotado, tipo, fogo, será que vou ter de me cansar e ir à luta para ganhar o jogo? E era isto, penso eu, que o Maradona dizia ao Pélé numa conversa em privado, revelada depois por um microfone de longo alcance, que o que faltava ao Messi era personalidade.
      Com o Brasil aconteceu a mesma coisa. Desde o Zico que nunca mais tiveram um 10 em condiçoes. Tanto o Ronaldinho como o Kaka, como o Neymar são desviados para a ala e jogam sempre em 442 classico(à la JJ), e desde que apanharam a França do Zidane (a melhor equipa tacticamente que vi jogar), que o futebol brasileiro entrou numa crise existencial.

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