Os protagonistas da Liga NOS

Bruno Lamas

O médio do Santa Clara já havia sido apontado por mim num trabalho de pré temporada para o Diário de Notícias como uma dos jogadores que importava considerar na nova época, e Bruno Lamas não desiludiu nem por um momento. Ocupou vários espaços no 442 de João Henriques. Jogou como médio centro, segundo avançado e até sobre a ala.
A qualidade de Lamas faz-se notar a cada decisão e gesto técnico, seja na forma como entrega a bola ou a recebe sempre orientado para o espaço onde deve dar seguimento.
Personalidade em posse, é um criador quando recebe em zonas mais adiantadas e um facilitador quando toca mais cedo. O tipo de jogador que faz jogar uma equipa.

Luquinhas

A sua entrada na equipa com a aposta definitiva feita por Inácio marcou a ascensão também do Desportivo das Aves. Nas costas de Derley, no espaço entre linhas em ataque posicional, mas sobretudo na qualidade a definir em contra ataque, aliada a uma velocidade de execução bem assinalável, Luquinhas foi um dos criadores da Liga NOS, e o homem que alimentou com enorme categoria todo um ataque, fosse no último passe ou no drible que partia organização adversária.
Apenas 22 anos e a certeza de que tem ainda patamares para subir pois o seu potencial é evidente.

Joseph

O médio do Vitória foi uma das grandes sensações da prova e um verdadeiro dínamo do jogar de Luís Castro, sempre que esteve disponível. Infelizmente para as gentes de Guimarães, muito foi o tempo que esteve sem poder competir.
Uma capacidade invulgar para sair das zonas de pressão em condução aliada a uma qualidade de passe que traz sempre boa decisão associada, os seus recursos fazem-se notar em todos os factores de rendimento. Dá saída, liga e ainda come metros sem bola, fechando espaços e roubando bolas. Para si que gosta de comparações, Joseph bem poderia ser apelidado do “Queniano” do Vitória, depois da passagem do “Queniano” Ramires por Lisboa.



Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

7 Comentários

    • O Chiquinho mereceu uma análise destacada:
      “Na realidade Liga NOS, fora dos clubes grandes há um jogador que se tem exibido a um nível galático” https://www.lateralesquerdo.com/2019/05/11/entenda-o-galactico-chiquinho/

      Este artigo é sobre protagonistas que ainda não mereceram o destaque mediático proporcional ao futebol que praticaram. Pelo menos, é assim que eu leio o artigo. O Chiquinho não precisa dessa promoção. Vai regressar ao Benfica. E será uma peça importante no plantel do próximo ano.

      Gostei muito do Joseph.

  1. Viva Malta,

    Sei que isto não funciona a pedido, mas de qualquer maneira atirro o barro à parede ?.

    Será que podemos saber a vossa opinião de treinadores como, Augusto Inácio, Petit, José Mota… ? Falar um pouco da realidade destes treinadores da liga portuguesa, e tentar perceber em que tipo de Categoria se enquadram… Manuel Machado entre tantos outros. Sei que pode parecer estranho o pedido, mas há tantos anos que giram de clube em clube, e gostava de perceber melhor se há também competência, características específicas aliadas a estes treinadores da nossa liga que são ícones já bem conhecidos(não propriamente pelo sucesso mediático comparado com os restantes, mas porque parecem sempre encontrar lugar para eles nesta primeira liga.)

  2. Maldini,
    E que tal uma análise detalhada às transições ofensiva e defensiva e à organização defensiva do Lage?
    Pontos de melhoria e aspetos adaptativos a implementar no modelo para poder atacar a faze de grupos da champions?

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