O LADO ESTRATÉGICO
O RA tinha saída boa com o Augusto q ligava bem c os médios e rodava o jogo. N queriamos isso. Entre os 2 o Tino tinha de subir e pressionar. O Samaris ficava mais baixo por não ser tão rápido e pq joga melhor de cabeça”Bruno Lage
LIGAR O SOM:
O MODELO
Temos que olhar para os jogadores que estão à nossa disposição e perceber para onde os podemos levar. Ter rendimento. Quando temos os cavalos de corrida que temos, precisamos de os potenciar. Temos de marcar golos, mas primeiros não precisamos de dar 30 ou 50 passes. Não é isso que eles querem! O que fizemos foi perceber os jogadores, como os podíamos relacionar uns com os outrosBruno Lage
A LIDERANÇA:
O Ivan e o Yuri não tinham jogado. Convoquei os dois, mas ficaram de fora dos 18. Foi a decisão mais difícil que aqui tive. Disse-lhes que iam ficar de fora. Levá-los ao banco podia dar sinal aos jogadores que estava feito, e isso nunca foi passado aos jogadores
Bruno Lage
Falei dos 5 avançados mas havia mais uma na manga, mas não podia falar. Queria perceber, porque não foi no imediato, como é que a equipa podia reagir à entrada de quatro ou cinco atletas da Equipa B no imediato, e depois saber a reacção quando chamasse o Adel. Ele pode jogar no lugar do João Felix…Bruno Lage
Numa formação onde fui palestrante, no curso de treinadores da Associação de Futebol de Lisboa, há cerca de dois meses atrás (Florentino procurava conquistar o seu espaço no 11), enquanto se falavam de alguns temas “soltos”, referi para o grupo: “Vocês acham que o Lage não sabe que o Tino é o melhor médio centro da equipa? É claro que sabe! Mas tu não podes inserir uma série de miúdos de uma só vez numa equipa e deixar para trás os mais velhos, se não perdes o grupo. Por isso o Tino entra na primeira convocatória com 20 e é um dos 2 que fica de fora, na convocatória seguinte foi aos 18, depois foi aos 18 e entrou, e por fim jogou a titular… A gestão do grupo tem de ser feita com sensibilidade, isto não é como os adeptos pensam que é só tirar o X e meter o Y, como se não houvesse uma gestão que deve ser feita com enorme cuidado! As coisas têm de ir acontecendo e não aparecerem de forma abrupta.”
Outros capítulos que me pareceram absolutamente decisivos no caminho de Bruno Lage ao comando do Benfica foi a gestão e declarações que fez com Fejsa e Jardel.
Não vou deixar cair o nosso melhor médio
Bruno Lage sobre Fejsa
Nesta fase da sua carreira e após tantos problemas físicos, Fejsa está bastante longe de ser o melhor médio do Benfica. A forma como Lage o “segurou” e o manteve consigo e com a equipa, à semelhança do que foi fazendo com Jonas e Jardel, jogadores muito importantes na gestão diária da equipa, mas com rendimento inferior ao necessário para poderem ter parte importante ao longo dos noventa minutos de cada jogo, terá sido um dos focos mais determinantes para que o Benfica caminhasse de forma conjunta para o seu trinta e sete.
A forma como se relaciona com Jonas faz antever que o brasileiro já é hoje um jogador confortável com a possibilidade de ser útil a sair do banco. Sente-se respeitado e importante. E esse é o primeiro passo para retirar rendimento do jogador e do grupo.
O papel do Jonas faz lembrar o que foi desempenhado pelo Figo na sua última época no Inter quando o Mourinho era o treinador.