
Depois de uma comprometedora lesão Gabriel está de regresso para ocupar o seu lugar no meio campo do Benfica, e embora num teste demasiado fácil, tornou-se bastante perceptível como está bem integrado no modelo de Lage, e que mais valias lhe traz.
No momento defensivo, a agressividade, disponibilidade fazem a diferença, em cima do assertivo posicionamento. A forma como sai na hora certa, sempre aumentando passada, reconhecendo timing de pressão permite-lhe recuperar inúmeras bolas, e as que não recupera vai obrigando ao erro.
Com bola, se tem espaço é um tratado. Já se percebe ser o médio brasileiro o responsável por dar saída na construção quando adversários bloqueiam os centrais, pela forma como baixa para receber. A partir do momento em que a bola lhe toca as botas, a magia acontece. Seja nas variações longas que transformam situações de grande densidade de pernas em momentos para o colega até então fora do centro de jogo acelerar em 1×1 com espaço, ou na forma como facilmente descobre os quatro mais adiantados no espaço central nas costas dos médios adversários, a preponderância que se prepara para assumir com bola é também ela bem visível.
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Melhor médio regista do campeonato.. alias dos únicos deste género e mais completo!!
Penso que é daqueles jogadores que demora a ganhar forma.. ainda nem esta a 20% diria, mas quando a atingue é de um nível de destaque muito muito grande em todos os momentos do jogo. Então nos jogos grandes isso será visível.
A selecção Portuguesa.. será tb o seu destino… não temos nenhum médio destes.. o Único mais próximo disto é o Rúben Neves, mas não tem esta dimensão física… e tanta variabilidade para todos os momentos do jogo.
Já sei que ouviremos os adeptos dos rivais a dizer.. ” o quê o Gabriel na selecção?? só podem estar a brincar” mas isso é o normal…
Mágico? Eish que exagero ahah! Ou estão a brincar, talvez seja por aí. A relevância destes camaradas só acontece mesmo em Portugal porque noutros contextos não passam da cepa torta. Para além disso o Gabriel não serve para determinados modelos. De frente para o jogo ainda dá para comer (até porque mete tudo em campo e é forte nos duelos, honra lhe seja feita) mas noutras vertentes chega a ser patético. O Conceição deve adorá-lo.