Atrás se começa a ganhar, atrás se começa a perder

A teia de Vitor Oliveira – Como parou o FC Porto?

O Gil Vicente rubricou um jogo bastante bem conseguido e nem precisou de ter uma percentagem de eficácia tão mais elevada que o FC Porto (condição quase “sine qua non” para se vencer a um grande) para o levar de vencida.

Se tantas vezes por cá se transmite a ideia que atrás se começa a desequilibrar e a definir o jogo na frente, e é desde ali que se guia uma equipa até ao sucesso, o contrário não é menos verdade.

Vitor Oliveira tapou e neutralizou por completo Sérgio Oliveira e Bruno Costa quando estes recebiam bolas para iniciar fase de construção azul, e com Pepe e Marcano muito longe em metros (do seu posicionamento até linha média do Gil) e sem progredirem com bola, ao qual se juntou a opção de Corona e Otávio por praticamente nunca saírem das costas do bloco da equipa de Barcelos para ajudar a equipa a construir, e contam-se pelos dedos de uma mão o número de bolas que o FC Porto conseguiu ligar de forma criteriosa pelo chão entre os elementos que construíam e os que esperavam para receber em zona de criação.

Uma constante – Sérgio recebia e João Afonso saía muito agressivo – Ou não deixava virar ou obrigou Oliveira a perder enquadramento – Porto sem ligar a bola com as costas dos médios do Gil Vicente
Distância dos três que constroem para os que estão no espaço entre defesas e médios do Gil, demasiado longa para que um passe que saia dali entre por entre os médios do Gil sem que estes interceptem
Pepe e Marcano tinham liberdade que Oliveira nunca teve. Contudo, nunca assumiram progressão


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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

3 Comentários

  1. Grande exibição de Nakajima. A valer todos os milhões de euros ‘investidos’.

    Já Danilo esteve menos exuberante, a contas com uma irritante lesão no conceição direito.

    Este Porto promete!

  2. Fora brincadeiras, Conceição pensou ter este jogo ganho e revelou estar já focado na terceira jornada. Poupanças na primeira jornada?!

  3. Este ano teria tudo para um pódio diferente não fosse pelo Braga ter escolhido Sá Pinto. Ainda assim é bem capaz de ser suficiente para Sporting fora. O modelo Conceição esgotou-se ainda no 1o ano e só Rui Vitória deu oxigénio a esta ideia de jogo antiquada a cheirar a 2001. Tenho sérias dúvidas que Porto ganhe mais de 25 jogos e a maioria será apenas porque tem melhores executantes que 16 equipas da liga.

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