Curtas da Madeira

Quando um grande não vence e o resultado ainda é melhor que a exibição, muito há por dizer. No Caldeirão dos Barreiros o Sporting sofreu bastante, principalmente quando nos últimos vinte minutos procurou ir atrás da vitória, destapou a manta e abriu espaço ao Marítimo.

  • Opções iniciais demasiado conservadoras e sem aproveitarem as melhores características de alguns elementos. Entregar todo um corredor aos esforçados Borja e Acuña, obrigando o argentino muitas vezes a definir em espaços curtos e em zonas de criação não parece nunca uma ideia que aproxime o Sporting de ofensivamente poder ser perigoso;
  • A pré temporada parecia preparar Vietto para jogar como falso ala e possível ligação interior com o ponta de lança, mas infelizmente quando sucede sempre que há dúvidas, tira-se da equipa quem pode fazer diferente no momento ofensivo para se “vestir o fato macaco”, e com tais opções ainda se agudiza mais a incapacidade para criar;
  • Wendel tem qualidades extraordinárias para um jogo com transições ofensivas, mas quando o espaço encurta, e ao brasileiro foi pedido por diversas vezes que aproximasse de Luiz Phellype, torna-se um jogador com menos recursos e desenquadrado do seu habitat natural médio de transporte;
  • O melhor período leonino foi o início do segundo tempo – O Sporting conseguiu ser mais forte quer na chegada ao último terço, quer na reacção após a perda, e por um bom período de tempo instalou-se com presença no meio campo ofensivo e com isso aproximou-se da baliza. Contudo, a chegada à área adversária foi sempre com menos jogadores do que os que poderia (Ponta + Extremo do lado oposto e esporadicamente um terceiro jogador) e não aproveitou o pendor ofensivo de tal período;
  • Muito mérito para Nuno Manta Santos – Perante a facilidade que o Sporting demonstrou para nesse período chegar ao último terço, trocou a Organização Defensiva do Marítimo, alargou a linha dos médios para cinco, e estancou as entradas em criação do Sporting, passando a controlar na íntegra todos os ímpetos ofensivos leoninos;
  • O último terço do jogo, com Marítimo reorganizado voltou a ser marcado por um Sporting desorganizado, e incapaz de estancar os contra ataques insulares após cada perda – E muitos ataques passaram a morrer na alargada linha de médios do Marítimo – Ficando os últimos dez minutos do jogo marcados por uma equipa da casa que finalmente trouxe qualidade em contra ataque e que esteve mais perto de vencer o jogo!

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