Quando um gajo está mal, até os cães…

É um provérbio português que assenta bem nos primeiros quinze minutos no Dragão – De uma forma perfeitamente aleatória sem que nada o justificasse, das duas vezes que passou o meio campo, o Krasnodar ficou em vantagem na eliminatória e mudou as agulhas do jogo – Tácticas, mas sobretudo EMOCIONAIS.

Se o segundo golo é fruto maioritariamente de um acaso feliz (Embora Nakajima não tenha tido a capacidade para estar totalmente focado no lance – E tal poderia ser o suficiente para evitar o golo), o primeiro acontece com algo que se relaciona com a forma como o FC Porto defende os cantos defensivos – A opção por 3 zonas (primeiro poste e zona central) que não contemplam o espaço ao segundo poste permite que tal espaço possa ser explorado sem oposição. O que não é natural é com o poderio aéreo azul, não se “limpar” a primeira zona de queda da bola. Aconteceu, e o restante relaciona-se com a tal opção.

O terceiro e decisivo golo radica novamente num momento “sui generis” mas que poderia ter sido encarado com uma postura mais conservadora. Alex Telles está fora do campo a ser assistido, e o FC Porto optou por defender em 4x3x2, mantendo pressão, correndo o risco de batida pressão ficar em inferioridade, e de faltar gente no corredor oposto – Assim aconteceu. Seria expectável que em apenas alguns segundos de assistência tal pudesse acontecer? NÃO. Mas, cautela e caldos de galinha…


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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

8 Comentários

  1. Acrescento mais um erro no terceiro golo, não me lembro quem está a marcar o jogador do krosnodar perto da área portista, mas na área estavam 2 jogadores do porto e um do krosnodar completamente tapado, o defesa do porto não “obrigou” o jogador do krosnodar a abrir pela linha e deixou o meio descoberto onde depois viria a rematar para golo.

  2. Acho que o corte incompleto (e imprudente) do corona é o que compromete a equipa no segundo golo. Nakajima podia ter feito melhor mas era difícil prever aquela situação.
    Em poucos minutos o Porto vê se sob pressão e a tentar atacar com apenas 1 avançado quando o sistema de Conceição exige 2, para cruzamentos. Melhorou com a entrada de Zé Luís, até à saída de Sérgio Oliveira. Mas tu já falaste da importância dele Maldini.

    Com um Porto ainda à procura do onze ideal, neste início do campeonato o Benfica parece bastante superior aos seus 2 maiores concorrentes. E em breve há um Benfica-Porto… Muito preocupante e muita pressão, sobretudo após perder 44 milhões neste jogo. Acho eu.
    Bom post Maldini! ?

  3. Pois a mim pareceu-me tudo escolhas e decisoes de amador. Meter o Saravia (parece um autentico flop) e o Japones que não tinham tido minutos e juntar-lhes o colombiano que tambem é novo na equipa num jogo destes não lembraria ao Diabo. O homem perdeu o Norte completamente e aposto que já não tem os jogadores com ele.
    O primeiro golo é clara falta de coordenação. No segundo o Nakajima falha redondamente (é bom de bola o miúdo mas a minha duvida sempre foi saber se sabe defender- o Porto não é o Portimonense), tal como tinha falhado o Alex Teles no golo do Gil Vicente. Não foi o Marega o culpado do golo como quiseram fazer crer, que levou um passe à queima, muito mal feito pelo Manafá.
    Mas nem me quero alongar muito, o que eu não percebo é porque não entrou com a equipa mais rotinada, que já jogava junta no ano passado. Danilo, Oliveira (que fez um jogo para o mauzinho), Octávio, Corona (outro jogo miseravel), Marega e Soares (admito que pudesse meter outro no lugar do Soares, mas nunca manda-lo este para a bancada). E depois substituía se fosse necessario. Até pareceu que pensava que eram favas contadas e que estava a jogar com o Sertanense.
    Foram tres porque já se sabe que os Russos não sabem jogar fora de casa e deram a segunda parte. Até podiam ter sido mais.
    Parece-me que vão ter de vender jogadores. Se vendem o Alex Teles perdem o maior municiador dos atacantes. Se vendem o Danilo perdem a ancora do meio campo. Não auguro nada de bom.

  4. De facto todos os três golos tiveram erros flagrantes por parte do Porto. No primeiro, zona ou não zona houve um jogador do Krasnodar que foi deixado completamente sozinho na grande área. No segundo, para mim o erro principal é do Nakajima. Tentar um corte em carrinho a deixar a bola no centro do campo numa situação de contra ataque é um risco brutal e completamente ingénuo. Estivesse ele a cortar para a linha lateral seria melhor. Tivesse ele um colega por perto que pudesse pegar na bola também seria melhor. No terceiro, concordo, tentar pressão alta com 10…

  5. Erros individuais hiperbolizados pelo aleatório coletivo que não cuida, que não prepara para proteger.

    Com e sem bola, uma bagunçada. Organização e transição, no global, tão mal amanhadas. Sem lima.

  6. Sim, mas…

    Os 3 golos dos russos resultam de jogadas muito bem executadas e finalizadas. O Porto neste jogo não jogou sozinho…

  7. Pois, ou é o azar ou é aquilo que se vê em campo e fora dele há bastante tempo (gostava de ver o Keiser a treinar o FCP para depois ler a vossa opinião – é que (entre outras coisas) desde há um tempo que, como os tugas são os melhores do mundo, não existem maus treinadores em Portugal, segundo o LE): uma equipa com um jogar horrível que junta a isto um plantel totalmente novo e com menos qualidade individual. Neste contexto, todos os percalços podem rapidamente transformar-se em grandes desilusões.

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