A aceleração da pausa – Quando o cérebro entra no relvado

O terceiro golo de Portugal foi um hino à boa gestão do ritmo de jogo.

Ritmo definido como as acelerações ou pausas para acalmar o jogo.

Portugal recupera a bola e sai em ataque rápido na sua transição ofensiva, até que a bola chega a um dos mestres do tempo e do gesto do futebol moderno – João Felix. O pequeno génio decide então trocar o momento e o método ofensivo de Portugal. Refreia os ímpetos – não só pelo parar, mas até pelo passe com o bico como indicador de “não é para ir”. A partir daí início da organização ofensiva – bola na construção, daí para a criação e Bernardo, o outro cérebro – desta vez com condições para ACELERAR, a definir e a servir Cristiano.

Um regalo à Portugal de outros dias


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“Yannick Bolasie (aqui)”

4 Comentários

  1. A referência ao passe com o bico – e com o corpo numa posição de não-movimento, como nas rodas – abre todo um novo campo de possibilidade no processo de comunicação entre jogadores, com as consequeências que da~i resultam para o jogo colectivo. Isto para um ignorante (um não-treinador).
    E, agora que nos é facultado um tal conceito (ou que se eleva a conceito o que fazia o comum dos mortais no pátio da escola), e tendo visto o vídeo até ao fim, tenho que perguntar: então e não é comunicação com o futuro recipiente do passe o modo como Bernardo Silva inverte o processo de passe – isto é, quando ao invés de acelerar antes do último toque, desacelera, o que sugere uma redução da ameaça que representa, quando precisamente se prepara para concretizá-la?

  2. Ainda sobre linguagem corporal, reparemos na reacção de desespero – de olhar para cima – do jogador sérvio que falha neste lance, ao ir cobrir o jogador mais próximo do Cancelo (creio que o William), deixando nas suas costas descoberto e entre linhas o B.Silva.

  3. Passe lindo do Bernanrdo. Que seleccao extraordinaria temos cheia de solucoes e talento.
    Gosto mt do Fernando Santos. Nao e nenhum genio da tatica mas tem um elemento humano muito importante.

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