A exibição de Bernardo Silva na Sérvia foi de nível absurdo.
O grau de acerto para quem joga em zonas adiantadas e tantas e tantas vezes opta por decisões menos conservadoras, mas mais de procura de desequilibrio é avassalador. Mesmo quando vai para cima à procura de criar, teve sempre o condão de não ter erro e raramente perder a posse.
Mas, Bernardo ainda foi bastante mais do que o nível (soberbo) habitual com bola. Sem bola, passou muito pela sua disponibilidade e leitura de cada lance, o pressing idealizado por Fernando Santos.
A entrada da bola na metade direita da Sérvia, com passe para o central, ou progressão deste (central direito) activava a pressão lusa, com Bernardo Silva a sair da postura de controlo de fecho do corredor direito para um posicionamento de dividir o espaço entre Central Lado Oposto e Lateral. Homem livre passou a ser o lateral esquerdo – Muito longe para poder participar no lance, e Portugal foi encurralando a Sérvia no seu corredor direito, obrigando por diversas vezes o ataque posicional adversário a um jogo mais longo e com pouco critério.
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Parece que o adorado JJ aprendeu a lição Bernardo: o miúdo Reinier está cinco anos à frente.
“É calando que se aprende a ouvir, escutando que se aprende a falar; então, falando se aprende a calar“.