Rápidas de uma Jornada onde SL Benfica e FC Porto salvaram o resultado, e o Sporting nem isso:
- Jogo de grande dificuldade na Luz, essencialmente porque o Gil Vicente tapou bem os caminhos interiores ao Benfica, que também não foi capaz de desequilibrar nos corredores laterais – E aí chegado, sem presença (em qualidade) na área que lhe permita somar chances em bolas cruzadas que procurem os seus avançados;
- Taarabt a um nível muito elevado – Foi o homem que disfarçou as dificuldades encarnadas. Perdeu mais passes do que o habitual (ainda assim a 85% a chegarem ao destino), mas foi dos seus pés que se deu início de praticamente todos os ataques perigosos do Benfica – A qualidade com que inicía os ataques e alimenta o último terço fez-se notar, ainda para mais num jogo em que Pizzi e Rafa estiveram infelizes e Seferovic não compareceu;
- Confirmação Kraev;
- O perigo da defesa mista nas bolas paradas quando não se contempla o segundo poste e do outro lado há executantes com qualidade – Pizzi marcou num espaço de finalização sem oposição, num canto!;
- RDT é um caso para gerir com cuidado – Perigoso perder um dos (não muitos) jogadores diferenciados do onze;
- Invulgar a forma como o FC Porto sofre os dois golos, que colocaram em causa um resultado que não tinha precisado de brilhantismo para se revelar seguro – Eficácia máxima do Portimonense a explorar entre outras coisas os erros de Nakajima: A) Saída para pressão fora do indiciador e do seu espaço; B) Passividade na ajuda à inferioridade numérica no corredor lateral;
- Vitória garantida de Bola Parada. É mau depender de bolas paradas? Habitualmente sim! Há sempre excepções para confirmar a regra – Com Danilo, Soares, Zé Luís, Marega, Pepe e Marcano, e ainda habitualmente Alex Telles a cobrar cantos e livres laterais, pior seria se a dependência fosse de uma entrada por espaço interior a depender da decisão e habilidade de Marega, Soares ou Zé Luís. Há várias formas de vencer, e na Europa poucas equipas serão tão capazes de marcar de tal forma – Quando o FC Porto marca de canto, não é aleatório! É competência individual – Que se junta à forma criativa como Conceição pensa os tais lances;
- Zé Luís a cada jogo que passa a confirmação de que o que chegou da Rússia não foi um acaso – Avançado poderoso na grande área, um finalizador nato;
- Jogo de pouca qualidade dos azuis do ponto de vista ofensivo (e faz três golos) e de bom controlo defensivo (e sofre 2) – FUTEBOL!;
- Sporting completamente desaparecido do Estádio do Bessa na primeira parte – Não ligou um ataque e as poucas vezes que chegou à grande área adversária foram de forma totalmente atabalhoada;
- Surpresa Bolasie – Agressivo a atacar zonas de finalização e facilidade em termos motores para disputar cada lance em qualquer metro do terreno – Desilusão Jesé – Percebeu-se porque aquele que poderia ser o mais diferenciado de todos partiu do banco: Pesado e complicativo. Alguns pormenores de um outrora excelente jogador – Quanto tempo demorará a voltar?;
- Doumbia não tem condições para ser o médio mais defensivo do Sporting – Se ofensivamente acrescenta zero, sem bola vence duelos mas apenas aqueles que calham disputar-se na zona onde está, porque não tem a correcta leitura de cada situação – Seja não garantindo equilíbrios no mesmo sector ou no sector defensivo – Sporting suspira pela recuperação plena de Battaglia – Muito superior ao seu colega em todos os momentos e fases do jogo;
- Melhor segunda parte dos leões, pese embora sempre com pouca criação a chegar do corredor direito – Da Liga Revelação à Liga NOS vai um mundo, e Plata estaria muito mais preparado se antes tivesse somado minutos num contexto de muito maior dificuldade. Também Rosier vem de uma paragem significativa e pareceu resguardar-se fisicamente;
- Empate justo no Bessa – Como também não teria sido surpreendente em função do nível apresentado que todos tivessem escorregado.
O Benfica continua com muitos dos problemas do passado… André Almeida, embora competente, não oferece muito à equipa, principalmente quando pela frente está um adversário mais competente.
Embora Bruno Lage tenha sido um upgrade enorme e tenha todo o mérito em por a equipa a jogar bom futebol, acho que está a gerir muito mal a questão da dupla avançada; se por um lado Seferovic acrescenta muito pouco, RDT a jogar naquela posição, não só não está a ser aproveitado em todas as suas capacidades como começa a perder confiança com a falta de golo, assim como parece começar a ficar algo desagradado com o facto de ser sempre o escolhido para ser substituído.
O jogo contra o Leipzig vai ser de dificuldade muito elevada, ainda para mais sem Florentino e Gabriel. De qualquer forma, vai também servir para aferir a real capacidade do Benfica contra adversários efectivamente mais dificeis, numa competição de exigência máxima.
Sporting: é muito cedo mas talvez se note uma preocupação maior nas transições defensivas, em todo o caso com o golo sofrido cedo e consequentemente o Boavista mais recuado é difícil perceber.
Porto: o SC tem méritos mas há muitas oscilações neste Porto dele que me parece ter um modelo ddemasiado vincado que nem sempre é eficaz na gestão dos resultados. Será só questão técnica ou comportamental? Inacreditável a reação do SC em público… outro jogador poderia ter reagido e gerado mais uma crise a sério.
Benfica: com o regresso do Gabriel, seria de testar o Taarabt como segundo avançado entre linhas e RDT na frente no lugar do Seferovic?
Grande Maldini, o que comentas acerca da excelente marcação dos jogadores do Portomonense, no canto que dá golo aos 98’:30”? Eu, que não percebo nada disto, gostava de ser amigo daqueles 4 estarolas.
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Estava planeado abrirem-se todos. E depois temos os trolhos a mandarem-te calar quando perguntas sobre o posicionamento num lance – coisa que o VM nunca fará e aqui faz-se muitas vezes -, porque dizerem-te para tapar os olhos dava muito nas vistas.
Se os principais agentes do futebol em Portugal, que são os clubes, não conseguem reconhecer-se como um todo que de facto são, e defenderem o espectáculo, então que desapareçam sem excepção do primeiro ao último. Por via duma superliga europeia ou por qualquer outro método.
Ficará o que importa, ficará o Futebol.
Por acaso acho curiosa a vossa forma de tratar o último golo do FCP: é que ali não houve grande mérito individual (talvez apenas a finalização do Marcano). Para além do posicionamento terrível (o movimento dos jogadores abriu um buraco à frente da baliza), o que se poderá dizer da atitude dos atletas do Portimonense? Ninguém saltou, sequer, ninguém. Não houve um atleta do Portimonense que se tenha feito à jogada aos 97 minutos de jogo.
Sobre os jogos em si não há dúvida que rondaram o péssimo. Um Benfica horrível, um FCP ao nível dos últimos anos (terrível em quase tudo o que não sejam dentes) e um Sporting inexistente, quase zero.
Gostava de saber na vossa opinião, a melhor forma de gerir o “caso RDT”. Nota-se que o mesmo começa a ficar bastante frustado por ainda não ter conseguido marcar, e parece ainda algo distante, sem grandes amizades pelos companheiros de equipa. Será isso também culpa dele, ou estará ainda em fase de adaptação, ao clube e à “nova” posição?
Só um aparte porque já há muito tempo que tento perceber o seguinte: constantemente se fala se negativamente das performances do seferovic ( ainda que pessoalmente penso que não seja tão mau como pintam pelo que ainda vai oferecendo sem bola). Será o Lage assim tão cego ao ponto continuar a apostar “cegamente” sem que tenha uma ideia do que ele representa para a equipa?
Já agora e para finalizar, aquele passe do Adel para o primeiro do Benfica , para quem pratica futebol ou praticou sabe bem que até “arrepia”.