A ferros – Curtas

  • Jogo pouco conseguido e vitória com mais “estrela” que saber – Um banco muito jovem e com pouca rodagem de Liga – David Tavares, Tomás Tavares, Jota, Gedson, Zlobin e Caio Lucas, entre Jardel foi uma novidade – Preocupante?;
  • Jogo inacreditavelmente mau de Pizzi – O habitual quando o espaço escasseia – Multiplicam-se as perdas, erros técnicos e incapacidade de criar por pouco que seja;
  • RDT e Seferovic novamente a um nível mediano – Desta feita melhor um pouco o Suiço – Apenas porque em duas acções diferentes (passe que isola Pizzi e golo) acrescentou de forma importante – Demasiados erros em todo o restante jogo – Por parte de ambos!;
  • Rafa Silva, uma vez mais o jogador mais perigoso – Os seus ataques rápidos foram o que de mais prometedor construíu o Benfica, mas falhou no timing para soltar a bola;
  • Benfica foi incapaz de criar de forma sistemática, e foi feliz em dois golos de lances aéreos – Pormenor onde não tem muitos argumentos! E com adversários a fecharem cada vez melhor os espaços de entrada interiores, pode tornar-se uma complicação! E agora imagine se falta Taarabt…;
  • Com as lesões de Chiquinho, Gabriel, Florentino, e até de um potencialmente pouquíssimo utilizado Vinícius, o plantel parece completamente espremido e as dificuldades começam a fazer-se notar de jogo para jogo – A série de jogos teoricamente mais fáceis na Liga chega em boa hora.

8 Comentários

  1. Só vi a segunda parte e concordo que foi do jogos menos conseguidos da era Lage (os dois golos nascem da iniciativa do Ruben Dias…). A dupla da dianteira está num registo complicado. Pelo menos na segunda parte o Benfica até conseguia iniciar a primeira fase de construção, só que hoje houve jogadores cujo a tomada de decisão roçou o cómico (salvou-se um ou outro) e erros técnicos para todos os gostos.
    As equipas constroem-se jogando e prefiro ter jogadores da academia do que ir buscar um “astro” por 15 milhões que nada acrescenta.
    Uma pequena nota para o Lage, quando o jogo está em 1-1 (ainda podia sofrer) e com a equipa já um bocado desgastada, arrisca tira o Almeida e mete o Jota que viria a centrar para o segundo golo, vale o que vale.

  2. Taraabt faltou nos últimos 4 anos, qual foi o problema? Em breve jogará apenas a taça da liga e alguns minutos no campeonato. Imagine-se…

  3. Excelente na análise. O Benfica não colmatou a saída do Félix, e os dois da frente estão reféns de um sistema tático que não lhes mete bolas de golo. E hoje nem a alternativa Cervi-Sálvio bem abertos existe para variar a forma de jogar neste 4-4-2.

  4. Péssimo jogo … no seguimento dos últimos com os mesmos problemas. Não percebi a ideia de ter tarabat e fejsa a jogar lado a lado muitas vezes recuados (ou será que fui eu que vi mal) nas poucas vezes que não estavam lado a lado até se via fejsa em terrenos mais adiantados quando seria de esperar o contrário … a ser estratégico está nuance confesso que não a consigo perceber.
    A dupla de avançados ao estar sobre brasas ambos os jogadores (menos o suíço que já marca a 2 jogos seguidos) não sei se em termos de gestão não seria mais benéfico retirar o RDT que parece desesperado… o fantasma Ferreyra vem nos à baila aos adeptos do Benfica, podem vir dizer que não é a mesma coisa este tem mais critério… mas bolas por mais do dobro que se pagou tb algo mais teria de ter … e de preferência golos !!! (Curioso ou não … o dito Ferreyra tem um início de época goleador no espanhol – é isto o futebol !!!)
    Vamos ver que se passa nos próximos jogos … a recuperação do Gabriel e até mesmo do Gedson podem ser importantes para se dar um clique na equipa … o Gedson poderá ser um joker a aparecer como um 2 avançado … para trocas constantes com pizzi na direita …

  5. Assim de repente só me ocorre dizer isto:

    Florentino/Fejsa/Samaris – medio defensivo
    Gabriel/Taarabt – medio ofensivo
    Taarabt/RDT/Gedson – segundo avançado
    RDT/Seferovic – primeiro avançado
    O resto já sabem.

    Taarabt tem muito critério com bola mas expõe muito o meio campo sem bola.
    Contra adversários bons em posse, Taarabt a segundo avançado e meio campo mais eficaz na transição ofensiva.

    Com bola, aceito que a equipa queira jogar esticada e larga, mal perdem a bola deveriam “ouvir” um apito, apertar a equipa e forçar o adversário a jogar por fora e ter micro-estruturas de 3 (ala, medio interior e lateral) para pressionar e recuperar bola.
    O Benfica, como tem jogado, dá quase o mesmo espaço atrás que quer ter na frente e por isso cede demasiadas oportunidades claras em todos os jogos. Na transição defensiva a equipa tem que se reajustar (e rápido) se não recuperar a bola no primeiro momento de pressão na reação à perda.

  6. Para quando uma análise fria a RDT?
    Ter bons pés e relativa inteligência não são suficientes.
    Não é só por azar que a bola não entra, RDT não ganha uma bola em velocidade, não cobre especialmente bem a bola, não é extremamente ágil nem talentoso, não é alto para a posição que ocupa e não ganha de cabeça, não é forte e falta-lhe mesmo jeito ou experiência/capacidade de aprendizagem para recuperar bolas; apesar de tentar; não ganha uma disputa – vejam-se os Silvas do City, pequenos e franzinos mas tiram bolas no pé de homens grandes.
    Mais, RDT não tem faro, não consegue saber onde a bola vai cair, falta-lhe oportunismo e parece também não conseguir aprender neste capítulo.
    Um bom ponta-de-lança tem que ter alguma destas características, estarei errado?
    Por favor digam-me: O que tem RDT para jogar, o que o torna um bom avançado (se é que acham isso) ?
    Eventualmente irá marcar provavelmente em jogos tipo Paços e Nacional mas tem RDT a capacidade para fazer a diferença nos 6 jogos a sério que faltam, Champions e Porto?

    Desculpem a extensão do comentário mas por favor elucidem-me.

    • Concordo que o RDT não tem rendido o que se pretende dele, mas é preciso perceber que existem processos que demoram tempo a ser assimilados (e até podem nunca o ser).
      Nas análise ao RDT talvez seja importante pensar um pouco no caso do Rafa. O Rafa jogava no Braga quase sempre em contra-ataque e era excelente (o RDT jogava numa equipa com caraterísticas muito semelhantes ao Braga) e demorou 2 anos a começar a render. É um processo evolutivo que requer paciência. RDT tem qualidade técnica, mas necessita de tempo para duas coisas: readaptar o estilo de jogo de contra-ataque para ataque continuado e aprender a articular com as movimentações de Pizzi e Rafa.

  7. Apesar deste site reunir análises pertinentes, padece por vezes do mal do futebol português: tripolaridade. Numa análise ao jogo Moreirense – Benfica, não existe uma palavra (nem digo uma frase) que seja dedicada ao Moreirense. Como é possível analisar um jogo sem analisar as duas equipas? Assim é demasiado redutor.

    Quanto ao jogo do Benfica a realidade é que as equipas em Portugal já conhecem muito bem o sistema tático do Benfica e o Moreirense (vou tentar fazer o que o Fernando Redondo não fez) jogou com uma linha defensiva de quatro com o apoio de Fábio Pacheco a movimentar-se entre linhas a tapar os “buracos” existentes, enquanto que a linha de meio campo jogava muito interior e próxima de Fábio Pacheco. Desta forma o Moreirense libertava os flancos até ao último terço do campo e empurrava o Taarabt para o segundo terço do campo longe da linha ofensiva (Fejsa não tem potencial ofensivo, por isso era ignorado pelo Moreirense e curiosamente foi um defesa central, Ruben Dias, a fazer aquilo que o Fejsa não é capaz: produzir jogo ofensivo). O jogo interior do Benfica, com Seferovic e RDT, foi anulado pelo trio central (Iago, Steven e Fábio). Para anular as investidas do Rafa e Pizzi, a linha média concentrava-se mais no centro do terreno e próximo de Fábio Pacheco (à custa disto o Bilel não conseguiu produzir tanto ofensivamente).
    Na minha opinião o que pode ajudar o Benfica a atingir os níveis do ano passado é ter no meio campo dois dos três jogadores indisponíveis por lesão, nomeadamente Gabriel, Gedson e Florentino. Apesar de Taarabt ter qualidade de passe e ser possante, é um bocado pesado/lento para penetrar no meio campo adversário em posse levando o jogo para perto da área, e isso é algo que o Gabriel e o Gedson conseguem (neste aspeto tenho saudades do Renato Sanches!). Relativamente ao Florentino, pela sua qualidade física e tática, consegue fazer o que o Fejsa faz mas mais perto da área adversária, aproximando o jogo dessa zona.
    Estando estes jogadores indisponíveis é natural que o jogo se afaste um pouco da área criando duas linhas distintas e distantes (com mérito das equipas adversárias).
    Só espero que as próximas análises sejam de melhor qualidade!

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