Porque os diferentes momentos do jogo se interligam e o jogo é dinâmico, tomar decisões para os momentos defensivos, envolvem sempre preocupações ofensivas e vice-versa.
Será sempre mais fácil tapar a baliza envolvendo mais jogadores atrás. Mas quanto mais baixo se defende, ou com quantos menos jogadores estiverem mais preparados para chegar à baliza adversária depois de se recuperar a posse, mais difícil será transformar a situação defensiva em ofensiva com possibilidades de se fazer golo.
Assim, como atacar envolverá sempre estar preparado para a perda. Afinal, em mais de 2/3 dos ataques, a perda será inevitável.
Uma das grandes vantagens do actual 4x4x2 no momento defensivo passa pela forma como muito rapidamente (sobretudo se alas forem velozes, como o são habitualmente) se consegue chegar à frente com quatro elementos no momento de transição ofensiva.
Na grande surpresa da Taça, o Alverca mostrou comportamentos de excelência nos momentos de Pressão – Roubo – Saída em ataque rápido, e foi assim causando dificuldades várias a um Sporting incapaz de criar, mas também de travar as investidas da equipa Ribatejana, sempre guiadas pelos quatro da frente – Erik, Apolinário, Andrezinho e Flávio.
Nas divisões inferiores também há organização, ideias e capacidade de adaptação estratégica. O dominador Alverca, liderado por um treinador (Vasco Matos) altamente influenciado pela sua referência Paulo Fonseca (Seu ex treinador no Desportivo das Aves), equipa que se instala consecutivamente em ataque posicional nos jogos do Campeonato de Portugal, chegou ao jogo com o Sporting tacticamente muito bem preparado para colocar dificuldades aos leões num registo diferente. Não apenas por se fechar, mas sobretudo por aproveitar os seus momentos para atacar!
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