Como Klopp superou Pep, e preparou o Liverpool para o assalto à Premier League

Subiram ao palco duas das melhores equipas do Mundo, e o espectáculo foi aquilo que todos esperávamos. Qualidade individual, colectiva, princípios de jogo bem evidentes, mas sobretudo jogar o jogo que Kloop e Pep tanto preconizam e nos apaixona. Num jogo com uma riqueza táctica assinalável e com duas equipas a tentarem gerar desconforto na construção adversaria. Liverpool mostrou ser mais completo em todos os momentos de jogo, sobretudo pela variabilidade quer longa, quer curta do seu jogo, como a capacidade de utilizar todos os métodos de jogo ofensivo, ataque posicional, rápido e contra ataque. Outro aspecto que chamou atenção foi a menor exposição ao erro que o Liverpool evidenciou(concedendo poucas oportunidades ao adversário) tornando-o neste momento a equipa mais preparada para ganhar a Premier League. Veremos como o City vai responder até ao fim do campeonato…

Liverpool

Condicionou o City quase sempre num bloco alto, obrigando a jogar longo ou no corredor lateral, na tentativa de ganhar bola e explorar contra-ataques. Liverpool é conhecido pelos momentos de transição ofensiva e defensiva, onde coloca enorme empenho tanto para recuperar bola como para lançar contra-ataques que acabam por colocar o adversário em dificuldade para se equilibrar defensivamente.

Manchester City

Apesar da derrota é uma equipa que tenta chegar sempre ao golo independentemente do adversário, minuto de jogo, ou outro qualquer factor. Naturalmente não consegue estar equilibrada os 90 minutos, porque ninguém consegue, e foi nesses momentos que o Liverpool foi devastador ao aproveitar esses pequenos momentos de desequilibro para fazer golos.

City condicionou a construção adversária de forma diferente(2+1) mas com objectivo idêntico, obrigar a jogar longo, e jogar para o corredor lateral evitando o jogo mais vertical e interior do Liverpool. Dentro da sua Organização ofensiva o City desta vez optou por colocar os laterais em largura mas pouco projectados, acabando por deixar Sterling e Bernardo com menos uma opção de passe do que é habitual, com o decorrer do jogo os laterais foram subindo, e criando mais dificuldades aos laterais do Liverpool que até ai não tinham sentido as dificuldades habituais que o jogo de corredores do City costuma apresentar.

3 Comentários

  1. Discordo ligeiramente da análise. Para mim o grande aspeto definidor foi a eficácia. Até porque na minha ótica o Liverpool concedeu, nomeadamente ao aguero, suficientes oportunidades pasa um resultado diferente. Ao city resta atacar aquilo que ainda não tem e que todos desejam, a Champions league.

  2. Deve ser das primeiras vezes em que não concordo com uma análise vossa. O City criou imensas oportunidades. Aguero e Sterling tiveram, pelo menos, uma oportunidade flagrante de golo, cada.

    Posso estar enganado mas o Liverpool além dos golos, não fica muito próximo do golo em nenhum lance.

    Achei “curioso” um factor, o Liverpool conseguiu, especialmente na primeira parte, “partir” a primeira linha de pressão do City com mais facilidade do que o adversário. Ficou-me a ideia de algum “cansaço” dos Citizens.

    Em último lugar, olho para os golos do Liverpool e imagino Ederson, a fazer melhor figura, a velocidade dele faria toda a diferença numa possível intercepção ao cruzamento para o Salah e a fechar o ângulo no caso do Mané.

  3. Não concordo de todo com essa análise. Apesar do resultado o City esteve bem melhor a maior parte do tempo, foi sempre a equipa que melhor constituir o jogo. O Liverpool só criou perigo através da sua arma preferida, as transições supersónicas. E diga-se de boa verdade, pois também faz parte do jogo, que o árbitro inclinou o campo sempre a favor do Liverpool, se não, não sei não.. O city perdeu é verdade, mas para mim esteve melhor em termos tatico e caiu mas de cabeça bem levanta! Um abraço!

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