O estranho caso do Sporting de Braga

É a equipa em Portugal que mais cruza. Terá este dado relacionado com o sucesso europeu? e com o insucesso nacional?

No Canal 11, no programa “Futebol a Sério” o Pedro Bouças com o Professor Jesualdo Ferreira sob a orientação da Sofia Oliveira abordaram o modelo do agora de partida Ricardo Sá Pinto.

5 Comentários

  1. É um caso que nada tem de estranho, para quem vê os jogos do Braga. O futebol do Braga não tem variabilidade para desmontar equipas que surjam a jogar com o autocarro estacionado (a maioria dos jogos da liga). Com defesas posicionadas em bloco baixo e com muitas gente, cruzar junto da linha lateral e muitas vezes antes sequer da linha de projeção da grande área está com grande probabilidade votado ao insucesso. Muito diferente, por exemplo, do “cruzamento” (na verdade um passe, apesar de algumas discussões semânticas a esse propósito) que o Trincão fez na última partida frente ao Paços e que deu o primeiro golo: sem oposição, dentro da área, e para trás (tornando mais difícil a interceção pelos defesas).

    Porque é que na Europa e num ou noutro jogo de maior projeção isto não acontece? Porque tipicamente os adversários querem dividir o jogo e oferecem muito mais espaço quer entre linhas quer nas costas da linha defensiva. E com espaço para aproveitar as transições, o Braga sabe jogar e tem jogadores com qualidades para o aproveitar.

    O Braga de Sá Pinto joga um futebol ultrapassado (por vezes parece que estou de volta aos anos 90). Inatacável em termos de atitude e predisposição para o jogo mas monocórdico e sem variabilidade. Se a isto acrescentarmos algumas dificuldades nos momentos defensivos, é fácil explicar porque é (relativamente) fácil para equipas com pouco recursos criar sérias dificuldades a este Braga (0 golos marcados frente às duas piores defesas da liga!).

    Dito isto, sou contra o despedimento de Sá Pinto porque por norma alterações com o comboio em andamento não resultam. O Braga tem vasta experiência neste capítulo. Caberia ao presidente arcar com a responsabilidade da sua escolha (trocar um bom treinador por… Sá Pinto) e aguentar o seu escolhido até ao fim da época. Suspeito que este despedimento só vai ser bom para o próprio Sá Pinto. Enfim, pode ser que este caso possa ser exceção…

  2. Bom dia, um a parte Pedro Bouças, é verdade que irás acompanhar o Professor Jesualdo Ferreira na aventura brasileira!? Se sim os meus sinceros parabéns! Grande oportunidade! Abraço

  3. so um detalhe, ja na analise que a sofia fez existe um pequeno pormenor para poder comparar dados com distintas dimensões, devem fazer a normalização dos dados… para poder ser comparados comparar dados absolutos de 6 jogos e de 14 nao tem grande logica, muito menos quando o que se analiza qualitativamente nao pode ser explicado pelos dados!! por exemplo exprimentem normalizar por 90min para ver se a interpretação sera a mesma ! mas obrigado por mais uma partilha

  4. Excelente análise Professor Jesualdo e “Professor Júnior” Pedro Bouças. Fica claro que o Braga se prende muito em colocar muitos jogadores dentro da área e isso acaba que mina as opções na linha de passe. Se pensarmos que o aproveitamento de cruzamentos tende a ficar abaixo dos 50% (chutando alto), sem outras variações nas jogadas o Braga passará naturalmente por essas dificuldades nas partidas.

    Falo do Brasil, do nosso querido Santos. Pedimos somente que o time seja ofensivo e que nossa base seja a base de tudo professor, esperamos que o clube faça contratações de jovens jogadores e que a comissão técnica possa participar para o desenvolvimento deles.

    Fui!!!

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