
O jogo era muito importante para o FC Porto, e depois da equipa leonina ter chegado ao empate, os comandados de Sérgio Conceição passaram por dificuldades que poderiam ter feito pender a balança para o outro lado. Maioritariamente no seu momento de Transição Ofensiva, o Sporting chegou ao último terço e criou lances em número suficiente para ter passado para a frente.
Curioso como tal criação leonina se explica bastante mais pelo próprio momento do FC Porto, não retirando mérito a um dos melhores jogos leoninos na era Silas, no que concerne à chegada à baliza adversária. Contudo, logo que os azuis restabeleceram vantagem no marcador, e retiradas possibilidades ao Sporting de ser uma equipa de “contra ataque”, não mais a equipa de Sérgio voltou a sentir dificuldades.
Eficácia valeu o vencedor – O Porto teve menos lances e marcou mais.
Inacreditável o desempenho de Coates nas últimas duas temporadas – Como é possível um defesa com o seu vasto curriculo continuar a ser sistematicamente surpreendido com bolas nas suas costas. Nem mesmo quando tem o corpo orientado para ir defender, está concentrado o suficiente para iniciar movimento atempadamente. Repare na diferença para Mathieu:
Impressionante Mathieu, diga-se.
Mesmo nos lances ofensivos de melhor criação, o central leonino tem uma preponderância elevadíssima pela forma como percebe e percebeu os momentos para acelerar na Transição Ofensiva – Seja num passe com sugestão para procurar desequilíbrio, seja na sua própria progressão para criar superioridade numérica. Veja:

Também o golo do Sporting chegou de uma imprudência. Marchesín tomou o risco de sair a jogar pelo corredor central sem medir consequências de uma possível intercepção do seu passe, e Acuña que rubricou uma exibição fantástica, talvez a melhor desde que chegou a Portugal, roubou, iniciou e concluiu o lance.
O Clássico de Alvalade cavou ainda mais o fosso entre quem disputará o título e os restantes, e o FC Porto usando as suas armas – Sintomático o golo de bola parada de Soares e de ruptura na profundidade de Marega – passou um teste difícil e que poderá revelar-se determinante nas contas finais da Liga.
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Por fim falta no meu ponto de vista analisar as substituições por parte de Jorge Silas.” Meter gente na frente não chega”
Concordo com quase tudo mas depois do 1-2 o Sporting teve uma das melhores chances (e logo de bola parada, onde o Porto é muito forte) pelo Coates num canto salvo erro. Mas sim, o Porto passou a controlar muito melhor o jogo a partir daí e teve até chances para aumentar a vantagem, o Sérgio Conceição teve mérito também nas substituições (a meu ver).
Analisando o golo de Marega, o Coates é certo que é lento a proteger a profundidade mas é uma série de erros individuais, o Ristovski também não acompanha convenientemente e o Maximiano não pode tentar adivinhar uma trajectória de bola sem esta efectivamente a ter (é um lance a fazer lembrar aqueles livres laterais em que se há 1 toque o GR tá batido e se é certo que muitas vezes os GR têm que adivinhar trajectórias nesses lances pois a bola se não é tocada entra ao 2º poste, este não era de todo o caso).
Este não é um espaço para se falar de arbitragem mas há duas coisas que me desagradaram, a falta de calma do Bruno Fernandes por tudo e por nada… Ele tem pelo menos 2 ou 3 momentos de fúria com o auxiliar e só num viu cartão amarelo. E fica também por mostrar 2º amarelo ou até vermelho directo ao Alex Telles perto do minuto 58 num lance com Bolasie, o jogador do Porto não tenta de forma alguma jogar a bola (que está no chão) e só pontapeia o jogador do Sporting… OS árbitros deviam estar muito alerta para lances em que a bola está a ser disputada a uma determinada e a falta é feita por um pé que vai numa altura completamente desfasada.
Desculpem lá o testamento, abraço.
Será maior o “erro” do Coates perante o “erro” de Ristovsky???
Quem deve controlar a rotura nas costas do central ?
A meu ver, Ristovsky. O lateral é o único que tem raio de visão para o Marega e tem tempo para anular a desmarcação de rotura .
O erro é dos dois, que deviam ter acompanhado o movimento do Mathieu e tirado a profundidade. A bola estava descoberta, o central do lado da bola (Mathieu) desce, e os outros dois têm de o acompanhar e jogar na linha dele, não é esperar que o passe saia para depois correr atrás do Marega. Aí já é tarde.
Relativo ao Mathieu. Jogou no Barcelona e jogou muitos jogos para quem tinha que concorrer com Alba e Pique e Mascherano, tá tudo dito. Para mim o defesa mais completo que vi jogar foi o Abidal. Imbatível e de forma honesta. E o Mathieu é um jogador um pouco semelhante, mas menos técnico, veloz e ágil. Sem dúvida o melhor e mais experiente central em Portugal, acima do Pepe e do Ruben, para mim. Acima de tudo falta ao SCP um bom lateral direito, um extremo imprevisivel no 1vs1, e ser imprevisivel não é ser rápido (um Quaresma servia) e um avançado “guloso” e trabalhador (na onda de um Falcão). Este sim é o detalhe que separa o sucesso do insucesso.