Curtas – Benfica ganha em jogo duro e chega ao Dragão com 18 vitórias em 19 jornadas

Jogo começou “encaixado”. Belém SAD em 541 a saltar com extremos sempre que acionavam pressão e lateral a encostar no jogador da largura do Benfica. Para além da dificuldade que é atacar uma linha defensiva de 5 elementos, fortes a retirar espaço entre linhas ao jogo encarnado. Benfica a defender muitas vezes com Pizzi junto de Rafa e Vinícius para parar a construção a 3 do Belém SAD com os 2 médios nos 2 médios adversários e Cervi mais baixo, muitas vezes até a aparentar uma linha de 5.

Encarnados quando perceberam que o espaço estava na profundidade e começaram a agredi-la mais, seja com bolas a entrar nas costas da linha defensiva adversária ou apenas com movimentos de ruptura, criaram dificuldades à Belém SAD, não só porque conseguiram alguns lances isolados, mas porque aumentaram o espaço entre linhas para poder jogar.

Adel a desbloquear o jogo em mais uma exibição monumental do marroquino. Furou em condução no primeiro golo e perante a linha defensiva adversária definiu bem e deixou Cervi em situação de cruzamento já dentro de área. Marcou o 2° golo do Benfica e não obstante de tudo o que oferece ofensivamente, ainda o compromisso, o foco e a agressividade em todos os comportamentos, posicionamentos e duelos defensivos.

Weigl ainda sem a notoriedade que terá, mas com um grau de acerto assinalável. Sempre seguro em posse, percebe o contexto, não perde a bola e muito, muito importante quando o primeiro, segundo passe após o ganho é dele (quase sempre vertical a sair da pressão e deixar colegas em posição de contra-ataque).

Apesar de tudo, a melhor notícia para o Benfica foi o regresso de Rafa. Já Vinicius, para além dos golos, cada vez mais capaz a jogar de costas e a relacionar-se com os colegas.

Ainda assim, defensivamente encarnados com alguns problemas a controlar envolvimentos da Belém SAD e a sentir a falta de alguém que quer na reação à perda quer em organização, oferece a agressividade, inteligência e capacidade de recuperação de Gabriel.

8 Comentários

  1. “reação à perda quer em organização, oferece a agressividade, inteligência e capacidade de recuperação” -> por momentos será que ouvi chamarem o Tino?

  2. O Taarabt é craque. Mas o Vinícius é um caso sério. Marca e assiste com imensa frequencia. De certeza que vai acabar o ano a liderar golos marcados e assistencias e podia ter muitos mais se lhe dessem os mesmos minutos que Pizzi.

    Vai ser vendido por mais de 100 milhoes certamente.

  3. Acham mesmo que a “a agressividade, inteligência e capacidade de recuperação de Gabriel” valem a quantidade de vezes que ele perde bolas em passes inconsequentes ou jogadas arriscadas sem sequência? É que cada vez mais acho que aquele meio-campo fica mais completo com o Adel que com o Gabriel, presumindo que o Weigl veio para pegar de estaca…

    • Realmente, juntar inteligência e Gabriel na mesma frase só com muita coragem e boa disposição. Mas é como tudo na vida: mais vale cair em graça do que ser engraçado. O amor que estes gajos têm pelo Gabriel não tem grande explicação. Ainda neste jogo em 10 minutos perdeu mais bolas do que o Weigl no jogo todo. E claro que teve de arriscar um remate a 30 e tal metros sem necessidade nenhuma, com colegas em melhor posição e o resultado em 3-2. Volta Carlos Martins estás perdoado!

      • Acho que a comparacao com o Carlos Martins nao eh muito feliz. Mas partilho de alguns dos teus anseios: o Gabriel tem algumas instancias no jogo em que parece sofrer daquilo que na giria se apelida de “paragens cerebrais”.

        Pois bem, nao ha jogadores que nao errem, nao ha jogadores que acrescentam algo sem tambem potencialmente criar uma desvantagem. O que e que o Benfica do Lage ganha com o Gabriel? O que ele ja enunciou: reacao a perda (“da dois passos e recuperamos a bola”), variacao do jogo com passe longo – poe a bola redonda em qualquer extremo do campo – e curto – tambem faz jogo apoiado e sabe esperar pela melhor ocasiao para colocar a bola, desarme e agressividade, leitura de jogo.
        Mas la esta, nem sempre e constante: vejo-o muitas vezes a recuperar a passo, tenta a sua sorte quando nao deve, aparece fora do suposto raio de acao e nem sempre demonstra o melhor dos posicionamentos.

        Assumindo que Weigl e determinante para os equilibrios, a escolha vai oscilar entre Gabriel e Taarabt, pendendo na maioria das vezes para o primeiro. Eh que jogar com dois homens no meio campo exige um nivel de consistencia ao qual o Adel pode chegar, mas que ainda nao tem. Contra o Porto, por exemplo, parece-me claro que sera Weigl e Gabriel, com Chiquinho a frente.

        Estaria interessado em ver uma analise mais profunda ao Gabriel por parte do LE. Alguem me sabe dizer se ja a fizeram?

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