Posicionamento e Orientação

Vivemos numa era em que o jogo evoluiu até ao ponto do mais ínfimo pormenor poder fazer toda a diferença entre sofrer ou não sofrer, marcar ou não marcar golo.

Numa era em que o crescimento das organizações colectivas trouxeram de volta a estratégia e o individual como factor relevante.

Agora que o posicionamento colectivo está ao alcance de todos, é de novo o pormenor individual que faz a diferença, em cima da tal organização.

É a forma como o gesto e a decisão altera o jogo ofensivamente, e como mesmo que bem posicionado no espaço, sem uma boa orientação do corpo, se possa pagar por isso.

Bruno Lage referiu que foram descobertos os pontos fracos da sua equipa depois de um ano em que tais pareciam escondidos. Nunca estiveram escondidos, na realidade. Por isso por cá, sempre reconhecendo a qualidade elevadíssima no processo ofensivo quer de Grimaldo, quer de Ferro, nunca houve o “acreditar” ou a “tentação” de os colocar num patamar onde simplesmente não entrarão – Boa equipa Europeia. Embora tantos sejam os que por não perceberem que para se ter bola também é necessário ser-se muito forte sem ela, acreditam que tal é uma evidência.

A série de jogos com sucessivos erros da dupla tem sido mais notada porque a bola caiu no fundo das redes de Odysseas, mas nos jogos de Liga dos Campeões sempre ficou patente para quem quis ver as dificuldades individuais não apenas de ambos, mas de tantos outros.

Contra o Famalicão, centímetros mais para dentro e corpo orientado para poder ir buscar uma possível solicitação do adversário directo na profundidade teriam resolvido o problema.

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6 Comentários

  1. Viva,

    Primeira interacção, apesar de vos ler (e recomendar) há anos. Obrigado por tudo o que se aprende por aqui.

    Sobre este lance, concordando com as abordagens deficientes de ambos Grimaldo e Ferro, na minha perspectiva Pizzi não morde os calcanhares, Taraabt não encurta o espaço, e o jogador do Famalicão tem todo o tempo do mundo para procurar o ouro.. no sítio do costume.

    Cumprimentos,
    S.

  2. Esteve mal não há dúvida mas então o jogador do Fama que teve tempo de tirar com régua e esquadro (parecia que tinha todo o tempo do mundo para decidir) o passe numa posição central a conduzir e se quisesse ainda conseguia “puxar” a condução ainda mais à frente. Sim falhou mas como já foi aqui dito toda a equipa anda a falhar ( e sim uns mais que os outros na isso já tem sido aqui também discutido na eventualidade).
    O que me preocupa é a equipa não estar a evoluir, antes pelo contrário, está a regredir, e neste aspecto o Lage é o principal responsável, não basta ter um discurso politicamente correcto. Exige se mais desta equipa e como o Jesus uma vez disse, o treinador é o principal culpado/responsável para retirar o máximo dos jogadores que orienta. Foi das pessoas que sempre defendeu o Lage no trabalho que está a fazer à frente do Benfica mas acho que tenho que engolir alguns sapos e esperar que o que estou aqui dizer é um disparate e escrever um comentário invalidar o que estou a dizer

  3. Más abordagens individuais mas também uma equipa completamente estendida no campo, que nem uma simples contenção faz! Onde está o treinador ao nível do pormenor?

  4. Fico contente com este video e retrato do grimaldo. Sempre aqui o referi que o grimaldo defende muito mal. Ainda me lembro de no ano passado continuar a defender o seu opositor por fora (impensável, pois nem nos iniciado isso se faz)… Deixo apenas um reparo, no vosso video e na vossa solução, sobre o poscionamento por causa do fora de jogo. Se tivesse mais dentro, conforme voces sugerem (dado que abola estava longe (muito importante) e pode entrar com facilidade entre o DC/DE), mas virado para dentro, conseguia acompanhar a linha da defesa, e por ventura o avançado estava um metro ou dois mais recuado…
    Deixo ainda outro reparo no grimaldo: A forma de abordagem ao adversario é permissiva, isto é: sempre a recuar sem nunca pressionar, daí que é muita vezes feito o 2×1 com facilidade, pois não pressiona e está mal colocado em campo (espaço e corpo).. Aceito que quando a bola está longe deve ter a postura de baixar linhas e defender à zona o espaço e adversario, mas quando a bola está proxima deve ter uma postura mais agressiva no adversário para evitar o 2×1….
    Por ultimo, o facto de posicionalmente estar afastado do DC/ferro, leva a criar duvidas sobre quem acompanha quem, daí que surjam sempre dois adversários para o ferro e sempre a procurar a profundidade. .. Mas isto não explica os erros infantis que o ferro têm cometido nos ultimos 4 jogos, onde entrega a bola ao adversario com passe verticais numa zona proibida; é “papado” nos lances de confronto individual; o que explica a baixa anímica do jogador.. Talvez uma outra solução interna (dado que não pode ir para o banco) seria trocar com o R.Dias.

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