O que perde o Benfica sem Gabriel?

FUTEBOL -, Gabriel no jogo Benfica-Bayern a contar para o Grupo E da Liga dos Campeoes realizado no estadio da Luz em Lisboa. Quarta 19 de setembro de 2018. (SERGIO MIGUEL SANTOS/ASF)

Gabriel tornou-se um jogador determinante no Benfica de Bruno Lage. Mas, porquê?

Num Benfica que assenta muito o jogo na forma como acelera após cada roubo de bola, a capacidade de Gabriel para vencer duelos e o número de recuperações por roubo ou por intercepção que soma jogo após jogo é um absurdo – Contra o Desportivo das Aves recuperou 30 vezes a bola!

Se é no momento de Transição Ofensiva que o Benfica tantos problemas causa na oposição, o médio tem um papel preponderante. Para que alguém acelere contra os adversários a recuperar a sua organização, é necessário que alguém recupere a posse, e Gabriel é provavelmente o melhor jogador da Liga nesse particular, que tanta importância assume no jogar encarnado.

No momento ofensivo, apesar do “espalhafato” que causam os seus “bonitos” passes, a verdade é que Gabriel decide demasiadas vezes erradamente. Erra muito, perde muita posse, e com essas decisões muitas são as vezes em que o Benfica não se consegue instalar no meio campo adversário, pois os seus jogadores têm de voltar para vir defender.

É um jogador capaz de fazer rodar a bola de forma rápida pelos espaços vazios, e comparativamente a Florentino tem muito mais passe de criação – mesmo o pelo chão, e nos dias em que o gesto técnico lhe sai com mais qualidade, também ofensivamente dá uma dinâmica importante ao Benfica. O problema é a irregularidade do seu acerto de jogo para jogo.

Se com bola, a entrada de Taarabt e Weigl trazem mais qualidade, a perda de Gabriel poderá trazer um Benfica com menos recuperações e consequentemente com menos ataques rápidos e contra ataques para matar os jogos como tão bem se especializou.

1 Comentário

  1. Vale pelo trabalho defensivo ou sem bola, mais pelo pulmão e poder físico tipo panzer. No resto é do mais banal – chega a ser ridículo! de tão pateta – que existe.

    Por isso não se perde grande coisa, sendo que Taarabt é fortíssimo com bola (ou o eterno dilema do futebolês: tapar os pés e destapar a cabeça, tapar a cabeça e destapar os pés) e muito menos forte sem ela. O que significa que a equipa vai precisar de outros equilíbrios nos jogos contra as equipas mais fortes. Em Portugal, o Benfica já quase não terá destes jogos (hoje é o último), só mesmo na Uefa é que o problema poderá ter alguma gravidade. Ou então caso surjam mais lesões.

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