Porto – é possível virar o Bayer!

Jogo intenso, dividido, com muitos duelos, e não fosse o Porto uma equipa preparada para este tipo de jogo, poderia ter sofrido pela diferença de ritmo de um Bayer, habituado a um contexto diferenciado na Bundesliga.

Primeira parte

  • Porto apresentou-se num bloco médio, estruturado no habitual 442, com Soares e Marega a tentarem impedir entrada de bola em Aranguiz, o médio defensivo do Bayer, em condições de enquadrar e ligar o jogo com as costas dos médios do FC Porto;
  • Foi uma primeira parte de elevada dificuldade. O FC Porto não conseguiu ter bola em Organização porque mesmo na sua Transição Ofensiva, os alemães reactivos abafaram todas as tentativas ou de sair, ou de resguardar e ficar para organizar;
  • A diferença de andamento e de eficiência em cada gesto ao longo de todo o primeiro período foi notória e trouxe à equipa de Sérgio Conceição aquele que foi provavelmente o jogo mais complicado de toda a temporada.

2ºparte

  • Entrada de Zé Luís mudou as agulhas à toada da partida – permitiu ao Porto maior sucesso a reter a posse, quando a bola era solicitada no espaço e no espaço aéreo;
  • A saída de Manafá e o recuo de Jesus Corona para uma posição mais baixa trouxe um jogo mais partido, mas com um Porto mais capaz de tomar decisões e chegar com qualidade ao último terço;
  • O jogo de corredores dos azuis tornou-se mais dinâmico, permitiu mais chegadas a zonas de finalização após cruzamento – Marega trocou o espaço central pelo corredor lateral, e voltou a perceber-se que Nakajima é opção para a posição de segundo avançado, e nunca de ala;
  • Bola parada, mais uma vez decisiva para a equipa do Porto entrar na eliminatória – Começam a faltar adjectivos para a tremenda eficácia do FC Porto em tal momento do jogo – Mesmo perante os poderosos alemães!;
  • Entrada de Danilo depois do golo de Luis Diaz permitiu estabilizar defensivamente a linha média e tornou claro que a ideia seria virar a eliminatória no Dragão.

Destaques

  • Havertz, um menino nascido em 99, com uma capacidade de passe diferenciada. Vê e executada de forma muito própria, define diferente, e sempre com imaginação, conseguindo enganar o adversário em cada acção;
  • Marega, desequilibrou muito a equipa do Bayer, difícil de parar pela cadência da sua condução – tivesse sido um pouco melhor a decidir e poderia ter criado mais problemas aos alemães;
  • Sérgio Oliveira, neste momento, num momento de forma muito interessante, consegue equilibrar extremamente bem a equipa, e é sempre importante a ligar as transições ofensivas que procuram a velocidade e verticalidade dos jogadores da frente.

Resumo

  • Fica a ideia de que o Porto tem condições para virar a eliminatória. Terá que ter atenção com os jogadores da frente do Bayer (Havertz, Volland, Bailey, e Demirbay) que irão seguramente explorar o momento de transição ofensiva para ferir o Porto. Será extremamente interessante saber como irá Sérgio preparar o jogo da 2º mão… uma vez que os alemães susteram e demonstraram estar preparados para o jogo mais vertical e aéreo dos Dragões.

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