Pressão, Terceiro Homem e Cobertura

O belo golo de Diogo Gonçalves no Famalicão x Sporting traz algumas discussões pertinentes.

A primeira fase defensiva – Condicionamento da Construção Adversária – Seja pressionando ou definindo linha para iniciar processo, é o principal catalizador da toada de jogo. 

Perante equipas sem soluções, o pressing nessa fase específica do jogo retirará bola e condições ao adversário para ser perigoso.

Contudo, ao contrário do que tantos ainda acreditam, no jogo não há formulas fixas para o sucesso, e é impossível ignorar que os opositores também jogam. 

Por isso mais do que um modelo que determine a linha de pressão, importa a Estratégia adequada a cada contexto – Adversário, em função das suas forças e fraquezas,  sem nunca ignorar as nossas.

Ir pressionar quem tem argumentos para sair da pressão envolve mais rigor táctico – Para além de jogadores com maior capacidade para tal. Por exemplo, se jogas com um jogador das características de Pizzi nunca podes querer ser uma equipa pressionante, porque sabes que ali a pressão será sempre batida e a equipa ficará desequilibrada no campo.

O Sporting estendeu a equipa no terreno para impedir que o Famalicão ligasse o jogo da retaguarda até ao último terço, e de tal opção surgiu o segundo golo dos nortenhos na partida. Não apenas pela opção leonina, mas muito porque a equipa de João Pedro demonstrou qualidade e inteligência para desmontar as linhas leoninas.

Com o estender do Sporting em campo, aumentou o espaço entre defesas e médios. Contudo, um passe que encontre um colega nas costas dos médios teria sempre o acompanhamento de um defesa leonino para impedir que quem recebe fique de frente para o jogo.

A solução? Utilização de um terceiro jogador, que receba de frente para a baliza adversária, o passe de quem recebe de costas. E assim, enquadrado (virado para a baliza) já ficam reunidas as condições para acelerar.

Ora veja: