O jogo é arte, criatividade e beleza. Mas, também superação e “NÓS”

LIVERPOOL, ENGLAND - MARCH 11: Joao Felix of Atletico Madrid celebrates victory with Diego Simeone, Manager of Atletico Madrid after the UEFA Champions League round of 16 second leg match between Liverpool FC and Atletico Madrid at Anfield on March 11, 2020 in Liverpool, United Kingdom. (Photo by Michael Regan - UEFA/UEFA via Getty Images)

É provável que em todo o planeta Terra apenas uma pequena parte da sua população situada em Madrid não estivesse com o Liverpool no jogo de ontem que o opôs ao “feio” Atletico.

Curioso que o Liverpool acabou por cair, mas nem por isso se pode destronar a equipa inglesa de melhor ou no mínimo entre o lote das melhores equipa Europeias, por tal ter acontecido. E é-o porque à arte e à criatividade da beleza do seu jogo ultraveloz, lhe junta o indipensável “nós” e vontade de “superação”.

Curioso também que tantas vezes se caia no erro de pensar que os jogadores de uma determinada ideia não são felizes, como se o jogador de futebol, tal como os adeptos do seu clube, não quisesse em primeira instância vivenciar e experimentar as sensações da vitória.

Um dos pontos mais importantes e pelo qual faz tanto sentido o Desporto é precisamente pelo espírito de entreajuda e camaradagem que ajuda a desenvolver. Como pode alguém sem nunca vivenciar por dentro contextos competitivos semelhantes pensar que consegue pensar no que pensa quem o vivencia?

Os jogadores do Atletico não pareceram propriamente infelizes após cada golo, pois não?

A paixão do jogo está muito para lá daquela “cueca” ou “cabrito”, da bicicleta ou do tiki taka, e encontra sempre dias felizes quando onze sem facilitar, sem nunca tirar o pé do pedal em busca de um objectivo comum, atingem um inesperado objectivo e que a tanta superação obrigou. Ontem foi o Atletico, mas o Liverpool, num estilo antagónico também faz jus ao que de mais belo tem este jogo.

A busca por algo em comum.

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE JUNTOS – A ATACAR, A DEFENDER. A IR e a VIR. INCRÍVEL:

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3 Comentários

  1. Saudações desde Portimão!
    Acho que há uma coisa que é sistematicamente desvalorizada quando se fala em Simeone e no atlético: O Atlético de Simeone é provavelmente a única equipa no mundo que tem uma filosofia de base com a qual se deve aprender: Quando não temos as mesmas armas dos mais ricos (ok, é certo que hoje o Atlético já tem um orçamento considerável e não “mudou o chip”, mas quando Simeone lá chegou não era bem assim, pelo menos se comparada a sua equipa com gigantes como Real ou Barcelona) como fazer para nos batermos com eles?
    O Atlético encontrou um modelo para isto (que pode não ser o mais atrativo, concordo) e tem tido alguns resultados. Se estiverem a jogar com o último e jogo pedir que se baixem linhas e se chute para a bancada, eles não hesitam em fazê-lo.
    Penso que os nossos grandes poderiam ganhar alguma coisa em abraçar esta filosofia de base.
    Se não, vamos continuar divididos entre jogar na Europa como jogamos cá em casa (e perder, como o Sporting de Jesus, que em dois anos na Champions a jogar com Real, Dortmund, Juventus ou Barcelona averbou uma vitória e sete derrotas, 1 ponto em 24, mas deixou uma bela imagem…) ou estar constantemente a mudar (porque a exigência da nossa liga é menor que a das provas europeias) e sem encontrar um caminho.
    Independentemente do modelo, gostava de ver gente a pensar “se não temos as mesmas armas deles, como vamos enganá-los” e de um modo que fosse compatível com os nossos compromissos internos.
    O Atlético encontrou o caminho. Pode não se gostar, mas ignorar faz mal.

  2. Sinceramente esta é uma publicação non-sense, lavrada a quente e que não considera minimamente outras variáveis na análise. A única coisa que justifica esta publicação é o resultado do jogo ou de dois jogos, neste caso. Fico a aguardar a vossa douta e especialista análise à classificação do Atlético na liga espanhola, só para citar um exemplo, e à dificuldade que têm demonstrado em marcar golos naquela competição – afinal, para ganhar (a única valorização que vocês aceitam por estes dias) é preciso marcar golos, certo?

    Depois isto é condimentado com uma altivez do lugar de fala – como se os autores fossem a última bolacha dos gajos que andam no futebol, e no facebook ainda lá foram atirar que ganham milhares, foda-se já tivemos melhores dias, certo? – mas esquecem-se olimpicamente da opinião do Klopp, Michael Owen e outros, mas pronto, são figuras que não percebem nada disto e ainda por cima não têm metade da experiência dos gajos do Lateral Esquerdo.

    Sobre o jogo e não o vendo totalmente acho que só mesmo os jogadores e treinadores (nem os adeptos deles acreditavam, a julgar pelas caras de óbito) tinham esperança em mudar o resultado de 2-0 já no prolongamento. A superioridade do Liverpool era total e em todos os parametros possíveis. No entanto, estas surpresas incríveis trazem amor ao jogo, o Atlético tem dinheiro e talento para aleijar qualquer um e toda a gente adora imprevisibilidade, emoção e ver os mais fracos a se baterem com os mais fortes. Adoro a regra do golo fora!

    • ‘e no facebook ainda lá foram atirar que ganham milhares’ Ironia, caro Edson. Como não entendê-lo?! Os patrocínios do site pagam softwares… Nem lucro há… Produzir por prazer.. Muitas vezes para sim, ler choroes. Mas se mesmo esses choroes no seu íntimo não reconhecessem o que se faz aqui… Isto não teria 100mil visitas mensais…

      Sabes o que o Klopp também disse? Que não fala do Covid19. E porque não..?

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