Que crescido estás, Fábio

O Contexto Equipa B, sobretudo se a competir na Segunda Liga, tem sido um dos principais catalizadores do talento em Portugal. A passagem de júnior para sénior é sempre problemática. O jogo é muito diferente, maioritariamente pela velocidade a que tudo acontece, e os jovens talentosos têm encontrado num espaço que lhes permite ao mesmo tempo errar e não ter um sucesso imenso nas primeiras aparições, defrontar jogadores mais velhos, enfrentando um contexto no imediato difícil mas superável.

E quem experimenta o sucesso numa Liga altamente competitiva, começa a alicerçar o seu próprio futuro no patamar seguinte. Foi assim com Vitor Ferreira, e é assim com Fábio Vieira.

Os dois médios interiores que defenderam as cores da selecção nacional no último Europeu Sub19, são jogadores de grande talento e que já no primeiro ano de Sénior crescerem o suficiente para que a própria segunda Liga seja “curta” para tanto nível.

O potencial tem sido transformado em rendimento, e Fábio mostra-se capaz em qualquer zona do campo. A qualidade com que inicia cada ataque, aumentando fluidez do jogo ofensivo, como decide e executa em zonas de criação, e na presente temporada, também a mestria evidenciada em zonas de finalização que já lhe valeram 15 golos, fazem perceber o impacto que terá no médio prazo, quando tiver a sua oportunidade na equipa principal dos Azuis e Brancos.

Com Vitor Ferreira, forma uma dupla de médios capazes de deslumbrar – Pelo desequilíbrio sempre associado a uma destreza motora, capacidade técnica e cognitiva de eleição. Há que os seguir, porque o futuro está já ai. E que futuro!

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2 Comentários

  1. E minutos de jogo na equipa principal, para quando? Não conheço bem o atleta em causa mas é factual que o FCP tem uma geração muito forte que, seja por motivos financeiros ou desportivos, já poderia ter muito mais minutos de jogo na equipa principal.

    Para esta época, o clube investiu 60 milhões em novos jogadores. Só em Sarabia e João Pedro, contratado na época anterior, estão cerca de 10 milhões em laterais direitos e diz-se que o Tomás Tavares não quer renovar (não sei se é verdade e sei que tem apenas 17 anos)! A justificação para estas opções é o rendimento mas o FCP até acabou por ser eliminado da Champions por uma equipa muito débil e, no geral, não tem feito uma época de alto desempenho.

    Outro dos vossos argumentos, julgo, é a falta de pedalada física, mental ou outra para esta juventude se fixar na equipa principal. Mesmo assim, repito, como se justifica o negócio Marcano (um bom jogador mas não mais do que isso) para deixar o Diogo Leite quase sem minutos? O rendimento desportivo entre os dois será assim tão diferente? Então e o rendimento económico, não conta para a análise? O Marchesin é um bom redes, sem me parecer excepcional, será que foi uma boa opção contratá-lo só por causa da lesão do Diogo Costa pouco tempo antes da eliminatória da Champions?

    O FCP não tem grandes condições de trabalho mas parece-me que tem feito um percurso muito consistente na formação do clube na última década ou próximo disso. Mas estes jogadores não atingem o plantel principal, na maior parte dos casos, mesmo quando o clube está à rasquíssima em termos financeiros. Não faz muito sentido.

    • Há também a questão do modelo do treinador da Equipa A nao beneficiar de forma alguma estes médios talentosos…

      O Marcano percebe-se… pode ser a diferença entre ser campeão ou não…O Leite é ainda muito débil defensivamente… deveria estar a jogar, como o Queiroz que provavelmente ficará preparado mais cedo

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