Identidade Amorim

FUTEBOL - O treinador Ruben Amorim no Vitoria de Guimaraes - Sporting, jogo da 25 Jornada da PRIMEIRA LIGA 2019/2020. Estadio Dom Afonso Henriques, em Guimaraes. Quinta Feira, 4 de Junho de 2020. (Eduardo Oliveira/ASF) VITORIA GUIMARAES SPORTING

O sistema é irrelevante, mas, se com dois dias mudei, imaginem após três meses. O importante é os jogadores perceberem a ideia de jogo e estou muito entusiasmado para ver isso.

Rúben Amorim, ao Jornal A Bola

O Sporting surgiu no Berço da Nação com as mesmas agulhas táticas que Rúben Amorim já havia apresentado na brilhante passagem por Braga.

Organização Defensiva em 5x2x3 no momento de pressionar, ou de controlar espaços altos / médios, que se transforma em 5x4x1, com o baixar dos avançados para a ala defensiva (Jovane à direita, Vietto à esquerda) quando se vê remetido ao seu primeiro terço.

Com bola voltou o habitual 3x4x3 – Saída com os três centrais em construção, dois médios lado a lado entre os centrais, e os dois laterais que se transformam em médios – Que chegam à frente e voltam, marcando toda a profundidade do campo no corredor lateral, e os três mais adiantados por dentro – Um avançado centro (Sporar) e dois “números 10” – Um na metade esquerda do campo, o outro na metade direita.

Guimarães presenciou um Sporting que optou por não sair pelos seus médios, fazendo com que as bolas da construção (centrais ou guarda redes) saíssem sempre directas, mesmo que pelo chão para os três da frente – um dos três recebia e colocava a bola no colega de frente para o jogo (ver vídeo).

Curiosamente, foi numa excepção (Max procurou o médio) que o golo vimarenense acabou por acontecer.

A Transição Ofensiva do Sporting é por agora o momento mais letal dos leões. A forma como os três da frente pressionam, mais adiantados no seu posicionamento, com o suporte dos dois médios que encostam nos adversários, permite recuperações e saídas em contra ataque contra equipas ainda abertas (laterais abrem, sobram muitas vezes apenas os dois centrais para defender a saída a três do Sporting – à semelhança dos movimentos de contra ataque de Liverpool e Dortmund, por exemplo).

Com muito para crescer, seguramente, o modelo bem vincado que prioriza uma boa organização defensiva e que se mostra já preparado para defender transições de Rúben Amorim vai deixando “água na boca” e promete elevar o Sporting para um patamar mais condizente com a sua história. Mesmo que individualmente não esteja ainda apto a concorrer pelo título maior com os seus dois rivais.

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7 Comentários

  1. Ridículo, nunca vai ter sucesso porque não tem jogadores de qualidade para adotar o sistema. Por isso é um mau treinador.

    • E tem jogadores de qualidade para adotar outro sistema? Vai-me dizer que existem craques no plantel do Sporting e ninguém deu por isso…

  2. Na teoria ofensivamente a equipa tem bons elementos , mas defensivamente a equipa da espaço para a equipa adversária fique em superioridade, os dois medios defensivos sao iguais lentos na transição defensiva, e na reacção a perda, todos os sistemas são bons , falta encontrar e os jogadores com a qualidade que podem interpretar

  3. Vai ser sempre difícil tendo em conta a (falta de) qualidade de alguns dos intérpretes. Por comparação, em Braga tinha melhor tridente ofensivo. Ainda assim há margem para crescer e acredito que com tempo e estabilidade seja possível fazer melhor do que tem sido feito no último ano e meio.

  4. Começando pelo início do vídeo, vejo um Sporting muito estático em organização ofensiva e bater bola na frente e também a tentar ganhar segundas bolas.
    Na segunda parte do vídeo já vi o Sporting a deixar o adversário sair e a linha defensiva a baixar muito. Também vi muito espaço para a equipa adversária poder sair a jogar.

    Não sou fã desta proposta de jogo e penso que o Sporting, como equipa grande, deveria assumir o controlo do jogo com bola e uma pressão mais compacta e alta.

  5. Tenho gostado desde Braga mas não são as ideias que mais aprecio. Gosto muito do Ruben, foi um excelente jogador, que me parecia ter capacidade para chegar mais longe. Algumas opções e sobretudo os problemas físicos não permitiram. Espero que possa evoluir o modelo de jogo por caminhos mais interessantes (pelo que vi em entrevistas, antes de ser treinador do Sporting, não alimento grandes esperanças). Por enquanto, a transição defensiva do Sporting parece uma mina de ouro (para o adversário).

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