Sete em três

O passo mais seguro para quem pretende fazer evoluir uma equipa com latentes dificuldades até de confiança, é estancar construção e criação adversária. Partindo de uma boa organização defensiva, que impossibilite o adversário de ter oportunidades, possuindo melhores jogadores (E se o Sporting bem precisa de mais qualidade, não deixa de poder continuar à espera de um rasgo de um dos seus jogadores), o golo poderá chegar. E bastará um para vencer.

Nunca o caminho de um grande poderá passar unicamente pela competência defensiva. Mas, em cima dela, surgem vitórias, mesmo que “magras” e confiança que possibilitará ir-se à procura de outro jogo ofensivo. Embora, não se possa ignorar que num jogo de eficácia plena, também o Paços teria marcado! Max foi importante.

3x4x3 do Sporting em Ataque Posicional

Careceu de criatividade individual – As ligações colectivas são evidentes e não abrem espaço a movimentos fora do padrão habitual – a chegada ao último terço e a sua definição ai chegado. Por isso, o Sporting não foi capaz de criar sucessivamente lances de perigo, e tudo o que de bom construiu chegou sobretudo pela organização defensiva e pelos posicionamentos com bola, que preparam a perda – Não é fácil no sistema actual criar-se problemas à equipa de Rúben Amorim, nem mesmo em situação de contra ataque.

Apoio Frontal – Terceiro Homem – Um dos poucos lances em que o Sporting conseguiu furar as linhas adversárias:

5x2x3, que se transforma em 5x4x1 em Zonas Baixas, em Organização Defensiva

Muito mais preparado para defender bem e contra atacar, o Sporting de Rúben Amorim precisará de tempo e de outra valia individual se no futuro pretenderá intrometer-se na luta pelo primeiro lugar, embora nas três jornadas sob a sua liderança tenha o Sporting ganho 4 pontos a Benfica e 3 ao FC Porto.

Destaque Individual – Jovane Cabral – Tem erro, e não parece fadado para jogar em espaços interiores – E curtos! É um jogador de momentos – Quando há espaço para acelerar e finalizar – Que potência de remate desenvolveu! Apesar dos defeitos numa fase em que poucos são capazes de provocar desequilíbrios esteve nos lances mais prometedores do Sporting.

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4 Comentários

  1. A qualidade da linha ofensiva do Sporting é muito fraquinha. Sendo polémico, parece-me que Braga, Rio Ave e Vitória de Guimarães, por esta ordem, têm mais qualidade ofensiva do que este Sporting.

  2. Lá vamos nós… Mais um treinador para o Olimpo com meia dúzia de jogos, sem começar uma época de início, quer dizer, os resultados bons ou maus não podem servir para tudo. Se é fácil criar contra o Sporting destes três jogos, não sei, mas difícil é que também não é. Qualquer das equipas poderia ter ganho os dois últimos jogos, do que eu vi, o primeiro no Sporting já não me lembro. Aquela jogada do pénalti despenalizado é um bom exemplo do espaço disponível para causar estragos às equipas do Ruben (perda de bola, equipa projectada, duelo perdido e espaço nos corredores e no meio). Também no Braga isto foi evidente em várias ocasiões, seja contra equipas mais fortes (FCP, por exemplo, onde venceu mas concedeu várias ocasiões) ou mais fracas. O Ruben é bom mas ainda não foi canonizado.

  3. “Partindo de uma boa organização defensiva, que impossibilite o adversário de ter oportunidades, possuindo melhores jogadores (E se o Sporting bem precisa de mais qualidade, não deixa de poder continuar à espera de um rasgo de um dos seus jogadores), o golo poderá chegar. E bastará um para vencer.”

    Este parágrafo também se poderia aplicar à equipa do Paços. Ou não?

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