Não foi fácil, como nunca será a estreia na equipa principal de um grande do futebol português de qualquer jovem ainda no seu primeiro ano de júnior. E estrear-se ainda em tal escalão etário é desde logo, salvo alguma excepção muito especial, sinal do potencial que possa ter.
Acusou em demasia o nervosismo – A presente época não tem sido bem gerida – Chegou ao primeiro jogo na Liga NOS com 10 jogos de Segunda Liga, quando poderia ter tido bastante mais que o preparassem melhor para esta entrada na equipa.
As constantes más recepções que originaram ou perdas, ou o atrasar do ataque azul, bem como o soltar a bola para zonas fechadas proporcionando perdas aos colegas não são sequer marcas habituais de um lateral que prima precisamente pelo oposto! A qualidade técnica e a tomada de decisão.
Quem esperava que Tomás tivesse impacto na equipa, estava obviamente enganado. Não trouxe qualquer desequilíbrio ofensivo e ainda mostrou dificuldades em gestos que para ele até são demasiado simples. Dez perdas para zero desequilíbrios, numa posição que o Modelo Sérgio Conceição pede precisamente esse assumir da individualidade pós variação que encontra espaço, em 60 minutos foram um pecúlio confrangedor. Mais enganado estará também quem, olhando para a sua exibição de ontem se deixe enganar pelos erros para lhe traçar o valor. Tudo o que precisa é de jogo e confiança para ser um lateral de classe por muito tempo no FC Porto.
Quem lê a peça e vê o vídeo, fica a pensar que o Tomás Esteves que “não trouxe qualquer desequilíbrio ofensivo” não é aquele jogador de cabelo comprido a actuar a lateral direito que se envolve N vezes no processo ofensivo com qualidade e assiste para um golo invalidado.
Tomás Esteves é aquele cabo-verdiano alto que jogou a avançado, certo?
Não será seguramente com palmadinhas nas costas que alguém poderá evoluir. A análise é dura, mas o ênfase no que está por melhorar é essencial no dia-a-dia de alguém que almeje o topo. O Porto tem tanta qualidade nesta fornada de jovens! Sem o hype que é dado ao Seixal nos media, o Olival promete dar muito talento ao futebol português.
“Sem o hype que é dado ao Seixal nos media” – O hype é dado pelas várias apostas que se revelaram acertadas. Vários jovens que tiveram vários minutos, jogos, no fundo sequência! Tudo aquilo que até agora não houve no Olival. Mas dada a situação financeira, tenho praticamente a certeza que finalmente os jovens terão oportunidades reais! Qualidade não falta!
Num jogo bastante dificil para todos os jogadores do FC Porto esta análise parece me tendenciosa. Uma analise de alguém que não deve ter visto o golo mal invalidado ao FC Porto que parte dos pés de Tomás Esteves. Talvez por não ter visto é que não é mencionado na análise.
Quando este jogador mostrar mais, como já mostrou neste jogo com o Boavista, ai vamos ver se fazem outra análise. Se jogasse de vermelho já tinha a propaganda Benfiquista a vende-lo por 100M. Tenho pena deste país onde vivemos.