Curtas do Caldeirão que queimou o Benfica

1ª Parte a fazer lembrar o velho Benfica de Lage que conquistou o campeonato passado com brilhantismo. Controlou o jogo, criou bons envolvimentos que lhe permitiram ter várias oportunidades para marcar e agressivo na perda de bola, não deixando o Marítimo sair. Isto porque o treinador encarnado colocou os jogadores com as características que cada posição específica do seu modelo exige – 2 médios de construção com muitas responsabilidades na TD e 1 médio de criação. 

A receber entrelinhas, na profundidade, a envolver no corredor lateral ou a aparecer em zonas de finalização… Chiquinho é (quase) tudo o que Benfica precisa para esta posição e o jogador do plantel mais capaz de a desempenhar. Ainda assim, na área não é Félix e não consegue materializar as oportunidades que tem quando finaliza. A importância de Samaris no momento em que o Benfica perde a bola, sempre muito reativo, agressivo no duelo e, mesmo que não recupere a bola, atrasa o contra-ataque adversário permitindo à equipa recuperar, não expondo assim tanto os centrais a duelos onde Ferro mostrou mais uma vez ser fraquíssimo. 

Tivesse marcado numa das oportunidades que teve na primeira parte e o Benfica tinha goleado o Marítimo na Madeira.

Tirar Chiquinho das zonas de criação é dar um tiro nos pés. É o único jogador diferenciado para jogar nesse espaço e era por ele (até porque era o único que não encaixava na linha de 5 do Marítimo) que o Benfica conseguia desequilibrar. Com Rafa, Pizzi e Cervi a criação ficou entregue a 3 jogadores demasiado semelhantes e sem características para se associar e definir com critério num espaço tão curto e com tanta pressão. 

Marítimo apenas com 4 lances durante todo o jogo e todos com um denominador comum: Ferro! Na primeira parte, Nuno Tavares é batido (de forma demasiado infantil) e Ferro salta cedo demais, deixando a bola entrar nas suas costas dando origem ao primeiro golo anulado. No 1-0, Zivkovic não fez falta para matar a jogada e Ferro que (de novo) deveria ter continuado a retirar foi contornado, literalmente. 2-0 onde perde novamente um duelo individual para Nanu e por fim o 2º golo anulado aos madeirenses também na sua zona. 

Mais uma nota para Nuno Tavares. Capacidade técnica e física  inegável, mas uma displicência incompreensível para um miúdo que está a ter oportunidade de jogar num candidato ao título.

8 Comentários

    • No primeiro golo e na tal atitude que tanto falam por estes posts. Como capitão, a imagem não podia ser pior que aquela, de alguém que já faz parte da mobília da casa e gosta de mandar. Abraço e continuação de bom trabalho!

  1. Não podia estar mais de acordo com tudo o que está escrito. Mal saiu o samaris comentei logo, aí vem o descalabro…
    Bom jogo do chiquinho, péssimo rafa e pizzi …
    Uma palavra ainda para Jota, talvez aquele jogador que mais desesperou a época toda por uma oportunidade, que tanto se falou no início de época que era a par com Trincão a estrela da selecção naquela mega equipa de jovens potenciais estrelas… nao consigo perceber como não pode ser titular seja na esquerda seja na direita em detrimento do pizzi ou do rafa.
    Já agora serei o único que também não percebe no lance do 1 golos como o grego vai com a perna num lance que se vai a deslizar de mãos certamente cobria mais baliza ?!
    Abc

    • Sobre o nosso gr grego creio que tens toda a razão, já contra o santa clara aquele primeiro golo me fica a ideia que ele nao precisava de sair na bola…
      Mas enfim , quando no futebol as coisas correm mal desta maneira, tudo piora…o que eu não entendo como é possivel o ferro ter jogado tantos jogos época , melhor que se tivesse deixado o samaris a central…

      E alguem me esplica pq do pizzi ter o lugar cativo?

    • Agradece ao Vlako a 1a volta, porque o Benfica concedia à mesma as oportunidades aos adversários, já que a tristeza Almeida+Ferro+Grimaldo (ou outro substituto qualquer sem nível) vem desde o início.

  2. A falta de velocidade de Ferro.. E impossivel jogar com um defesa que nao corre. No primeiro golo, uma vez que foi eleminado pelo o adversario continua a pequeno passo em vez de estar em sprint para recuperar. E depois aquele saltinho no fim da jogada como dizer “A culpa é do companheiro”

  3. Acho que já foi tudo dito, agora o que devia acontecer era vir o mais rapidamente o novo treinador, garantir a Champions para depois ter um espaço de oportunidades óptimas para começar a definir quais são os jogadores que importa contar para a próxima época.

  4. Correu tudo mal para os benfiquistas, neste último terço. Houve uma dose de azar nos últimos tempos: ainda ontem, o Porto aproveitou uma oferta do GR do Paços, aos mesmos minutos até aos quais o SLB tinha falhado dois ou três golos na Madeira. Mas o Porto tem princípios e uma defesa que não treme, para além de bolas paradas bem treinadas. O próximo treinador do Benfica vai ter muito trabalho pela frente, e talvez se entretenha a mandar rodas alguns miúdos e a resgatar de empréstimos outros mais experientes?

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