Alvalade volta a sorrir. Quarta vitória consecutiva, cinco vitórias em seis para Rúben Amorim.
Se o futebol é entusiasmante? Não é. Nem será. Não há qualidade individual suficiente para que o Sporting possa ser avassalador em termos de criação. Os jogadores da frente têm pouca qualidade para o nível exigido, e nem os laterais são por ora suficientemente capazes de participar assertivamente em desequilibrios constantes.
Tudo o que de bom consegue (os resultados) e conseguirá, terá de passar pelo rigor tático que vai apresentando – Com espaço para crescer. Chegará o dia em que porque não tem gente capaz de ser eficiente entre linhas o Sporting cederá, mas nem por isso deixará o colectivo leonino de ser uma equipa competente.
E é muito pela pouca eficiência nos gestos técnicos – Más recepções, que não significam perdas de bola, mas antes “emperrar” o ataque porque não se recebe com o pé certo e espaço certo, que o Sporting acaba por não criar mais lances.
Destaques individuais para Eduardo Quaresma e Nuno Mendes. Estão a crescer a jogar a um nível elevadíssimo, para quem não apenas tem a idade que tem, mas sobretudo não tinha passado pelo estímulo intermédio da Segunda Liga. Será natural ver e notar-se os erros, mas são excelentes apostas. Estarão preparados mais cedo para serem jogadores que acrescentam!
Wendel é hoje um dos melhores em Portugal. Se com bola sempre revelou disponibilidade para se entregar, e tem capacidade para carregar o jogo, sem bola está diferente. Reage na perda, volta para fechar espaços. Mais completo, é um médio de excelência capaz de ao mesmo tempo que inicia desequilibrio partindo com bola mais recuada, equilibrar a equipa.
Em sentido inverso, Rafael Camacho não demonstra ter nível para o Sporting. Nem técnico nem cognitivo. E mesmo fisicamente não é tão diferenciado como se poderia supor.
Nota Final para Gonzalo Plata, potencial elevadíssimo que se faz notar pela sua habilidade motora, a ginga própria dos meninos de rua, que o poderão tornar um desequilibrar em tempos de escassez, mas que precisa urgentemente que o ensinem a jogar. Não tem noções sobre como receber a bola, e tudo o que faz é aleatório, a corrigir a falta de eficiencia no primeiro gesto.
Ainda bem que o Sporting jogou sozinho. Caso contrário, certamente que a equipa adversária mereceria, pelo menos, uma linha
tens razão, Filipe. Em nossa defesa, o facto de até sermos dos poucos que também trazem coisas dos “menos” grandes. Está um post do Famalicao, pronto a sair..mas, tens toda a razao sobre este post…
Até porque o Gil vicente é tudo menos uma presa fácil.
É triste uma equipa sem “10”…
“Chegará o dia em que porque não tem gente capaz de ser eficiente entre linhas o Sporting cederá” ???? Como? e que dia será esse? sendo que a epoca está quase a acabar, será na proxima época? que estranho… o que é um jogador entre linhas?
É certo que tenho visto muito pouco mas as vitórias, como sempre, seja como for, escondem quase todos os problemas. Porque o que temos visto no Sporting é relativamente fraco, seja o modelo de jogo (monocórdico, sem grandes ideias que não sejam meter na frente e ocupar as posições definidas para defender, revela compromisso – já é alguma coisa – e pouco mais), seja o plantel (isto já não é novidade). Acredito que só na próxima época será possível ter uma ideia concreta sobre o que vale esta equipa.