Que é feito de ti, Tino?

Ele tem um perfil muito semelhante ao de Casemiro, e, na Europa, é, sem dúvida, um dos melhores da sua posição e permite equilibrar a sua equipa

João Tralhão

Foi indubitavelmente um dos jogadores mais interessantes do Benfica num passado recente, e quem sabe um dos poucos entre todos os que compõem o plantel encarnado com capacidade para mais tarde chegar a outras ligas e clubes com diferentes ambições Europeias.

Embora não seja de todo diferenciado ofensivamente, momento onde prima sobretudo pela simplicidade a que decide, tomando invariavelmente a opção mais fácil, e não trazendo o jogo para zonas de criação de forma sistemática, não perde a posse e tem a capacidade de entendendo lacunas simplificar o jogo, o que acrescenta defensivamente é extraordinário.

Com uma cadência de passada elevadíssima que lhe permite comer muitos metros e ter chegada rápida quer nas transições defensivas, quer no fecho do espaço em Organização, tem uma apetência incrível para vencer duelos, desarmando opositores e partir daí para acelerar o jogo na Transição Ofensiva, que possibilita que tais traços defensivos acabem por beneficiar também ofensivamente a sua equipa, Florentino passou por um ocaso, mas com a certeza de que no actual plantel, é um dos poucos que terá um futuro radiante à sua espera.

Se você quer ter a bola, então tem de ter quem a recupere

Jesualdo Ferreira

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6 Comentários

  1. No contexto futebolístico actual as intecepções de bola são um factor cada vez mais preponderante. Assumindo que concordam com esta afirmação deixo duas questões. Que jogador em Portugal interpreta melhor que Florentino esta acção do jogo? E, num Benfica permissivo, nos momentos sem bola, qual seria a importância de ter um jogador com estas características em campo?
    Abraço e continuação de boas análises!

  2. Não há espaço para destroyers puros num meio campo a 2. Por isso é que o Porto joga melhor sem o Danilo, apesar de este ser o melhor trinco português. Se se pensar até o Kanté teve que adaptar o jogo na 2.a época do Conte, para oferecer mais progressão com bola no pé.

  3. O próprio weigl se tivesse outra capacidade de conduzir com bola no pé e o Florentino podia ainda ser titular … aqui a questão é quando se compra um jogador por 20 milhões o jogador e para ser titular nem que seja em más condições físicas e sem entrosamento, em Portugal não podia ser de outra forma.
    O Florentino nos treinos ou se deixou levar por essa desmotivação ou não sei que se terá passado…. é uma pena

  4. Para mim faz todo o sentido ter o Weigl e o Florentino no plantel ao mesmo tempo. O Florentino e’ tudo isso, muito forte defensivamente, não tao forte na construção mas com uma margem de progressão enorme nesse capitulo. Pode aprender muito com o Weigl nesse sentido, que da uma fluidez muito grande ao jogo do Benfica. Ambos te^m uma coisa muito importante a este nível: falham muito poucos passes. O Florentino ainda tem uma coisa de que eu gosto particularmente e que o distingue da maioria dos outros: muitas vezes lanca o contra-ataque com o corte, usa o corte como um passe para um jogador livre que possa iniciar o contra-ataque.
    O estagia’rio queimou-o como queimou a maioria deles mas ja la nao esta’, finalmente. O que fez ao Jota o ano todo ‘e inqualificável. Esperemos que o Rui Costa e companhia façam bem o trabalho deles e consigam arranjar um treinador bom, que também saiba integrar e lançar jovens. Espero sinceramente que nao tenhamos que levar outra vez com o mestre da táctica.

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