O título já ali e os meninos aqui

Fábio Silva, Vitor Ferreira e Fábio Vieira. Terminaram todos a partida que aproximou (quase) definitivamente o título do FC Porto. Aquele que será o segundo de Sérgio Conceição em três temporadas.

Talento e juventude num futuro que se prevê risonho. Mais prometedor até que um presente que já vai valer mais um título de campeão.

Se Fábio Silva ainda terá de passar por um bom período de adaptação a um jogo que ainda não é o seu – mesmo tendo a agressividade e as desmarcações de ruptura como marcas mais claras do seu jogo, ainda é frágil nas disputas, Vitor Ferreira e Fábio Vieira têm condições para na próxima temporada se tornarem as revelações da Liga. E não se esqueça de Diogo Leite, Diogo Queirós e até o sempre rotativo Romário Baró.

Mas, voltemos ao presente.

Organização Defensiva em Meio Campo Ofensivo

Não foi brilhante (quem tem sido pós pandemia? O City e mais quem? Se já antes não o era) e ainda assim goleou a equipa de Sérgio Conceição.

Com um onze que junta um misto de jogadores com traços físicos muito acentuados, quase todos muito capazes no trabalho defensivo de vencer duelos e permitir recuperações e iniciar ataques rápidos, o FC Porto teve uma vez mais na complementariedade entre Soares (mais forte na grande área) e Marega (mais capaz a explorar espaços na profundidade) a fórmula para chegar ao triunfo, mesmo que não sem antes tenha amiúde deixado o Belenenses chegar a zonas altas, mais vezes do que as que pretenderia.

Interessante uma vez mais o posicionamento de Sérgio Oliveira. Transformado num médio mais recuado beneficia de: mais espaço para receber e virar o corredor, onde é exímio e coloca os colegas em situação para poderem criar, e ainda deixa a pressão alta para Uribe, um médio com grande capacidade de recuperação não apenas da posse, mas também de metros depois de ser batido.

Posicionamento em Ataque Posicional depois de construção baixa ultrapassada: Laterais altos entre linhas, alas e avançados com mobilidade, nas costas da linha média do Belenenses

Se até chegar à vantagem ainda foram ficado dúvidas da criatividade ofensiva do FC Porto, depois de desbloqueado o marcador, cada saída para o ataque foi trazendo problemas ao Belenenses.

Em Contra Ataque, ou quando conseguiu receber entre linhas (como quando Corona recebeu aí, para posteriormente isolar Marega), os lances de perigo foram-se sucedendo e o avolumar do resultado não apenas uma naturalidade, mas já o espelho de quem sente para onde caminha.

Alex Telles como sempre nas últimas épocas a ser um verdadeiro criador ao mesmo tempo que é um garante de solidez defensiva. Cresceu muito nos anos de Porto, e encarna como poucos outros o conceito de jogo de Sérgio Conceição. Entre ele e Corona se decide o melhor do ano em Portugal.

Nota Final para Luis Diaz – Não tem ainda o rendimento que poderia ter, em virtude de ser um verdadeiro portento de talento. Talvez o golo incrível que somou na noite do Dragão lhe traga a confiança necessária para se tornar mais cedo naquilo que será – Um desequilibrador de excelência no último terço.

Pressing do FC Porto – Conceito de Dividir – Em inferioridade para manter superioridade atrás, jogadores do FC Porto são responsáveis por se dividir entre cada 2 adversários. O momento em que a bola rola é utilizado para encostar rápido no adversário
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