9 Dedos no Título – Curtas do FC Porto

Porto com um jogo posicional e dinâmicas bastante interessantes. 4 jogadores a garantir a construção e 6 jogadores prontos para envolver na frente. Laterais sempre preparados para envolver no ataque e a alternar a altura consoante a pressão, algo que contra uma linha defensiva de 5 elementos e extremos que saltam nos jogadores da construção é muito importante, não só para não deixar os jogadores de trás sem linha de passe exterior como para puxar o lateral adversário para a frente abrindo espaço nas suas costas. Qualidade técnica, criatividade e desequilíbrio de Corona e Otávio, sempre a deambular pelo espaço entre linhas, conjugadas com a profundidade de Marega (muitas vezes a cair no corredor direito) e o poder na área de Soares.

Exige-se muito mais na construção do Porto! Pepe e Mbemba são dois centrais que não oferecem nada a nível ofensivo (não ligam e não conduzem, em suma, tirando a variação longa, não oferecem nada de interessante na organização ofensiva do Porto). Também Uribe é um jogador com características muito mais defensivas, sobrando assim apenas Sérgio Oliveira para garantir toda uma construção e ligação. Muita importância dos laterais neste momento, eles que recebem muitas bolas ainda na construção sem desequilíbrio criado, tendo de ser eles a descobrir colegas por dentro (quase sempre os extremos) para em combinação conseguir agredir a organização adversária. Também aqui Manafá oferece manifestamente pouco para um candidato ao título.

Jogo desbloqueado num dos momentos mais fortes do Porto: a bola parada. O quanto não vale ter um batedor como Alex Telles e uma equipa recheada de jogadores fortissimos nos duelos aéreos ofensivos e defensivos. 2º golo em transição, com Corona (sempre ele) a descobrir a profundidade de Marega. Erro individual de Manafá (falta de nível para os azuis e brancos gritante) ainda fez tremer o resultado, mas uma abordagem displicente de Felipe Sampaio deu penalti convertido para o 3-1 final.

Após o 1-0, um Porto de marcha atrás. Juntou atrás, fechou os espaços e tentou aproveitar o espaço para contra-atacar (algo que rendeu um golo). Também as substituições foram todas nesse sentido, sendo que tendo em conta o objetivo de SC, deixar Marega na frente para o momento em que recuperasse e juntar Otávio aos 2 do meio-campo foi uma jogada bastante inteligente. Só num erro individual o Tondela conseguiu marcar e ganhar confiança para os minutos finais. Preocupante a incapacidade do Porto em reter a bola e controlar o jogo em vantagem.

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