Melhores da Liga

Treinador:

1º Carlos Carvalhal
2º João Pedro
3º Sérgio Conceição

Não foi apenas o apuramento Europeu com uma equipa que embora talentosa era bem inferior individualmente ao Vitória Guimarães e ao Famalicão que ficaram à porta. Foi a forma organizada como o Rio Ave se apresentou em cada jogo, a capacidade para ter a bola e chegar ao último terço de forma sustentada, e a inteligência sem bola nos momentos de “ir à luta”. Uma proposta completa, taticamente riquíssima.

11 em 4x4x2 (porque sistema do Campeão):

Guarda Redes:

1º Vlachodimos (Benfica)
2º Marchesín (FC Porto)
3º Pawel Kieszek (Rio Ave)

Embora longe de poder apresentar o nível dos guarda redes da Liga de outrora, Vlachodimos foi um dos melhores do Benfica e no saldo final garantiu alguns pontos em jogos em que a linha defensiva dos encarnados não o protegeu

Lateral Direito:

1º Jesus Corona (FC Porto)
2º Nanu (Marítimo)
3º Ricardo Esgaio (Braga)

Foi o melhor jogador da Liga e muitos dos jogos foram passados como lateral. Teria lugar em qualquer lugar do 11 do ano, e a opção para lateral passa pela ausência de qualidade na Liga em tal posição.

Lateral Esquerdo:

1º Alex Telles (FC Porto)
2º Sequeira (Braga)
3º Grimaldo (Benfica)

Ainda mais que Corona, Telles foi o jogador mais importante na definição do campeão em Portugal. Para lá do cumprimento rigoroso e qualificado de todas as tarefas defensivas, tornou cada bola parada ofensiva do FC Porto um lance de probabilidades elevadas de sucesso. Pós retoma só sem Telles em campo os azuis não venceram.

Defesa Central Direito:

1º Tapsoba (Vitória SC)
2º Rúben Dias (SL Benfica)
3º Mbemba (FC Porto)

Mesmo partindo em Janeiro, a marca de Tapsoba foi tão evidente que merece o primeiro lugar do pódio. Central de grandes qualidades físicas e técnicas, demonstrou competência exacerbada em qualquer momento do jogo – Ajudou a sair para o ataque, foi importante nas bolas paradas e ainda garantiu segurança em espaços largos na transição defensiva do Vitória.

Defesa Central Esquerdo:

1º Mathieu (Sporting CP)
2º Pepe (FC Porto)
3º Aderllan Santos (Rio Ave)

Terminou a carreira um dos melhores que o futebol português pôde presenciar. Tecnicamente, tacticamente e fisicamente, Mathieu liderou toda uma equipa. Impacto no momento ofensivo e muito mais no defensivo. As suas ausências por lesão corresponderam sempre a dificuldades tremendas para o Sporting em controlar e em garantir resultados.

Médio Ala Direito:

1º Marcus Edwards (Vitória SC)
2º Trincão (Sporting Braga)
3º Pizzi (SL Benfica)

Época tremenda do inglês do Vitória. Capacidade de desequilíbrio notável coroada também com impacto na finalização. Nove golos na época. Fantástico em espaços curtos ou largos quando o campo abria, em organização ou transição, a capacidade de definição de Edwards deslumbrou na Liga.

Médio Ala Esquerdo:

1º Ricardo Horta (Sporting Braga)
2º Rafa Silva (SL Benfica)
3º Luis Diaz (FC Porto)

Vinte e quatro golos num só ano, mas bem mais do que surgir só para finalizar. Assim foi a temporada de Ricardo Horta. Responsabilidade defensiva, concentração e foco total em todos os momentos do jogo, capacidade de aceleração no momento da transição e uma definição do último passe e da finalização de excelência. Teria sido titular em qualquer equipa da Liga com o rendimento apresentado.

Médio Centro Direito:

1º Pedro Gonçalves (Famalicão)
2º Wendel (Sporting CP)
3º Adel Taarabt (SL Benfica)

Partindo de um posicionamento mais ofensivo ou mais baixo, Pedro Gonçalves foi o maior criador da Liga em espaço central. Percentagem incrível de passes que rasgaram última linha adversária fizeram recordar-nos dos outrora números dez. Qualidade técnica e uma visão e percepção do jogo apaixonante.

Médio Centro Esquerdo:

1º João Palhinha (Braga)
2º Sérgio Oliveira (FC Porto)
3º Uros Racic (Famalicão)

Durante largo período na época Palhinha foi o homem que equilibrou toda a estrutura tática do Braga. Nível tático fascinante e capacidade incrível para vencer todos os duelos foi a cara das vitórias bracarenses na Luz, no Dragão e na Taça da Liga sob o comando de Rúben Amorim. Nenhum outro médio em Portugal fechou tão bem os caminhos para a sua baliza.

Segundo Avançado:

1º Bruno Fernandes (Sporting)
2º Chiquinho (SL Benfica)
3º Fábio Martins (Famalicão)

Embora tenha partido em Janeiro, Bruno Fernandes deixou uma marca tão notável que ainda terminou a temporada no topo de vários registos. No Sporting disfarçou muitas das lacunas ofensivas da equipa. Foi o homem do último passe, da finalização e até do passe que antecedeu o último. Sempre de mangas arregaçadas, disponível para todas as tarefas. Competente defensivamente. Foram os números (golos + assistências), mas muito mais do que eles – Competência em todas as acções, em todos os momentos

Ponta de Lança:

1º Paulinho (Sporting Braga)
2º Taremi (Rio Ave)
3º Carlos Vinícius (SL Benfica)

O ponta de lança português viveu uma época extremamente positiva a nível pessoal. Voltou a passar das duas dezenas de golos, mas foi ainda mais do que o homem que empurra a bola para a baliza. Serviu de referência nas saídas rápidas do Braga, abriu espaços, serviu os colegas e ainda participou defensivamente com disponibilidade e rigor. No computo geral foi claramente o melhor ponta de lança do ano em Portugal.

9 Comentários

  1. Se há alguém que não gosta do Pizzi sou eu, e ao longo do ano com as vossas análises percebi cada vez melhor as suas limitações, demasiados passes falhados, lentidão na recepção para avançar o jogo, zero compromisso defensivo, fraco no 1 para 1, nesta época foi um jogador que apenas é definido pelos números. Não tem impacto a não ser quando marca ou assiste.
    Mas neste caso, quando os números são tão impressionantes, não é o suficiente para ser o melhor na sua posição em Portugal? Foi o melhor marcador empatado com Vinicius e Taremi tal como o melhor assistente, pelo menos em segundo podia ter ficado, e isto vem de um benfiquista que não é fã do Pizzi.

    • Esses números permitem-lhe ficar à frente do Otávio que foi muito mais importante para o sucesso do Porto que o Pizzi. Mas, sao claramente insuficientes perante a capacidade de desequilibrio e criação de Edwards e Trincão. Muito mais jogadores em tudo!Se nao fossem esses números (atencao as assistencias de bola parada… que nao sao propriamente criação, e aos golos de penalty, que confundem um pouco os dados, anyway), o Otávio estaria por largo no 3o lugar. Por tanto, esses números foram tidos em conta… e foram o que permitiram apesar de nao defender e nao criar nada para a equipa e só ter impacto em uma (a mais importante, claro) das 12 fases do jogo, estar numa posição de destaque

      • Vlachodimos não foi assim tão bom, acumulou demasiados erros. Muito mais é o Marchesin, não só pela qualidade de passe como pela liderança dentro de área.

        O Tapsoba é um excelente jogador, mas saiu a meio da época. Enquanto isso o Rúben Dias falhou um jogo no campeonato, e foi claramente o líder da defesa do Benfica.

        O Paulinho foi ótimo, assim como o Taremi, mas há a necessidade de se colocar o Bruno Fernandes como segundo avançado que não jogou meia época… não dá para perceber.

        O Pizzi… percebo que não sejam fãs da sua forma de jogar, mas os números valem o que valem. E dizerem que cantos não são uma forma de criação, fica-lhes um bocado mal, quando inclusive mencionaram a importância do Alex Telles nesse mesmo capítulo do jogo.

        Tive também a impressão que o Fábio Martins jogou a extremo esquerdo o campeonato todo, mas aqui aparece como segundo avançado.

        Colocar o Rafa em 2º lugar… até teve um bom início de temporada mas depois eclipsou-se.

        Mbemba foi muito mau o ano todo, não merecia o terceiro. Jogadores como Fábio Cardoso ou Benkovic podiam claramente estar no pódio.

        Mas enfim, é um artigo de opinião. Vale o que vale.

        • tudo certo, inclusive o ser um artigo de opiniao. Só há algo que não é opiniao, que é os cantos nao serem criação. Os cantos sao bolas paradas 🙂 Criação é outra coisa (Está na sistematização do jogo… que já foi inclusive apresentada no LE.com)

          O Porto venceu dezenas de pontos.. e agora até a taça pelas bolas paradas… o Benfica se vencesse o que quer que fosse, seria APESAR das bolas paradas…

          • Tudo certo. Mas não devemos desvalorizar as assistências através de bola parada. Afinal, deram o 1 título e 1 taça ao Porto.

            O Pizzi, embora não seja tecnicamente um prodígio, teve mérito na forma como sempre bateu as bolas paradas, embora haja pouco aproveitamento por parte de quem finaliza, senão os números seriam ainda mais astronómicos.

  2. Só não entendo a menção ao Rafa (e mais uma ou outra), ainda por cima à frente do L. Diaz. Foi uma época bastante patética do jogador do Benfica, ainda que possa beneficiar da falta de qualidade individual nos restantes plantéis. Mesmo assim parece-me consensual que o Nuno Santos, do Rio Ave, por exemplo, fez uma época melhor e que o Diaz foi bastante superior ao Rafa. Também me faz uma enorme confusão não ter visto o Benfica a lutar, pelo menos, pelas contratações de Trincão, Edwards ou Tapsoba.

  3. O treinador campeão nacional fica em 3º lugar depois de uma recuperação fantástica e da 3ª época acima dos 80 pontos. Ok. O Marchesín, GR menos batido do campeonato, fica em 2º lugar depois de uma época reconhecidamente brilhante e da substituição incólume do Casillas. Ok. O Chiquinho é mencionado e o Marega, um jogador decisivo para o título, nem na bancada. Ok. Do Otávio, já nem falo. E, sim, sou portista, mas isso não retira critério ao que acabei de mencionar. Acho que seria da mais elementar justiça haver um maior destaque dos 3 mencionados, até porque a equipa campeã tem 2 tímidos representantes no melhor 11 do campeonato, manifestamente pouco.

    • Otávio foi só porque jogou na melhor posição da Liga. Independentemente de tudo, é bem inferior ao Trincao e ao Edwards… é melhor que o Pizzi, mas nao podiamos ignorar os dados estatisticos do Pizzi, mesmo sendo muito mau em tudo o mais… O Marche teve mais falhas que o Vlacho (curiosidade ter sido ao contrário no final da Taça). O Marega concorreu para ponta… nao para 2o avançado, porque ai escolheu-se alguém mais capaz entre linhas… e ai… creio que nao é injusto estar atrás dos 3 escolhidos

      abraço

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