Benfica Europeu – Uefa Youth League

Salzburg, Ajax, Real Madrid e Benfica. Eis os quatro semi finalistas da Uefa Youth League, que começará a definir-se amanhã. Conheça as 11 Asas Vermelhas, que iniciaram a partida dos quartos de final, e que deverão jogar contra o Ajax no ataque à Europa:

Leo Kokubo (2001) – Guarda Redes – Japonês com ascendência nigeriana, o gigante da baliza encarnada foi descoberto no torneio de sub17 no Qatar. Por lá brilhou ao ponto de ele próprio ter derrubado a geração encarnada que agora procura o título Europeu. Sentiu dificuldades de adaptação tendo somado algumas falhas no primeiros jogos disputados na Liga Revelação. Corrigidos os problemas de comunicação e de modelo, tem características inatas para crescer e tornar-se importante.

João Ferreira (2001) – Lateral Direito – Perfil físico muito acentuado, fez a pré temporada com a equipa principal e posteriormente voltou aos escalões secundários. Tem as capacidades condicionais que tanto necessitam os laterais num jogo que os obriga a fazer todo o corredor. Algumas dificuldades técnicas e de decisão que procura compensar com intensidade física.

Tiago Araújo (2001) – Lateral Esquerdo – Cresceu como extremo, mas actuou como lateral nos quartos de final. Porque é bastante mais forte surgindo de trás, e lhe falta maior explosão e capacidade de drible, será provavelmente uma adaptação feliz a lateral. Coloca a bola onde coloca os olhos, e essa capacidade para definir o último passe ou cruzamento é o que o torna valoroso. Precisará de melhorar todos os aspectos defensivos do seu jogo.

Pedro Álvaro (2000) – Defesa Central – É um dos jovens “fora de idade” que a competição permite utilizar. Com experiência de Segunda Liga no seu primeiro ano de sénior, Álvaro tem capacidades técnicas bastante apreciáveis que lhe permitem assumir o jogo em ataque posicional seja progredindo ou usando o seu passe vertical.

Morato (2001) – Defesa Central – O gigante central de nacionalidade brasileira tem características físicas e técnicas de eleição. Depois de um período de adaptação a um novo jogo, mais baseado em conceitos colectivos e menos no assumir de duelos a todo o instante, prepara-se para chegar rapidamente à equipa principal do Benfica. Continuando a evoluir no posicionamento e movimentação defensiva, e Morato tem condições para no médio prazo tornar-se figura da equipa principal do Benfica.

Rafael Brito (2002) – Médio Defensivo – É um dos mais jovens da equipa. Capaz de actuar em qualquer um dos quatro lugares da defesa ou como médio defensivo, Rafa Brito é um prodígio na leitura tática do jogo. Grandes qualidades técnicas, táticas e físicas – Desde que longe das lesões que o apoquentaram na fase final do seu percurso formativo – Rafa Brito será o “seis” da equipa principal no médio prazo. Capaz de dar saída ofensiva bem qualificada e organizar defensivamente todo o processo de equilibrios seja em organização defensiva ou em transição, é um dos valores mais seguros de toda a formação do Benfica.

Paulo Bernardo (2002) – Médio Centro – A elegância de um número dez, de passada larga. Sempre de cabeça levantada a ver ao perto e ao longe o que se passa no jogo, Paulo Bernardo tem a classe dos predestinados. Jogando em zonas de construção, ou mais adiantado nas costas do sector médio adversário, define com tremenda categoria. Progride com bola junto à bota qual maestro que pensa todo o jogo colectivo da equipa, e alimenta as rupturas dos jogadores da frente sempre com bola a chegar ao espaço certo no tempo oportuno. Mais baixo ou subido é o jogador que simplifica e faz que na frente a notoriedade possa surgir. A forma como pausa ou acelera o jogo tornam-o diferente. Uma espécie de um número dez que já cresceu com outras responsabilidades defensivas que lhe permitirão actuar em qualquer modelo. É seguramente uma das maiores promessas a sair da formação do Benfica nos anos vindouros.

Umaro Embaló (2001) – Extremo – Cresceu sempre com o epíteto de um dos maiores do futebol formativo em Portugal. Em sub16 no torneio de Montaigu em França destruiu todas as selecções que passaram pelo caminho de Portugal e concentrou todas as atenções dos clubes internacionais sob si. Veloz, execução rápida e excelente do ponto de vista técnico, as suas características valeram-lhe o cognome de “Di Maria”. As constantes lesões no período final da sua formação atrasaram a sua explosão no futebol de adultos. Continua, porém, a ser um jogador com potencial para poder provar ter feito sentido que a Europa parasse para o ver.

Tiago Dantas (2000) – Médio Ofensivo – Por apenas uma semana, também Dantas integra o lote dos jogadores “fora de idade” na presente edição da Youth League. Pelos seus traços condicionais e físicos, encontrou espaço no corredor lateral no momento defensivo – O que diga-se, pode ser uma oportunidade óptima para posteriormente se aproveitar toda a sua qualidade. Jogador de elevado recorte técnico, que vê o jogo antes dele acontecer, Dantas remete-nos para os médios baixinhos de outras realidades. Daqueles que pegam na batuta e colocam toda uma equipa a jogar, que limpam cada bola e tornam o jogo fácil para os próprios colegas. Um número dez que se vem transformando num “camaleão” que ocupa espaços laterais para defender, deslocando-se para dentro para participar ofensivamente. Criatividade e gesto técnico de nível estratosférico, precisará somente de uma boa integração num colectivo forte para deixar a sua marca.

Henrique Araújo (2002) – Ponta de Lança – Nascido na Madeira foi um dos que chegou mais tarde ao Benfica – Somente em sub17. Henrique é uma verdadeira máquina de fazer golos. Com ambos os pés ou no ar, deixou marca em todos os escalões. Jogador de rara inteligência no ataque à zona de finalização e com argumentos motores e técnicos no momento de atirar à baliza, Araújo é com Ramos e Resende a maior promessa encarnada para a posição de ponta de lança.

Gonçalo Ramos (2001) – Avançado Centro – O atirador que até na Liga NOS causou impacto pelos dois golos somados num curto período de tempo, cresceu como médio centro, impondo a sua passada larga e o vigoroso físico. Porque tecnicamente e até do ponto de vista criativo nunca impressionou, mas sempre teve chegada plena de sucesso às grandes áreas adversárias, foi transformando-se num jogador de último terço, e ai seja no ar ou com qualquer um dos pés, encontra de forma incessante o caminho para a baliza adversária. Melhor marcador do Europeu de sub19, onde se apresentou até como sendo sub18, a presença de Ramos nas grandes áreas adversárias é sempre motivo de grande preocupação. Com Jesus poderá aparecer já na próxima temporada, afinal tem os traços físicos que tanto encantam o treinador encarnado. Tem condições para ser o avançado da selecção portuguesa para a próxima década.

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6 Comentários

  1. Adorei ver o Morato, o Paulo Bernardo e o Tiago Dantas. A nível da tomada de decisão são espectaculares. O Embaló teria que levar com muito JJ nos treinos! Muita atenção para o Gonçalo Ramos: eu era daqueles que dizia que não teria grandes traços morfológicos e fisionómicos para se sobressair a 9, mas ele é lutador, tem óptimo sentido de posicionamento, pressiona bem a linha defensiva, e tem um charme diferenciado. Foi o que mais me impressionou.

      • Não sei. Acho que ele, melhor do que ninguém, saberá avaliar se já estarão prontos ou não. Nós vemos o pico do icebergue, os treinadores vêm outras coisas a montante do desenvolvimento do jogador. Mas também acredito que ele estará mais sensível para o desenvolvimento do jovem jogador do que estava há dez anos.

  2. Coitados destes bravos rapazes… Anda o clube a atirar milhões e milhões para ter condições de trabalho e investir nesta gente. Consegue gerar várias gerações seguidas de enorme talento (ultrapassando em pouco tempo quase todos os clubes), parte dele aproveitado na equipa principal, enquanto os outros serviram para tirar o Benfica da falência. E agora o maior investimento da história é aplicado… no JJ! Um treinador sem qualquer perfil para enquadrar isto tudo numa perspectiva de presente e futuro. É patético, não fosse trágico. Que nojo!

    • Nojo?! Os rapazes com verdadeiras qualidades hão-de jogar; os rapazes medianos serão vendidos para equilíbrio de contas. O que é que há de trágico nisso? Em qualquer clube decente e organizado essa terá que ser a linha a seguir. É impossível ser-se competitivo com um plantel de miúdos. Estes troféus são úteis para elevar o nível competitivo, mas desengane-se aquele que acha que é a mesma coisa ao transitar para uma equipa A. Os anos recentes do Benfica disso são prova. Até porque o jovem jogador vendido parte para paragens que lhes dê margem de progressão, estabilidade e tudo para continuar a crescer (em princípio).
      Não há clube no mundo com esse perfil que fala…houve em tempos Wenger e Ferguson, que tinham mãos sobre tudo, mas hoje em dia é impossível. E eu não vejo triste fado nisso…

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