Incompletos e Feitos num 8

O Benfica repetiu praticamente o onze da temporada transacta. Curiosamente Everton e Pedrinho foram os únicos da frente que foram capazes de criar – Pedrinho para Everton, Everton para Seferovic e pouco mais a registar, e em sentido oposto Vertonghen fica ligado de forma decisiva ao golo inaugural do jogo.

Tantas vezes quando nos referimos à qualidade individual do Benfica o termo utilizado foi – “incompleto” – Porque uns têm boas características a defender mas são totalmente ineficazes a atacar (Seferovic, Cervi, entre outros por exemplo) e outros atacam mas são jogadores a menos no processo defensivo.

O problema dos ineficazes com bola é que nunca te levam à vitória. O problema dos inexistentes sem ela é que te levam às derrotas. Mas, se um jogador passa 87 ou 88 minutos sem bola porque se tende a avaliar a sua qualidade apenas aquando da sua posse? Que adianta um passe bonito se depois se abre uma avenida?

Quer um exemplo do que é ser incompleto? Quer um exemplo perfeito do quanto o Benfica precisa de um oito?

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24 Comentários

  1. Somos todos de acordo que o Adel tem algumas lacunas defensivas, mas nesta situação em concreto existem acções individuais mais prejudiciais à equipa que a do próprio, senão analisemos: o capitão de equipa, André recupera a passo após a bola não lhe chegar; o jogador responsavel pelo passe falhado, Vinicius deveria ter imediatamente tentado recuperar a bola e em caso de insucesso fazer falta (não tinha amarelo); o jogador Adel num primeiro momento tem um adversario nas costas e evita ser fixado de modo a nâo libertar esse adversario, num segundo momento ai sim deveria ter parado o jogo com falta. Não sou advogado do Adel, mas sejamos intelectualmente honestos a avaliar as situações.
    Cumprimentos

  2. É estranho a forma como treinadores (p.e. declarações de Lage no ano passado) e colegas (p.e. declarações recentes de Everton) valorizam tanto o talento de Taarabt. Parece um jogador do futebol dos anos 90. O acrescenta ofensivamente não compensa minimamente a inoperância defensiva. Pizzi entra também neste lote, contudo a quantidade de golos que marca, acaba por compensar o que prejudica a defender, mas apenas numa realidade nacional. Quando a exigência sobe, então o melhor mesmo é nem jogar, ou então jogar a segundo avançado.

  3. Sendo o alemão o pendulo da equipa, onde está ele a fechar a zona central? Supostamente o 6 é quem fecha no centro… ou temos um 6 só para fazer passes de 5 a 10m? O homem que inicia a jogada, é que vai fazer pressão… onde anda o André Almeida? Agora é avançado? O Pizi para compensar, onde anda? Pois…Depois, temos um defesa esquerdo que com 2 colegas atrás dele, que ele vê antes de abordar o lance, não ataca logo o ziko e dá lhe espaço porquê? Há quantos anos o grimaldo treina com o ziko e o vê a fazer movimentos interiores deste? Não sejamos anjinhos… muitos dos jogadores que ali estão acomodaram se porque são sempre titulares. E com isso levam o clube atras…

  4. Não deixa de ser curioso que o ano passado na champions os resultados a culpa era dos jovens … Tomás Tavares e companhia não tinham experiência para jogar à esse nível. Enquanto se assumir que idade é sinónimo de experiência, exemplo prático na final da youth league que o Benfica perde este ano viu se nas situações que o Gonçalo Ramos perdia a bola a correr e fazer logo falta (por vezes até algo agressivo nesse sentido), e comparar com o comportamento do Vinicius neste lance.
    Florentino tem de ser titular a 6 não há volta a dar pode Jesus querer um 8 e argumentar que será isso que falta, mas veremos a 6 weigl o que trará o ano todo, sendo que seria diferente jogar contra equipas de topo ou jogar no campeonato português, agora a minha questão é com os jogadores atuais para consumo interno e liga Europa o plante atual não é suficiente ? E que se o ano passado deram conta de si até parte da época e a culpa era da falta de qualidade do treinador e falta de ideias (segundo a crítica) E ainda se lhe acrescenta qualidade e muda se o treinador ….
    o meu receio é com esta perda de milhões por via da não entrada da champions, por exemplo Florentino e Gonçalos Ramos ou outros destes talentos sejam vendidos ao “desbarato”

  5. Por acaso parece-me uma análise um bocado a quente, não tanto pelo teor mas pela perspectiva de observação.

    Este jogo foi completamente inusitado devido ao contexto em que vivemos e para uma equipa em processo de mudança, com pouco tempo de trabalho. O PAOK pareceu uma equipa perfeitamente banal e fraquíssima em todos ou quase todos os momentos do jogo, individual e colectivamente, mas com mais pedalada (tem quê, cinco jogos oficiais nas pernas?), factor que nesta fase dá-lhes a possibilidade de discutir o jogo mais facilmente. A grande diferença de qualidade coloca os vossos argumentos – que eu concordo, atenção, mesmo assim a diferença é enorme – da falta de talento do Benfica num plano secundário.

    Em relação à equipa que jogou não me parece existir grande assunto, sobretudo porque já sabemos como funciona o JJ. Ele é altamente conservador na entrada de jogadores no onze e tende a privilegiar, numa primeira fase, quem tem mais rotinas com a equipa.

    Também não podemos esperar pelos Florentinos, Chiquinhos (que falta fez ontem e nem foi ao banco, incrível!!!) e etc porque o homem não os aprecia por várias razões, algumas delas bastante patéticas (idade, falta de potência física, etc). Por exemplo, ele adora o Almeida, sempre adorou, e eu pergunto: mas o Almeida é melhor do que o Tomás Tavares em quê? Isto já para não falar noutros nomes fortes de outros clubes. O miúdo pelo menos é muito bom naquilo que ninguém lhe pode ensinar e não perde bolas consecutivas sem uma única ideia por trás, precisa de melhorar bastante na forma como defende e se posiciona mas isso aprende-se e vai-se melhorando.

    Existe alguém melhor do que o JJ para trabalhar estes pormenores? Existe, mas se calhar não passa de uma mão cheia de pessoas. Pois, mas e paciência, sensibilidade, atenção para cuidar e ao mesmo tempo exigir e ensinar os jovens? O JJ não tem esta personalidade, nem quer ter.

    Isto é como é, ele é assim e pode mudar aqui e ali mas nunca na essência. Já não tem idade para isso e também nunca teve esse perfil adaptativo (pode não ser uma crítica negativa). É por estas coisinhas todas juntas que a sua contratação pode rapidamente virar mais um problema de que uma solução, o Benfica vem de uma fase diferente, com uma visão radicalmente oposta àquilo que o JJ defende. E parece-me que não se deu mal, apesar de algumas falhas gritantes, sobretudo ao nível das contratações e gestão do talento.

    Agora vê-se na obrigatoriedade de refazer tudo ou quase tudo o que vinha a ser aplicado mas com um treinador que, se calhar, está quase reformado daqui a cinco anos e que por isso não tem grandes preocupações com o futuro. É um cenário altamente anacrónico. Que não é culpa do actual treinador, obviamente, porque não obrigou ninguém a contratá-lo.

    Dito isto, neste momento é natural que a equipa esteja bastante longe daquilo que poderá render. O treinador é dos menos culpados pela derrota de ontem, o homem tem um mês de trabalho e aos fogachos. Ainda que a titularidade de Seferovic (mas será que o Vinicius faria melhor?, tenho dúvidas, o homem entrou com a equipa a perder e passados cinco minutos já tinha tentado quatro passes de calcanhar, qual deles mais merdoso), a não substituição de Taarabt (fez uma boa primeira parte mas na segunda estoirou e aquela cabecinha a ferver apaga tudo, o homem perde-se completamente) e a não utilização de Waldschmidt, Florentino ou Chiquinho, por exemplo, sejam altamente criticáveis… Felizmente que Gabriel e Rafa já sentaram e que Everton e Pedrinho deixaram bons sinais, apesar de tudo, foi perceptível que há ali potencial que não havia nos últimos anos.

  6. Se não fosse o essencial desta jogada o escândalo que é ver um jogador passar, não, dois jogadores correrem em direcção à baliza, um com bola, outro sem bola até próximo do fim, sem que os adversários façam oposição, teriamos mais propriedade para notar a displicència do avançado ao dispor-se a perder a bola num passe sem olhar.

    E porque choca tanto esse passe sem olhar? Porque na primeira parte o Benfica nunca arriscou a perder a bola em ataque, acumulando 73% de posse, ao passar entre si a bola sem saber como penetrar na área. Coisa que também fez durante largos minutos, depois desta jogada.
    Esses 73% não foram uma demonstração de força. mas sim de fraqueza. Como se os próprios jogadores soubessem quão maus são a recuperar bolas; ou talvez simplesmente não o queiram fazer.

    O LE é muito bom no que faz, sim senhor, mas o que se passa de realmente mau transcende em muito o trabalho de um qualquer treinador em particular. O campeonato portuguès tem sido dominado por dois clubes que ambos jogam mau demais – porque os seus dois dirigentes já históricos, já demonstraram amplamente não saber avaliar o trabalho dos treinadores que lá passam (sendo que um andou a estagiar com o outro, diga-se), e mesmo assim dominam. Náo falando do lixo relacionado, que é imenso, e mantendo-nos dentro do tópico do trabalho de treinador, uma questão que transcende um treinador em particular – pois que o observamos acima ultrapassa a escala de uma só época desportiva – impõe-se:

    – Os directores desportivos servem para quê mesmo?
    Para angariar votos de uma forma estática, com o seu nome e currículo? É fácil falar mal, mas de facto todos eles devem ser altamente dedicados ao seu clube, e preocupam-se e envolvem-se activamente na aquisição de bons jogadores. Falta-lhes é a capacidade de avaliação dos treinadores que lá passam. Para a qual talvez seja necessário a definição de um estilo de jogo próprio do clube, e a constante reavaliação desse estilo de jogo em função do meta-game do futebol à escala continental, pelo menos.

  7. Falando sobre Jorge Jesus em particular, o homem parece ter uma necessidade de controlo tal, que elimina os jogadores capazes de mais criatividade, focando-se naqueles mais capazes de cumprir à risca o que lhe diz; João Mário vezes 10.

    Na verdade, não tenho conhecimentos para ter a certeza disto; escrevo-o porque parece-me a síntese mais perfeita do que sei.

    • Isso é uma constatação fácil e correta. A diferença entre ele e os melhores reside exatamente aí. Treinadores como guardiola, klop, tuchel, sarri, etc criam condições para os jogadores chegarem ao último terço em condições ideais para resolverem com a sua criatividade. O JJ por sua vez, é extremamente rígido, trabalhando a sistematização dos processos. Não é por isso capaz de dar liberdade e imprevisibilidade ao jogo. O que leva a que com o evoluir do tempo se torne presa fácil. E isso, foi apanágio de todas as suas equipas. na segunda volta tem cada vez mais dificuldades em ganhar. Mas depois as pessoas “entendidas” justificam com a fadiga e má gestão do plantel. lol
      No entanto, muito pior que a rigidez táctica é a incapacidade dele em alterar o jogo com as substituições. Mas isso também está reservado a muito poucos.
      Do mesmo modo que muito poucos imaginarão uma dupla no meio campo constituída por Florentino e Chiquinho.

  8. So para dizer que o Weigl nao fecha no centro porque o Andre Almeida está adiantado e ele pega no extremo que entretanto se desloca para a zona do lateral que nao está lá.

  9. Sem dúvida, é isso mesmo. Há anos que o escrevo em blogs, o Benfica tem jogadores que só atacam ou só defendem, como é possível esta construção de plantel pela tal estrutura 10 anos há frente. Mas não se foque apenas na movimentação e posicionamento do Taarabt, olhe para o Grimaldo e para o Vlachodimos…

    Este é o resultado de uma estrutura que adquire jogadores a pensar na rentabilização financeira futura e não em função das necessidades da equipa.

  10. E o Vlachodimos acham que ficou bem dentro dos postes no segundo golo? Qualquer guarda redes de nível superior saía e ganhava aquela bola. Tão fácil…

  11. Depois deste lance o Taarabt nao pode voltar a jogar no Benfica, por respeito a toda a gente: aos adeptos, aos jogadores profissionais e aos miudos da formacao que estao a ver.
    Mas nao e’ o unico. No proximo jogo o Weigl e o Pizzi tem de ir para o banco tambem. Tem de se fazer deste jogo um exemplo.
    Este lance e’ paradigmatico daquilo em que se transformou este grupo de jogadores: uma nao-equipa. Nao existe o minimo espirito de equipa. atentemos no comportamento individual dos varios jogadores para percebermos qual a atitude reinante no grupo.
    O Taarabt e’ inqualificavel, uma parodia ao jogador profissional_ por muito cansado que estivesse so tinh de correr atras do adversario e no fim da jogada cair para o lado e pedir a substituicao, portanto nao tem desculpa. O Vinicius tinha acabado de entrar, nao podia estar cansado. nao pode nunca desistir de correr atras nem que va ate a sua propria area atras do adversario. Nao interesa se e avancado porque o principio mais importante de uma equipa e’ o da solidariedade. as compensacoes sao o b a ba do futebol.
    O Weigl recua a trote. O Pizzi idem, ainda pa’ra a meio e so depois volta a acelerar. Se nao tivesse parado de correr tinha chegado a tempo.
    So o facto de nunca terem feito uma linha de 4 mostra a falta de solidariedade e atitude reinante na equipa. Sao uma cambada de primas donas. E pelos vistos, quem entra acaba por ficar igual.
    E’ obvio que o Benfica precisa de um 8, como e’ obvio que sem o tal 8, os 6 e 8 tem de ser o Florentino e o Chiquinho. Mas o Chiclete vai acabar por lancar mais uns quantos so para nao meter o Florentino e o Chiquinho, que esta visto que ja os tomou de ponta. Mas o Benfica precisa muito mais que somente um 8, precisa de uma mudanca radical no espitito da equipa, e duvido que seja com os mesmos jogadores.

  12. Por acaso até é uma vergonha. Vejam o rolo compressor que o Benfica instaurou ao Real Madrid na Youth League, durante 90 minutos. Talvez as soluções estejam lá…Camará, Brito, o próprio Morato, para não falar do Ramos ou do Dantas.

  13. O que está acontecendo era previsível!esse dito treinador deveria ter continuado no Brasil, onde todos são craques num futebol de brinca na areia,onde qualquer um vindoda Europa lhe basta aplicar velocidade e marcação em cima!aqui vai continuar a ser um fracasso porque tacticamente é muito pobre!um fracasso,nas substituições é outro desastre,depois de queimar jogadores, colocando a jogar dos que simpatiza ,mesmo que nada joguem! é uma vergonha de treinador! e o culpado é o Vieira que está velho e senil!os dois para a rua e depressa, ou a época será perdida!venha depressa o Marco Silva

  14. Não percebes nada de bola, quando consegues criticar aquele que foi o melhor jogador do Benfica em campo nesse jogo… Metes um lance de 30 segundos para argumentares que ele esteve mal, quando na maior parte do jogo foi dos poucos que levou a bola para a frente, que corre, luta, faz passes de rotura, etc, etc…

  15. Florentino ou Gabriel a 6
    Weigl, Tarabt ou Chiquinho a 8
    Luka ou Chiquinho a 10

    O que é que o JJ precisa mais no miolo? Ele que pare de inventar com o Weigl a 6, nunca vai ser um jogador para grandes combates que esta posição exige, apesar da inteligência dele e da qualidade de passe. Já se percebeu que o JJ gosta do Tarabt, (quem não?) mas com Weigl e Tarabt no meio campo o problemas da época passada mantêm-se. É um meio campo sem capacidade de contenção, contra equipas mais fortes vai-se notar.

    Dos jogadores que jogam no meio, talvez despachasse o Gabriel(muito irregular), Samaris(já não trás mais valias ao clube) e Pizzi(pouca rotação), para ir buscar um 6 mais potente como Gerson ou Patrick de Paula, que já foram falados aqui.

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