O Campeão Voltou

Long Story Short – Entrar pressionante, dominar mas não marcar (válido), sofrer – Golo e pela espera da possível validação do segundo, e… ter Alex Telles. Competitivo mas justo na noite em que Sérgio fez regressar o 4x3x3, que se transformou em 4x1x4x1 para melhor suster ímpeto adversário. O cariz tático e estratégico da partida esteve sempre bem presente na mente de cada um dos timoneiros.

Organização Ofensiva do FC Porto – Marega sempre preparado para as rupturas nas costas da defesa do Braga

Se havia expectativa sobre possíveis alterações no jogo do FC Porto de uma temporada para a outra, Sérgio Conceição mostrou estar bem fiel à sua forma de ver cada partida. O que muda é por estratégia e não por diferentes ideias. Foi assim que o FC Porto retomou o 4x3x3 no momento defensivo – Na verdade 4x1x4x1 – como forma de sentir maior segurança no fecho do espaço defensivo. Mesmo que tal tenha tornado o Porto menos capaz e menos perigoso no momento de Transição Ofensiva.

Foi no momento defensivo que melhor se apresentou o Porto, nomeadamente na forma como na sua primeira fase pressionou fortemente o Braga, e com isso tomou por completo as rédeas da partida. Não marcou primeiro, mas fez por o merecer, e acabou por sentir a injustiça de se ver em desvantagem depois da forte superioridade.

Sem um jogo criativo – que novidade – surgiu o desbloqueador do costume. Alex Telles com um pé em forma de luva transforma cada cruzamento numa oportunidade de golo e assim empatou o FC Porto, que selaria o triunfo em dois disparates dos centrais bracarenses – Faltas desnecessárias na grande área, mas em lances que diga-se, Marega e sobretudo Taremi ganharam vantagem pela sua “esperteza” / “intuição”.

Intenso, esforçado, justo e… um trio central que esteve novamente a um nível elevadíssimo. Pepe e Mbemba complementam-se na perfeição – Se o português é imbatível a defender bolas que cheguem dos corredores laterais, Mbemba controla espaços à frente e atrás da última linha com grande categoria, impondo-se sucessivamente.

PONTUAÇÃO SOFASCORE.COM

O Braga de Carvalhal poderia até ter saído mais feliz do Dragão – Lamentará deslize individual dos seus centrais, a perda de duelo aéreo para Oliveira – Algo pouco comum, e até aquele bocadinho de relva que fez a bola saltar o centímetro suficiente para Horta a atirar bem para longe da baliza de Marchesín. Contudo, foi sempre inferior e mesmo que tenha chegado por diversas vezes ao último terço, fê-lo maioritariamente quando o FC Porto baixava um pouco o seu ritmo competitivo.

5x3x2 com Sequeira como lateral controlando Manafá

Conceitos de Carvalhal – O posicionamento híbrido de Sequeira foi uma novidade para tapar o corredor direito do FC Porto e não correu mal no seu propósito. Alternou entre um 5x3x2, e um 4x4x2 no momento Defensivo, ao contrário do que havia apresentado na pré temporada no Estádio da Luz, com três jogadores na frente de ataque, que baixavam para as alas para fechar a equipa em 5x4x1.

Mais alto, Sequeira não incorporava linha e Braga em 4x4x2
PONTUAÇÃO SOFASCORE.COM

Já és nosso Patrono? Já somos mais de 400 ❤️?⚽️
Por 1$ mês acesso a conteúdo exclusivo:

3 Comentários

  1. O Porto tem muito mérito, condicionou imenso a saída do Braga. Porém, parece-me que Carvalhal tem muito a repensar. Castro e Al Musrati apareceram muitas vezes alinhados, e não têm qualidade para o transporte. Podia ter sido Fransergio a jogar com Castro no miolo. Sequeira podia ter sido o central à esquerda, porque é mais rápido que Raúl, e Galeno ficaria o irreverente ala para sair. Imperdoável o espaço que Esgaio dá a Telles no segundo golo. Três substituições de uma assentada mataram o jogo da equipa, que tem muitos mais argumentos do que os que apresentou. Mesmo sem um muito importante Paulinho.

    Este Braga não é definitivo, enquanto que espero que este Porto seja praticamente a mesma equipa ao longo da época. Qual a melhor forma de o vencer? Abraços

  2. Bom dia,

    Porto entrou bem, 15 minutos com várias recuperações em meio campo ofensivo (umas derivado a erros forçados outras nem tanto). Teve uma oportunidade, que as qualidades físicas de Marega tornou clara….numa bola em profundidade (passe longo desde a linha defensiva) e o golo anulado também numa bola em profundidade. Braga a seguir a este período chega ao golo (mais uma vez pelo lado esquerdo da defesa do Porto (Porto nos últimos dois anos sofre inúmeros golos pelo lado esquerdo… será Alex Telles um defesa realmente “comprometido” ou “competentíssimo” a defender?…não há milagres também…não se pode estar constantemente nas duas linhas de fundo e com competência nas duas).

    De seguida Braga chega novamente ao golo, agora pelo corredor central (esquerdo), golo também anulado.

    Seguida uma oportunidade cada lado…Corona e Sequeira livre…e golo do Porto. Grande cruzamento de Telles (Esgaio a fechar muito, dando tempo para Telles parar bola,olhar, olhar e cruzar e Sérgio a meias com Sequeira faz golo.

    Porto chega à vantagem através de um pênaltie na linha de fundo após um lançamento lateral (podemos dar mérito a espertice ou termo que dão…ou então, simplesmente atribuir demérito ao Raul pelo erro individual – vale as duas, vou por esta segunda).

    Segunda parte, Braga tem a melhor combinação e oportunidade do jogo, mas Horta numa oportunidade mais flagrante que um pênaltie falha (jogada no coração da defesa do Porto). De seguida existem mais dois lances de perigo, um por Horta e outro por Ruiz numa situação, penso, de igualdade ou superioridade numérica. Entre estas duas situações do Braga, há uma canto para o porto com Pepe atirar por cima.

    Passou o momento ascendente do Braga, que pela lógica do jogo em oportunidades (e golos que nem de oportunidades surgiram), chegaria para empatar a partida nesse momento (no mínimo). Nessa altura penso que Sérgio Conceição demorou e muito a mexer…fazendo-o só com zaidu para tapar algo daquilo que falei sobre a defesa do Porto no início do comentário…

    Verdade é que Braga não conseguiu mais após essa fase e depois com Taremi e suas qualidades (que não me parecem apenas diferentes, mas bem superiores às de Marega), provocou mais um erro individual. Sérgio demorou muito a mexer no jogo, demorou muito a colocar Taremi, as incidências do jogo podiam ser claramente outras.

    Na minha opinião, a linha defensiva do Porto tem mantido a qualidade individual dos últimos 4 anos, mas vem piorando a sua competência. Lembro tempo do Nuno Espírito Santo que pegou num Porto defensivamente péssimo e principalmente na sua linha defensiva (tendo problemas no resto pela exposição do seu jogo…), conseguiu recuperar jogadores e criar comportamentos excelentes na mesma. Não era de admirar, sendo ele admirador do grande professor Jesualdo Ferreira.

    As análises podem ir sempre para aquilo que queremos: umas vezes a equipa falha muito golo, mas elogiamos a construção de oportunidades, outra vezes a equipa não sofre muitos golos, mesmo consentido algumas oportunidades claras, mas elogiamos o facto de não se sofrer golos…outras vezes fazemos o oposto…Tudo isso depende da análise, do momento até em que escrevemos, se vimos o jogo, se vimos o jogo duas vezes, de ideias pré concebidas, de gostos etc.

    Apesar de não apreciar o “estilo” de jogo deste Porto de Conceição, existe uma competência muito grande naquilo que se propõem a fazer e a ser.

    Por falar em ser e por este ser um blogue que previligia a essência do futebol e do desporto, da cultura desportiva, onde já vi isso referenciado em artigo, gostava de saber a vossa opinião sobre as declarações de Sérgio Conceição ainda antes do campeonato começar, sobre o “alvo a abater, dentro e fora do campo”. Acham isso mesmo necessário ao jogo? Ou acham isso realmente necessário para o “caráter e personalidade” deste Porto? Acham o ele atribuir o mérito do título de Lage à (não) verdade desportiva bom para um futebol que vocês gostam de ficar?

    Obrigado.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*