Tiro e Queda de um Sporting sem soluções

As dificuldades ofensivas do Sporting são por demais conhecidas e voltaram a sentir-se perante um LASK que mesmo tendo obtido um resultado robusto, nunca pareceu assim tão forte.

Sem capacidade para criar em ataque posicional – Trio da frente longe da dupla de médios e com isso sem possibilidades de após cada apoio frontal tocar em Wendel ou Matheus de frente para o jogo, e as ligações sentiram problemas antigas para funcionar, passando o Sporting a recorrer a um jogo mais directo que se tornou ainda mais fácil de ser controlado pela equipa Austríaca.

Pressão na Construção Adversária

A pressão sobre a construção adversária não surtiu os efeitos pensados, afinal os austríacos não se coibiram de “esticar” na frente para evitar perdas de bola em zonas baixas.

Sem bolas para recuperar – de parte a parte – sem capacidade criativa para romper linhas por baixo desde a construção, o jogo perdeu qualidade e ficou somente à espera que “momentos aleatórios” definissem o seu rumo. Foi assim até ao momento em que Coates se viu expulso.

Antes, erros marcantes de Feddal na decisão tomada e de Porro no timing de salto permitiram ao LASK adiantar-se.

A forma de atacar do Sporting tem-se mostrado pouco criativa e de fácil resolução desde que bem entendida pela oposição – Os posicionamentos e movimentos são facilmente detetáveis e ainda que o padrão seja bem notório, falta maior variabilidade para que se possa surpreender oposição. É que se enquanto o jogo prossegue empatado, os leões fecham, esperam e agem em tempo oportuno, quando a obrigatoriedade de assumir a partida se revela, não há no Sporting soluções para o tornar possível.

Posicionamentos em Ataque Posicional

Abalada a segurança defensiva numa bola parada e em erros de dois jogadores diferentes – A linha de cinco o Sporting prepara para um erro – Não para dois – sem capacidade para ser ofensivo de forma criteriosa e ainda para mais em desvantagem numérica, a hecatombe só não atingiu proporções mais escandalosas porque o LASK foi perdendo eficácia em zona de finalização.

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3 Comentários

  1. Não querendo ser mauzinho, mas o que me parece é que o Sporting joga como uma equipa pequena, pensa o jogo como uma equipa pequena. Tenta ganhar nas correrias e na tentativa de surpreender os adversários com um sistema que normalmente não estão habituados a defrontar com 3 centrais (até quando vão conseguir ganhar jogos graças ao factor surpresa?). Quando os jogadores do Sporting esgotam o físico para as correrias acabou o Sporting. A criação é nula. O buraco que fica nas costas dos médios do Sporting é confrangedor. Não vejo sinceramente grande futuro no Sporting de Amorim, ontem o Sporting parecia uma equipa amadora na abordagem ao jogo e na qualidade dos jogadores, que muitos deles até são interessantes mas…como o Braga tem jogadores interessantes, como o Rio Ave tem jogadores interessantes, como o Guimaraes ou Famalicão tem, poucos são os que tem nível de Sporting (equipa grande), por muito interessantes que sejam. Desculpem os amigos sportinguistas. Abraço

  2. Eu não vi o jogo mas admiro a vossa condescendência com o que esta equipa mostrou e vem mostrando. Fartam-se de repetir que é preciso ter jogadores completos e equipas completas (que não são fortes apenas num ou noutro momento do jogo), o que faz sentido, e depois enchem-se de esperanças e vão premonizando grandes melhorias numa equipa que tem vindo a preparar-se para não jogar à bola nem um bocadinho que seja. Uma equipa que não sabe o que fazer com a bola é sempre patética. Isto já para não falar do plantel horrendo que o Sporting apresenta. É que neste contexto mesmo os jovens talentosos que por lá andam (ainda são dois ou três e nenhum se chama Jovane, como é óbvio) terão muitas dificuldades em sobressair.

  3. Eu percebo a questão da utilização dos 3 DC como princípio de garante de uma organização defensiva mais solidificada. No entanto, para mim, a utilização deste sistema é já uma constatação de inferioridade, do reconhecimento do défice de qualidade. Mas, penso que um treinador tem que ser mais versátil e demonstrar alguns sinais de inteligência. Eu até aceitaria este sistema se o Sporting tivesse 3 DC de exceção, muito acima da qualidade do restante plantel e assim, serviria para rentabilizar os ativos que tem. Agora, com a qualidade de Neto (ainda não tenho uma opinião formada sobre o Feddal) acho que é, no mínimo, falta de inteligência… Estes 3 defesas, em termos de construção são muito limitados (daí uma das razões para a falta de qualidade na construção) e em termos defensivos, o único aceitável acaba por ser Coates. Penso que retirando um DC (jogando com defesa a 4) e acrescentando mais um elemento no meio, a qualidade individual aumentaria e consequentemente (com o devido trabalho necessário para a criação de dinâmicas, contemplando prioritariamente quem tem capacidade para pôr aquilo a andar) a qualidade de jogo sairia aumentada. Penso que, com estes jogadores, o Sporting pode e deve apresentar mais qualidade no seu jogo.

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