6 em 6 e “clean sheet”, assim segue o Sporting interno

Golo cedo que catapultou o jogo típico do Sporting de Ruben Amorim. Processos simples a nível ofensivo, pressão forte que cria muitas dificuldades ao adversário e permite recuperações médias/altas que resultam em contra-ataques perigosos. Depois de estar a ganhar, uma equipa que não se expõe, que está preparada para o momento em que perde e que não tem problemas em recolher, montar um bloco mais baixo e que tem uma linha defensiva de 5 que os protege bastante visto que a qualidade individual atrás não é a maior.

Pressão habitual na Construção Adversária, desta feita com Pote como médio

Com 3 defesas sem o conforto com bola que lhes permita arriscar conduções e tentar ligações interiores de qualidade, é cada vez mais notório o padrão de criação de Ruben Amorim – movimentos contrários na frente. Quando a bola está nos centrais há dois movimentos tipo bem trabalhados: 1) O 9 que é quase um 10 vem jogar em apoio e os extremos (principalmente o do lado contrário) pedem na profundidade; 2) Extremo do lado da bola em apoio e o lateral a projetar-se na profundidade.

Esta época, principalmente hoje, uma nova dinâmica a aparecer – a utilização dos homens da largura para fazer a bola chegar ao 9 entre linhas. Quando a bola entrava nos laterais, extremos em ruptura para criar espaço para o 9 aparecer em apoio entre linhas e posteriormente receber e encarar a linha ou tocar de 1ª no movimento do extremo – assim nasceu o 2º golo do Sporting.

Lance do 2o Golo . Mobilidade bem patente

2ª parte onde o Sporting optou por recolher e montar um bloco mais baixo, algo comum, difícil de desbloquear dado a quantidade de jogadores a defender e que ainda permite ir saindo em transições com campo aberto. Ainda assim bem notória a fragilidade individual dos centrais leoninos, principalmente Neto e Feddal. Fracos a controlar corredor lateral e quando têm de resolver por eles mesmos os lances. A verdade é que foi nas costas de Nuno Mendes que surgiram os lances de maior perigo na 2ª parte, algo que já tinha acontecido no jogo anterior. Também Porro, tal como contra o Lask, demonstrou algumas dificuldades a defender baliza em cruzamento.

Organização Ofensiva do Sporting

A nível individual, destacar 2 jogadores que acrescentam qualidade técnica e critério – Pote e Vietto. O médio português não tem o desequilíbrio individual de Wendel, no entanto decide sempre bem, acrescentando fluidez na posse e critério nas ligações, bem como diminuindo o número de perdas. Já Vietto é cada vez mais um 10 pela forma como vem em apoio e é sempre ele o responsável por pedir entre linhas. À qualidade técnica e inteligência, junta também a criatividade que mais nenhum outro jogador do plantel apresenta. Salientar também Matheus Nunes. Com bola é um jogador simples, que tenta manter a bola e não a perder que arriscar ligações, no entanto sem bola tem um raio de ação incrível, passada larga, choque e uma capacidade incrível para recuperar bolas, algo que também liberta Pote e permite ao Sporting jogar com um médio ao seu lado de maior propensão ofensiva. Por fim falar da importância de Nuno Santos e TT neste modelo de Amorim, dois jogadores mais fortes a receber na profundidade que no pé e com capacidade física para estar constantemente a fazer movimentos de ataque ao espaço e ainda a aparecer na área. Por outro lado ambos disponíveis no momento defensivo, onde conseguem pressionar com qualidade mas também juntar aos restantes quando são batidos e é obrigatório defender mais baixo.

Notas do Site SOFASCORE.COM

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1 Comentário

  1. Gostaria também que comentassem Daniel Bragança, que assim que entra, dá imediatamente a sensação que está sempre a tentar levar a equipa para a frente.

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