O Clássico, Benfica em Vila do Conde e a Europa do Futebol – O Desafie o Perito da Semana

Semana de jogos de interesse imenso e nós voltamos com o desafio semanal habitual!

DESAFIE-NOS AQUI

1.Braga x Nacional

Jogo de grande interesse na Pedreira. O Braga de Carvalhal procura consolidar o lugar no pódio da temporada passada, mas entrou mal na época e soma apenas três pontos, e recebe a atrativa equipa de Luís Freire que ainda não perdeu.

Um confronto entre a experiência e sapiência de Carvalhal e a irreverência do futebol de Luis Freire.

O Minho receberá um jogo de grande atractividade tática e poderio ofensivo – Carvalhal deverá manter a frente de ataque fortalecida com a velocidade de Galeno, a pausa e definição de Iuri, e os golos e desequilíbrios de Paulinho e Ricardo Horta, enquanto do outro lado Camacho, o internacional pelo Luxemburgo Thill, e o francês Koziello alimentam o poderio fisico de Riascos.

Promessas de golos e muitos lances a rondar a baliza numa partida eventualmente emotiva e bem jogada.

2. Sporting x Porto 

Alvalade recebe um clássico de interesse imenso. Porque a equipa de Rúben Amorim chega invicta e porque o Campeão Nacional precisa de triunfar para não correr o risco de ver a concorrência a afastar-se.

É também o primeiro jogo pós fecho do mercado e tal aumenta ainda mais as duvidas sobre ideias e jogadores a utilizar pelos treinadores.

No Sporting é certo que o modelo (e que venceu o FC Porto por duas ocasiões diferentes aquando da sua execução pelo Braga) de Rúben Amorim se manterá inalterado. 

Sistema a cinco na retaguarda ajuda a esconder limitações individuais do trio de centrais, mas sofrerá por certo dificuldades a controlar o espaço que fica livre nas costas – E ai, a presença de Marega e até de Taremi, quando for opção poderá ser a chave que desequilibra o resultado. O jogo, esse tenderá a manter equilíbrio – Os pontos fortes de ambas as equipas do ponto de vista ofensivo são muito próximos. É quando há espaço para contra atacar que mais estragos causam, e sair com João Mário ou Corona no lado dos azuis é garante de chegada perigosa ao último terço.

Sem Telles, azuis perderam possibilidades na bola parada e também por ai o Sporting poderá ter uma partida que aproxime os leões de voltarem a não sofrer golos.

3. Maritimo x Portimonense 

A equipa de Lito Vidigal pratica o tipo de jogo que se gosta de apelidar de pragmática. Arrisca pouco com bola para que esteja sempre protegido aquando da sua perda – Momento onde se marcam mais golos. Com tal ideal é sempre uma equipa capaz de fechar a sua baliza e esperar momento oportuno para atacar.

Chega depois de um triunfo sensacional no Dragão, mas perdeu Nanu pelo caminho. 

A recepção ao Portimonense marca um confronto entre 3x4x3, que se transformam em 5x4x1 no momento de defender. 

Duas equipas muito centradas no seu processo defensivo, com poucos argumentos no seu jogo para criar de forma sistemática, embora Lucas pelo Portimonense e Rodrigo Pinho pelo Marítimo sejam jogadores de nível diferenciado para a realidade onde estão integrados, e de quem se pode sempre esperar um laivo de genialidade. 

O típico jogo “tático” de possível pontuação baixa e pouca criação, onde muito se resumirá à eficácia.

4. City x Arsenal 

A entrada do City não foi a melhor na Premier League, somando apenas 4 pontos em 3 jogos, ao contrário do Arsenal que perdeu em Liverpool mas somou 3 vitórias e segue próximo da liderança.

A equipa de Arteta é uma das mais entusiasmantes da parte final da temporada passada e início da presente época. Altena entre um sistema com três centrais e apenas dois, mas é irredutível quanto à forma como se propõe a chegar à frente, ligando sempre com qualidade o jogo, colocando os médios – Xakha e Ceballos a ligar com a velocidade de Bellerín e Niles nos corredores laterais. 

Do outro lado o poderoso City de um Pep Guardiola que prepara minuciosamente cada partida, e de quem se espera portanto equilíbrio defensivo preparado mesmo aquando dos momentos em posse, para que possa controlar potencial perigoso de Auba, Willian e Pepe com espaço.

Rodri, De Bruyne e Foden formam um trio que alia a criatividade dos seus interiores, à capacidade de choque e cobertura do médio espanhol, primeiro tampão na Transição Defensiva Citizen.

A irreverencia de Mahrez e Ferran Torres, bem alimentada pelo talento e velocidade de execução de médios que são autênticos criadores tornam os jogos da equipa de Pep sempre um espectáculo dentro do próprio espetáculo. 

A recepção ao Arsenal possibilita um confronto entre duas equipas com uma matriz ofensiva bem marcada e que prometem um jogo de muita criação expressa em número de oportunidades para ambos os lados.

5. Everton x Liverpool 

O Derby de Liverpool jogar-se-à com o Everton na liderança, mas nem por isso favorito no confronto.

A equipa de Klopp apresenta “o novo futebol vencedor”. Intensidade frenética na luta pela posse da bola e velocidade “furiosa” após cada recuperação. 

Um trio de meio campo que se prepara para “engolir” com a sua agressividade uma linha média dos “toffees” plena de qualidade e capacidade de criação.

O talento de James, Ricarlison, Allan e André Gomes contrasta com a intensidade dos Reds, e esse é mais um ponto a ter em conta na partida.

A pausa azul contra a velocidade vermelha, naquele que promete ser o melhor derby de Liverpool das últimas temporadas, pela forma como se reforçou a equipa da casa, e pelo sempre apreciável confronto entre Klopp e Ancellotti. 

6. Inter x Milan 

Eterno Derby de Milão que na presente temporada promete maior competitividade. O AC Milan de Stefano Pioli luta para voltar ao topo, alicerçando muito do seu jogo na tremenda capacidade dos seus médios – Tonali e Bennacer – que pautam ritmo de cada lance e pausam jogo para chegada de Theo Hernandez, o lateral canhoto que encanta a Europa. Tivesse maior capacidade individual nas suas asas, leia-se corredores laterais, e seria um conjunto bem mais prometedor. Como é o Inter de Antonio Conte, diga-se.

Organizado num 3x4x3, com três centrais de grande mais valia – Skriniar, Bastone e De Vrij, o Inter reune na presente temporada uma capacidade de desequilíbrio por fora que impressiona. Hakimi é seguramente um dos laterais mais interessantes do futebol mundial, e no lado oposto Perisic defende e ataca com o mesmo ritmo. Na frente mais poder do que nunca – A complementaridade de funções, características e forças de Lautaro e Lukaku trazem criatividade e poder de fogo.

O Milan chega ao derby só com vitórias, mas o Inter promete mais do que nunca voltar a entrar nas contas pelo Scudetto.

7. Celta Vigo x Atletico 

Oscar Garcia não começou da melhor forma a temporada. Apenas um triunfo em cinco jogos é a marca do Celta. Na recepção ao Atletico afigura-se o tradicional “jogo tático”. Porque assim se costuma apelidar partidas entre equipas mais preocupadas com a sua organização defensiva do que propriamente em assumir o jogo, controlar com bola e criar.

O Celta fechado no seu 4x4x1x1 procurará controlar ímpeto ofensivo de um Atletico que é bastante mais capaz a sair em contra ataque do que assumindo processo criativo.

Também a equipa de Simeone concentra muita da sua energia no processo defensivo – Que é sempre de excelência. Depois de dois empates a zero, o Atlético terá forçosamente de se expor mais à procura de criar situações que Suarez possa finalizar. 

Com o português João Felix a aumentar preponderância no ataque posicional dos madrilenos, a partida encerra em si diversas questões. A maior, será alusiva ao tipo de jogo que ofertarão duas equipas de grandes cuidados defensivos. Novamente um jogo de pontuações baixas em previsão.

8. Napoles x Atalanta 

Napoli e Atalanta só sabem vencer na nova época. A matriz tática das equipas faz prever um confronto de tremendo interesse.

Gattuso lidera um conjunto que sabe fechar-se em Organização Defensiva quando o perigo espreita, mas que guarda ainda assim o talento de Mertens, Insigne, Lozano e Osimhem num quarteto que após cada recuperação dispara para chegar à frente com enorme perigo.

Do outro lado, três jogos, três goleadas. Não fez por menos a equipa de Gasperini. Alicerçado num sistema com três centrais a equipa de Bergamo é tremenda na capacidade de pressão e parte da forma como recupera a bola para sair em contra ataque, com Papu Gomez a coordenar intentos que os velozes Muriel e Zapata transformam em ocasiões.

Um confronto entre pressão asfixiante e mobilidade ofensiva da Atlanta, contra um Napoli mais resguardado, cínico e estratégico, num jogo imperdível.

9. Rio Ave x Benfica 

Mário Silva ainda nao perdeu à frente do histórico Rio Ave e pelo caminho esteve a um segundo de eliminar o poderoso AC Milan. 

A visita a Vila do Conde é tradicionalmente um dos jogos mais complicados para qualquer equipa nacional, e no norte do país o Benfica encontrará dificuldades.

Contudo, a matriz tática de cada uma das equipas poderá transportar o jogo para um lado que mais beneficie os encarnados.

O 4x2x3x1 de Mário Silva tem gente qualificada entre linhas – Dala, Geraldes, Mané – e procura alimentar o seu jogo com chegada interior, o que tem provocado ocasionalmente perdas da posse com a equipa alta e exposta no relvado. Aspecto que entronca particularmente no ponto mais notório do novo Benfica. 

Os encarnados são absolutamente temíveis quando com campo mais aberto Everton, Luca e Darwin encontram espaço de progressão para acelerar. 

Definem rápido e bem, têm argumentos na profundidade e no pé, e tornam-se uma equipa com grande capacidade de criação ofensiva. 

Um jogo entre duas das mais interessantes da Liga, num jogo de dificuldades da defensivas para estancar poderio ofensivo.

10. Boavista x Guimarães 

O começo de temporada não esteve ao nível do prometido por ambos os conjuntos, mas é certo que a nova época faz regressar o interesse no grande clássico do norte.

O Vitória desloca-se à cidade do Porto em estreia de João Henriques. Mantendo Quaresma e Marcus Edwards no onze, e sabendo da pouca participação defensiva do português, é expectável que surja num 4x3x3 com um trio de médios capazes de ter um raio de acção largo, e uma linha defensiva forte nos duelos. 

Do outro lado Vasco Seabra ainda procura a primeira vitória na época, alicerçando o seu jogo num futebol aprazível de chegada apoiada ao último terço onde Angel Gomes pensa e executa com mestria. Tem sido prejudicado por erros sistemáticos dos seus centrais e percebe-se que defensivamente não está ainda no patamar exigido. 

Confronto entre dois históricos à procura ainda do seu melhor jogo mas que apresentarão individualidades de nível estratosférico para a realidade nacional, e que tornam desde logo o confronto num dos mais aguardados da temporada.

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