Desafia o Perito – O regresso das Ligas Nacionais

Semana de jogos de interesse imenso e nós voltamos com o desafio semanal habitual!

DESAFIE-NOS AQUI

  1. United x Chelsea

O regresso da Premier League traz um sempre apetecível confronto entre equipas do Top 6. O United de Solskjaer procura melhor entendimento colectivo e incremento do seu jogo posicional. Em Transição beneficia da velocidade supersónica de Rashford, da agilidade de Martial e da capacidade finalizadora de Greenwood, que são sempre lançados a preceito pelos geómetras Bruno Fernandes e Pogba.

Na recepção ao Chelsea, espera-se que a equipa de Lampard procure impor a toada de jogo, pela forma como Jorginho e Kovacic no meio ditam os ritmos de cada lance. Ainda que com Haverts, Werner e Mount na frente, jogadores de grande desequilíbrio, os “blues” sofrerão para segurar as investidas em transição dos rivais. Equilibrio total mas com um United a poder jogar em transição, como tanto gosta.

2. Barcelona x Real

A temporada iniciou-se sem que os eternos rivais denotem competência extrema e futebol apaixonante. O Barcelona agora de Koeman experimenta um sistema novo com dois médios lado a lado (De Jong e Busquets) e solta na frente o talento imparável de Messi, Griezmann, Coutinho e Ansu Fati. As maiores dificuldades são a forma como não controla construção adversária. Defensivamente não tem a agressividade das grandes equipas da actualidade e isso retira-lhe tempo de posse. Do outro lado, a equipa de Zidane continua sem convencer exibicionalmente. Kroos e Modric continuam a pegar no ritmo de cada jogo mas não demonstram o acerto com e sem bola de outrora, e na frente Benzema continua a ser uma fonte de fazer jogar, mas a ausência de Hazard e a intermitência dos jovens brasileiros Rodrygo e Vinícius não permite que o Real dê o salto para o nível seguinte.

O Super Clássico tem o interesse de sempre, mas não será tão apaixonante como antes, afinal mesmo mantendo equilíbrio encontra duas equipas à procura de se encontrarem.

3. Santa Clara x Sporting

Confronto entre treinadores que partirão de sistemas próximos (5x4x1 no momento defensivo) mas com armas bastante díspares ao seu dispor.

A equipa de Daniel Ramos concertará toda a sua energia esperando um momento para transitar chegando à frente com os apoios de Thiago Santana e a velocidade dos extremos Carlos e Patrick, enquanto do outro lado, o Sporting surge em crescendo demonstrando mais capacidade do que nunca para também se impor em Organização Ofensiva. A presença de Palhinha catapulta o Sporting para um controlo e domínio como não havia mostrado antes. O médio centro recupera bolas altas nas saídas para o ataque adversário e permite possibilidades também em momentos de transição. Entre linhas Pedro Gonçalves e Nuno Santos são criadores que servem também os movimentos verticais de Nuno Mendes e Porro.

A boa competência defensiva do Sporting aproxima a equipa de Amorim dos triunfos mesmo que não precise de criar muito para se impor.

4. Nacional x Paços

Confronto entre dois treinadores habituados a experimentar o sucesso. O rigor tático de Pepa, cujas equipas são sempre detalhadas na sua organização defensiva, contra um Nacional de Luis Freire. Equipa cuja organização ofensiva faz soltar o talento individual não se coibindo de assumir com bola as rédeas de cada partida.

Na Madeira acontecerá um confronto entre 4x3x3, com um Paços capaz de alimentar as saídas rápidas e poderosas de Tanque e Luther Singh, pela forma como Eustáquio e Bruno Costa pensam o jogo, e com isso colocar dificuldades a um Nacional que vive da criatividade de João Camacho e poderio físico das arrancadas de Riascos como pontos mais notórios do seu jogo. 

Um jogo de interesse imenso pela matriz díspar de jogo dos dois treinadores, que se sentirão confortáveis em simultâneo. Um com a bola, o outro sem.

5. Porto x Gil Vicente

O regresso ao Dragão depois do traumático jogo contra o Marítimo deverá marcar também a mudança de agulhas táticas. O FC Porto deverá voltar a apresentar-se em 4x4x2, pronto para colocar um avançado mais fixo ao redor de Marega, formando meio a dois, com presença de Sérgio Oliveira como elemento mais recuado, não pelos equilibrios que oferece mas pela saída de jogo rápida que possibilidade em transição e pela forma como pensa o jogo em organização. Corredores laterais entregues ao poderio físico de Manafá e Zaidu, libertam para o espaço interior Corona e Luis Diaz, e perante um Gil que se organizará em 5x4x1. A equipa de Rui Almeida surgirá no Dragão com uma defesa muito densa, procurando explorar a velocidade de Leautey, Samuel Lino, as duas sensações de inicio da temporada e o velho conhecido dos dragões Laurency. Com uma linha média com evidentes dificuldades para criar ou até ligar o jogo com os homens da frente, o Dragão deverá presenciar um jogo de sentido único, com um Porto a voltar aos tempos em que asfixia adversários também pelo pressing exercido logo com dois avançados.

6. Atletico x Betis 

A equipa de Manuel Pellegrini desloca-se ao Wanda Metropolitano depois de uma copiosa derrota caseira perante a Real Sociedad. O seu 4x2x3x1 capaz de juntar criatividade de Canales, William e Fékir no apoio ao veloz trio da frente que conta com a veterania de Joaquin e a irreverência de Tello, encontra soluções para assumir as rédeas da partida mesmo que fora de portas. Não é porém, um tipo de jogo que preocupe a equipa de Simeone. O Atletico tem na sua matriz de jogo bem patente um estilo que oferece a posse, para fechar caminhos em organização defensiva enquanto aguarda por possibilidades para contra atacar. O Atletico apenas sofreu golos numa partida da Liga e com a eficácia de Luis Suarez na frente de ataque, o rigor defensivo promete mais do que nunca ser suficiente para somar pontos.

7. Bayern x Frankfurt

Separados por apenas um ponto na tabela, o Frankfurt de Adolf Hutter desloca-se a Munique procurando surpreender o poderoso Bayern. Em 5x3x2 com Organização Defensiva muito compacta, o Frankfurt tem no seu trio central – Rode, Ilsanker e Kamada – a primeira barreira que procurará coarctar ligações para o espaço entre linhas onde o Bayern sempre causa estragos. Na frente a dupla bem conhecida – André Silva e Bas Dost – esperam momento para na grande área adversária provarem a eficácia habitual.

Favoritismo total para um Bayern tremendo em todos os momentos do jogo. Agressivo, pressionante e cumpridor taticamente nos momentos sem bola, paciente, inteligente, criativo e eficaz na gestão da bola. Encontra caminhos logo na construção onde Alaba se impõe para chegar às zonas de finalização onde Lewandowki continua a definir resultados.

Um confronto entre Organização Ofensiva de excelência do campeão Europeu, e um Frankfurt que sabe defender e ser também eficaz nos poucos lances que criará na Allianz Arena.

8. Vitória Guimarães x Braga

O Grande Derby do Minho colocará o “cínico” futebol de João Henriques aos jogo de conceitos de Carvalhal. O Vitória partirá de uma organização defensiva muito cuidada e rigorosa, quer na forma como reduz o espaço de jogo, quer nos timings determinados para pressionar, enquanto do lado oposto e mesmo actuando fora de casa, o Braga deverá tomar as rédeas da partida. Assim dita a matriz tática de cada um dos treinadores.

Mas, nem por isso se deve conferir maior favoritismo a quem mais se prepara para assumir o jogo com bola. Fechado, organizado e esperando o momento para libertar talento de Edwards e capacidade de alimentar o avançado de Quaresma, o Vitória colocará tremendas dificuldades a um Braga que se prepara agora para aproveitar o poderio físico de Galeno. Com Carvalhal surge bem colado à linha, e com isso tem condições para receber de frente e enfrentar opositores já em velocidade. Melhore a definição e poderá ser não apenas o homem do derby mas até um dos da Liga. 

Confronto tático de grande rigor, com bons jogadores de lado a lado, criatividade ofensiva e recorte individual. Promessas de competitividade imensa.

9. Arsenal x Leicester

O Arsenal cresceu exponencialmente no seu jogar e nos resultados obtidos desde que Arteta tomou as rédeas da equipa. Resgatado o estilo rendilhado do futebol “gunner”, a equipa londrina altera diversas vezes o sistema tático, alternado entre um modelo com três e com dois centrais, mas nunca perde a sua identidade de jogo de toque e chegada paciente e criteriosa às zonas de criação. Willian, Pepé e Auba têm o condão de acelerar de forma decisiva após cada bola recebida na frente de ataque, e colocarão sistematicamente a linha de quatro do Leicester debaixo de fogo. A equipa de Brendan Rodgers depois do inicio fulgurante somando três vitórias em três jogos, o último dos quais no terreno do City, perdeu-se posteriormente e procura em Londres retomar os bons jogos. Ainda à procura da melhor condição física, o mágico Madison não tem nem o tempo nem a preponderância de outrora, e a ausência recente de Vardy deu até tempo de jogo ao “proscrito” Slimani. 

Um confronto entre duas equipas que procuram estilos parecidos, mas que vivem momentos díspares. O Arsenal vs Leicester traz a intensidade dos confrontos britânicos mas também o toque tão presente no jogo latino.

10. Juventus x Verona

Sete pontos em quatro jogos e vitória robusta sobre a Roma são um cartão de visita importantíssimo da equipa de Ivan Juric, que se apresentará em Turim organizada no seu tradicional 5x4x1. Muita gente atrás da linha da bola fechando caminhos entre linhas à equipa de Pirlo, mas nem por isso com um jogo suportado pela criatividade ou especial qualidade individual da sua equipa. 

Em casa, a velha senhora defenderá em 4x4x2, mas aquando do ganho da posse transfigurar-se-à num 3x4x3 com trio da frente muito bem trabalhado em termos de dinâmica colectiva. Ramsey o homem que se coloca nas costas de Ronaldo e Kulu, gera espaço para receber ou quando acompanhado liberta nas suas costas os espaços que Ronaldo utiliza para aparecer a finalizar.

O ponta de lança português continua a um nível tremendo no momento de atirar às balizas adversárias, e é um ponto estratégico muito forte que permite à velha senhora desbloquear organizações densas. Seja servindo Cristiano no chão ou no ar, nas grandes áreas oponentes.

Uma partida entre sistemas híbridos de encaixe estratégico, com o aliciante de distarem apenas um ponto na classificação as duas equipas em confronto.

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