A canhota do Pote

A primeira parte nos Açores trouxe um Sporting a provar estar em crescendo. Processos simples no momento ofensivo – Várias Desmarcações que têm o intuito de gerar espaço para quem vai efectivamente receber a bola, arrastaram e baralharam defensores do Santa Clara e permitiram ao Sporting chegar constantemente a zonas de criação.

O belo golo de Pedro Gonçalves tem a particularidade de ter sido antecedido de um movimento de Nuno Santos que arrastou central na sua marcação, libertando espaço central onde o criativo fez a diferença no momento de finalizar.

O pressing alto na saída do Santa Clara e no momento da perda da bola empurraram o jogo para o meio campo ofensivo e deram aos leões um balanço ofensivo que fez por justificar a resolução do jogo ainda no primeiro período.

Pressing HxH nas Costas da primeira ligação dos Centrais do Santa Clara

Surgiu novamente como o médio com mais liberdade ofensiva, Matheus Nunes e enquanto o relvado não se deteriorou prejudicando-o, até porque tecnicamente não tem o nível de outros, voltou a apresentar-se a um nível elevado. Com progressão em posse, e trocas constantes posicionais com os elementos da frente, que se notaram ser mais uma possibilidade de um modelo rígido de Rúben Amorim, foi um dos mais perigosos no processo ofensivo leonino.

Troca Pote – Matheus com o médio a receber nas costas da defesa

E se o bom primeiro período se viu traído pelos suspeitos do costume (Centrais Leoninos) – Coates entregou literalmente “o ouro” para o empate do Santa Clara, a segunda parte, não apenas pelo maior acerto tático do Santa Clara mas também por um relvado que passou não apenas a impedir e dificultar o “rolar” da bola, mas também a provocar maior desgaste nas individualidades, perdeu imensa qualidade.

Sempre totalmente fiel ao seu modelo, Rúben Amorim mexeu apenas do ponto de vista técnico. Nuno Santos passou para a ala esquerda, Nuno Mendes para central esquerdo, Feddal para central do meio e Coates para central pela direita. Tudo com a entrada de Tiago Tomás (Avançado) por Neto (Defesa). Sporar substitui Jovane e trouxe a presença na resposta aos cruzamentos que o cabo verdiano não tem, embora tenha perdido as duas oportunidades que antecederam o lance que resolveu a partida.

Dois golos de pé esquerdo de Pedro Gonçalves deram um triunfo justo, e infantilmente sofrido a um Sporting que Rúben Amorim transformou por completo e é hoje uma verdadeira equipa que deve ser tida em conta.

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