Salva-me se puderes, bola parada

NOTAS SOFASCORE.COM

Não é novidade na presente temporada. Nem as tremendas dificuldades que o FC Porto sentiu para poder criar – O jogo ofensivo azul tem sido um verdadeiro marasmo jogo após jogo – nem a salvação a chegar em forma de bola parada. A novidade acaba por ser… a bola parada no pós Alex Telles. Finalmente o FC Porto voltou a marcar num pontapé de canto, e com isso resgatou um jogo que estava extraordinariamente difícil, também pelo mérito do modelo e estratégia do Portimonense de Paulo Sérgio.

O regresso do 4x4x2 que parece agora estar para ficar

Novidade foi a postura pouco agressiva do pressing do FC Porto. A ideia parecia clara. Perante tão densa organização defensiva (5x4x1) seria sempre difícil furar linhas e poder criar, pelo que obrigar a bater e depois construir e criar contra um Portimonense baixo e organizado não seria fácil. A estratégia de Sérgio Conceição passou, portanto, por convidar os algarvios a subir, para poder então recuperar a bola em zona intermédia e contra atacar contra uma equipa alta e afastada por estar em posicionamentos de ataque posicional – Contra Ataque que é a forma mais eficaz que os azuis encontram para criar lances de perigo.

O engodo não resultou. Sem recuperar bolas por intercepção e com um ataque posicional incapaz de levar perigo quer por dentro quer por fora, a situação azul complicou-se ainda mais pelo adiantar do marcador da equipa algarvia.

Saltou Taremi para o relvado e mesmo mantendo organização colectiva, Sérgio levou a jogo jogadores com traços mais marcadamente ofensivos.

Taremi, Corona, Diaz e Marega entre linhas – O Maliano sempre mais profundo para poder explorar possíveis movimentos de ruptura

Duas bolas áreas viraram o jogo em apenas um minuto – Mesmo que intercalados pelos quinze de intervalo. Mbemba num pontapé de canto, e Taremi a responder a um cruzamento fantástico (pela tensão e direcção da bola) de Sérgio Oliveira, e um jogo que estava fechado abriu a favor de um Porto que continua muito longe de convencer.

Até ao final embora mais perigoso, apenas por escassas oportunidades teve a equipa azul condições para caminhar para um jogo mais descansado. Marega com um toque veloz permitiu finalização fácil a Oliveira que desperdiçou e Luis Diaz depois de um trabalho notável (em primeira instância), embrulhou-se com a bola e não foi capaz de finalizar. Somente bem próximo do final Oliveira marcou o golo da tranquilidade, num jogo que voltou a demonstrar as dificuldades porque passa o Porto. Pouca criação, pouca confiança com bola, incapacidade de reagir rápido à perda que permitiu ao Portimonense ir saindo com bola e chegar próximo da baliza de Marchesín (mesmo que sem perigo) mais vezes do que era habitual num passado recente.

Oliveira com um golo e uma assistência voltou a ser o homem em foco, mas nem por isso esteve a um nível altíssimo. Foi decisivo pela forma como apareceu nos momentos de notoriedade, mas nem sempre assertivo. Em fase de procurar novamente crescer o resultado é sempre o mais importante, até para poder trazer a confiança que escasseia, mas é impossível esconder o momento exibicional difícil do FC Porto.

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