Portugal, ao ataque!

A nossa Seleção Nacional Feminina contou com dois jogos para apuramento para o Europeu 2022 e vamos deixar aqui uma análise de como se comportam ofensivamente em campo as escolhidas de Francisco Neto.

Na 1ª fase de construção, as defesas centrais conduzem pouco e procuram maioritariamente as laterais para darem seguimento ao ataque. Quando centrais têm a bola os laterais estão em largura enquanto as médios estão todas no corredor central. Assim que a bola entra no corredor lateral, a médio desse lado abre também no corredor, dando largura máxima, e libertando aquela zona para a Médio Ofensiva, Cláudia Neto, poder receber com mais liberdade.

As laterais têm muita liberdade para se projectarem e criarem superioridade e desequilíbrios, principalmente a Ana Borges, que pelo facto de já ter jogador como extremo, está mais confortável em explorar essas zonas.

Na fase de criação, há muita liberdade para as médios na ocupação de espaços, dinâmica essa que torna difícil o trabalho das adversárias pois as marcações estão em constante variação, mas a maior preocupação das defesas será sempre a Cláudia Neto, que tem liberdade total para procurar espaços devido à sua capacidade técnica que a permite ter muita qualidade em espaços curtos, rodando muitas vezes sobre as defesas e isolando as AV em profundidade ou mesmo, através do drible, deixar uma linha completa para trás criando depois uma situação de superioridade numérica em zonas próximas da baliza adversária. (O facto de estar na zona “de ninguém” faz com que consiga muitas vezes atraír 3/4 jogadoras quando recebe a bola!!)

Os resultados pecam por escassos comparados com o número de situações que conseguimos criar durante os jogos. Pecámos na finalização, mas sem dúvida que deixamos bons índices para o que ainda resta do apuramento e vamos discutir o primeiro lugar do Grupo E com a atual líder: Finlândia.

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