Fabio Cannavaro foi bola de ouro. Nada mau para um central com menos de 180m numa fase em que o preconceito sobre o possível rendimento relacionar-se exclusivamente com a altura.
Quem vê Bernardo subir ao relvado poderá não antecipar logo a posição que a jóia mais valiosa do Estoril Praia irá ocupar. Substancialmente mais alto que Cannavaro, mas ainda assim sem o “efeito armário” que tanta vezes se procura, erradamente, num central.
É entre todos os centrais nascidos no novo milénio que já tenham chegado às Ligas profissionais o mais prometedor.
Tremenda classe no início de cada ataque, é cerebral e técnico. Uma raridade a qualidade que coloca nas saídas ofensivas da sua equipa, descobrindo caminhos, homens livres e posicionados em zonas potencialmente perigosas – Que categoria a forma como descobre e coloca a bola nas costas da pressão!
Com uma capacidade de concentração invulgar que lhe permite estar ligado ao jogo o tempo todo, não soma erros. Antecipa, intercepta, orienta bem o corpo, tem agilidade e destreza invulgar na posição, que lhe permite vencer os duelos mesmo sem ter de impor toda a sua força.
Competências defensivas e ofensivas numa maturidade que impressiona. Não tardará a conquistar um lugar importante no futebol em Portugal.
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