Desafie o Perito

Semana que fica marcada pelo regresso das Ligas Nacionais, e nós voltamos com o desafio habitual.

DESAFIE-NOS AQUI

  1. Newcastle vs Chelsea 

O Chelsea de Lampard chega a Newcastle depois de 4 triunfos consecutivos e agora com um modelo bastante mais consolidado. Os blues reuniram um conjunto de individualidades incríveis para a nova temporada, e apresentarão um meio campo fortalecido com a presença de Kanté nas costas da criatividade de Mount e Kovacic, enquanto o trio ofensivo formado por Werner, Ziyech e Havertz encontra soluções para mesmo em espaços curtos resolver problemas. E é precisamente nessa capacidade para resolver em espaços diminutos que a equipa de Lampard terá de basear o seu jogo perante um Newcastle fechado em 5x3x2. A equipa de Steve Bruce defende com linhas baixas e juntas, beneficiando ainda da agressividade e imponência nos duelos que as suas linhas mais recuadas apresentam, enquanto espera que uma bola seja recolhida em transição pelo veloz e desequilibrador Saint-Maximin. 

Um jogo de criação contra organização defensiva e procura de saída rápida que promete emoções fortes pela teia que o Chelsea terá de montar para bater as linhas recuadas oponentes.

2. Tottenham vs City

O Tottenham mesmo longe do nível individual do City volta a ser uma equipa de grande potencial. Mourinho encontrou no actual plantel dos Spurs jogadores que vão ao encontro da forma como idealiza o jogo. 

Em Londres, o City tomará as rédeas da partida, encostará os Spurs à retaguarda e contará com De Bruyne, Foden e Mahrez a receber em zonas altas e espaços reduzidos para tentar criar. Contudo, do outro lado e mesmo que ofereça as rédeas da partida aos Citizens, estará um Tottenham generoso no momento defensivo e com tremenda capacidade para sair de forma rápida e vertical após cada roubo da bola. Kane liga e finaliza como nenhum outro a nível mundial, e ainda tem as entradas de Bale que se juntou ao poderoso Son. Em Londres, a matriz do jogo poderá fazer prever domínio de Pep, mas um jogo que proporcione grandes chances à equipa de Mourinho.

3. Utd vs West Brom

Slaven Bilic orienta um conjunto que não sabe o que é vencer há 8 jogos. Levará o seu “autocarro pessoal” a Manchester, fechando-se na sua organização em 5x3x2, esperando que a criatividade de Krovinovic encontre o talento à solta de Matheus Pereira. Muito curto, ainda assim a qualidade individual de um West Brom que em Manchester encontrará um United que chega renascido depois do triunfo em Everton.

Bruno Fernandes, Pogba e Van de Beek formam um meio de grande competência defensiva e ofensiva, capaz de fazer a bola chegar para a resolução veloz e vertical de Martial e Rashford. 

O United é substancialmente mais perigoso quando encontra espaços largos para atacar, e o grande interesse da sua recepção à equipa de Bilic passa por perceber como desmontará uma organização densa e baixa sem poder usar a velocidade dos seus avançados. 

4. Villarreal vs Real Madrid

Unay Emery recebe o Real partindo à frente na classificação e tal facto configura desde logo um motivo de grande interesse. Sem poder perder mais pontos sob pena de ver a fuga do Atlético, o Real surgirá no seu habitual 4x3x3, recuperando Casemiro para a posição 6, enquanto ao seu lado Valverde trará a necessária energia para os duelos defensivos – Sem uma coordenação defensiva excepcional, o Real baseia o seu jogo na capacidade de Ramos, Varane e Casemiro se imporem em espaços largos, garantindo solidez defensiva e beneficiando das recuperações do trio para lançar o ataque de forma veloz e vertical. Benzema é a primeira referência para receber e ligar o jogo com a velocidade de Hazard ou de Vinícius em situações de ataque rápido. Do outro lado, também o submarino amarelo, surgirá em 4x3x3, mas procurando um jogo mais pausado de chegada conjunta à frente, onde o talento de Gerrard Moreno e os movimentos e leveza de Paco Alcácer procurarão contornar imponência Real. 

Um jogo de domínio repartido em que a velocidade do Real procurará causar dano numa equipa mais pensada para um jogo inteligente, mas que terá dificuldades em suster possíveis investidas velozes coordenadas pelo poderio do trio Benzema – Hazard – Vinícius.

5. Atletico vs Barcelona

Jogo grande e que começa a parecer determinante para o Barcelona de Koeman que leva já desvantagem significativa para a liderança. 

Sem a eficácia de Luis Suarez, o Atletico manterá a sua matriz tática – O 4x4x2 pleno de agressividade e encurtamento dos espaços oferecerá a toada do jogo ao Barcelona, mas nem por isso será menos perigoso. Organizado para provocar e explorar erros adversários, o Atletico tem no momento de Felix uma arma potencialmente desequilibradora da partida.

O Barcelona na presente época organizado com um duplo pivot a meio procura ainda melhor entendimento entre De Jong e Busquets para suster jogo adversário e armar a invasão aos espaços de criação onde Griezmann – Messi – Coutinho continuam a poder desequilibrar cada situação por menor que seja o espaço que tenham.

Promessa de um jogo de grande vigor e intensidade na recuperação pela posse do Atletico contra um Barcelona com jogadores capazes de destronar qualquer organização. Todavia, hoje a equipa de Simeone é bem mais equipa que o Barcelona de Ronald Koeman.

6. Frankfurt vs Leipzig

Jogo de interesse imenso pela sua competitividade e matriz tática no regresso da Bundesliga. O Frankfurt de André Silva e Bas Dost partirá da sua organização com três centrais, procurando sair com bola desde a primeira fase de construção, conferindo grande responsabilidade ofensiva aos laterais. Em 3x4x3 com bola, que se transforma num 5x4x1 sem esta, fechará espaços de criação e entregará a iniciativa ao adversário sempre com o intuito de recuperar para ferir em transição.

Nagelsmann volta ao sistema com dois centrais, e embora tantas alterações táticas tornem difícil prever sistema que leva a jogo, deixa a certeza de as grandes linhas orientadoras do seu jogo não se alterarão. Pressão constante sobre a saída adversária, com o intuito não somente de recuperar a bola mas de aproveitar espaços abertos pós roubo da posse. A chegada de Sabitzer, Dani Olmo e Forsberg, tudo jogadores de grande eficiência e eficácia no gesto técnico, permitem ao Leipzig vencer mesmo nos dias em que cria menos. Em Frankfurt terá de somar três pontos para manter perseguição próxima ao líder, mas encontrará organização e eficiência no lado oposto.

7. Napoli vs Milan

Confronto entre duas grandes surpresas da Série A. O Napoli de Gattuso alia organização tática a individualidades capazes de desequilibrar o jogo ofensivamente, e é sempre uma possibilidade forte a vencer cada partida. O seu 4x4x2 no momento defensivo não permite entrada em zonas de criação, fechando o espaço defensivo como poucas outras equipas no contexto europeu, demonstrando posteriormente um poderio ofensivo no momento de transição que beneficia da velocidade e definição de Lozano, Insigne, Mertens e no poderio de Osimhen. 

Do outro lado o AC Milan tem na qualidade dos seus médios – Bennacer – Kessié – Tonali – um catalisador do seu jogo ofensivo, onde Zlatan continua a impor-se segurando, criando e marcando. 

A equipa de Stefano Pioli procurará manter a liderança num jogo extremamente complicado. Tomará rédeas do jogo ofensivo, mas tal não significará maior proximidade ao triunfo – Afinal, a inteligência do conjunto de Gattuso oferecerá toada para matar resultado.

8. As Roma vs Parma 

Paulo Fonseca guia a Roma em mais uma temporada, desta feita com um interessante arranque de Série A – Está a três pontos do líder Milan, à frente de Juventus e Inter. Mudou sistema, e hoje parte de um 3x4x3 no momento com bola, para defender com linha de cinco em Organização. 

Maior equilíbrio defensivo garantido, e mais capacidade para explorar também os momentos pós recuperação, a equipa de Fonseca pretende ainda assim manter-se dominante e encontrar soluções criativas para desbloquear jogos em ataque posicional. 

Perante um Parma organizado em 5x3x2 sem bola, forte nos duelos e na concentração defensiva, esperando que a velocidade de Gervinho possa desequilibrar no contra ataque, o trio Pedro – Mkhitaryan – Borja terá preponderância na ligação interior e tomada de decisão que visará acelerar o jogo. Ainda que confronto entre equipas bem distantes na tabela, a matriz de um jogo que trará o Parma numa postura totalmente defensiva a Roma obrigará a equipa de Paulo Fonseca a paciência e critério para desbloquear o resultado. 

9. Inter vs Torino

O Inter de Antonio Conte é uma das equipas mais previsíveis de todo o futebol mundial. Com tudo o que daí beneficia ou sai prejudicado. Todos entendem muito bem a sua dinâmica e se tal permite que o modelo de jogo esteja completamente percebido e enraizado, também torna possível neutralizar ideias coletivas dos nerazurri. 

O 3x5x2 de Mancini tem na complementaridade de Lautaro com Lukaku e na chegada lateral de Hakimi e Perisic fonte de grande desequilíbrio e criação ofensiva, enquanto Brozovic Barella e Vidal sustêm investidas ofensivas da equipa. Uma equipa de grande rigor tático e com qualidade individual para colocar sob ameaça qualquer conjunto, que receberá no fim de semana um Torino débil individualmente, e organizado num 4x3x1x2 que denota dificuldades no controlo dos espaços laterais – pela organização em losango do seu meio campo. Sem exacerbar do lado estratégico que vise parar investidas dos poderosos laterais do Inter, a equipa de Marco Giampaolo sofrerá demasiado na visita a Milão, mesmo que se apresente com linhas baixas e organização densa.

10. Leeds vs Arsenal

A irregularidade exibicional e pontual de dois dos mais atraentes conjuntos do futebol inglês fazem desde logo perceber ser este um confronto imperdível. 

Arteta contra Bielsa é também um confronto entre senhores que querem a bola, e cuja organização tática partirá da presença de três centrais – Não com o intuito de ser defensivo, mas procurando promover uma saída para o ataque desde logo em superioridade numérica. 

Os gunners com uma qualidade individual bem superior, beneficiarão da velocidade de Auba, Willian e Lacazette no último terço, devendo tomar rédeas da partida. A pressão intensa da equipa do Leeds será por certo capaz de recuperar bolas comprometedoras que Hélder Costa possa definir.

Promessa de um jogo de grande ofensividade, protagonismo até no momento defensivo e criação sobre ambas as balizas – Pelos colectivos, pelas individualidades e porque mesmo sem bola as equipas procuram forçar erros.

2 Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*