Desafie o Perito – O regresso das Ligas Nacionais

Semana que fica marcada pelo regresso das Ligas Nacionais, e nós voltamos com o desafio habitual.

DESAFIE-NOS AQUI

  1. Brighton x Liverpool

Com derby londrino que poderá atrasar o Tottenham, o Liverpool terá em Brighton a oportunidade de assumir a liderança da Premier. Não terá, contudo o tipo de jogo que mais o favorece. O sistema com cinco defesas da equipa da casa, bem como o recuar de linhas e entregar toda a iniciativa aos Reds, retirará possibilidades à equipa de Klopp para contra atacar e equilibrará um jogo que individualmente não tem nada de equilibrado. A presença de Firmino nas costas, aquando da posse, dos velocistas – Mané, Jota e Salah, é garante de criatividade, mas não é seguro que surjam espaços para acelerar. Do lado oposto, os corredores laterais entregues a Lampetey e Solly March, e a velocidade ofensiva de Welbeck e Maupay procurará castigar uma linha defensiva sem Van Dijk. Um jogo interessante precisamente porque a matriz tática do mesmo fará encurtar distâncias.

2. City x Bunley 

A recepção do City ao Burnley chega em boa hora para a equipa de Pep, que procura voltar à tranquilidade de outrora. O desnível individual técnico e colectivo empurrará o jogo para uma matriz de sentido único, e nem o 4x4x2 da equipa de Sean Dyche que pretende ser produtivo na recuperação da posse e saída em contra ataque, deverá conseguir retirar tempo de posse ao Manchester.

Com De Bruyne e Gundogan encarregues de alterar construção média com processo de criação, onde surgirá Mahrez, Ferrán Torres e Foden, é expectável que surja criação em número suficiente para que o City volte aos grandes jogos.

3. Valencia x Atletico

Depois de um inicio turbulento o Valencia procura reerguer-se no 4x4x2 de Javi Gracia. O velho conhecido Racic toma conta do sector médio ao lado de Soler, enquanto Gonçalo Guedes será arma a explorar transição ofenisva. O Atletico tem na presente época uma importante possibilidade de voltar a ser feliz perante dificuldades apresentadas pelos dois rivais de sempre, e os comandados de Simeone encararão cada jogo com o intuito de fazer história. A deslocação a Valencia terá a particularidade de opor dois conjuntos de ideias similares. Duas equipas que procuram antes de tudo o mais ser eficazes defensivamente para partindo daí procurar o golo, sempre sem nunca se expor. 

A ausência de Luis Suarez tira eficácia ao conjunto de Madrid, que porque nunca cria demasiado dela depende para triunfar. Por outro, lado não há quem marque à rigorosa organização defensiva de Simeone, e também por isso Valência deverá receber uma partida tática, fechada e de especulação.

4. Stuttgard x Bayern 

Pellegrino Matarazzo orienta um Estugarda sem a qualidade dos seus tempos áureos mas que ainda assim reune uma frente de ataque de grande capacidade criativa – Didavi, Gonzalo Castro e Nico Gonzalez que volta moralizado da selecção argentina – e parte de uma boa e densa organização defensiva – 5x2x3 que se transforma em 5x4x1 quando tem de defender baixo para controlar ímpetos adversários. A recepção ao Bayern marcará um jogo de domínio da equipa de Flick, mas com Estugarda com capacidade para sair explorando profundidade. A capacidade de construção de um Bayern que tem em Alaba um prodígio na hora de organizar o jogo ofensivo, deverá empurrar oponente para trás, e a presença física e tática de Goretzka será determinante no controlar das transições. No último terço Sané volta aos grandes momentos, e Gnabry tem a capacidade criadora que alimenta a eficácia de Lewandowski. 

O poderoso Bayern encontrará um desafio interessante de desmontar numa partida imperdível.

5. Sassuolo x Inter

Roberto de Zerbi lidera uma das equipas sensação do continente Europeu. O Sassuolo permanece imbatível na presente temporada, e persegue a liderança do AC Milan. Em 4x2x3x1, com o internacional Locatteli ao lado de Maxime Lopez protegendo em cobertura a capacidade criativa e liberdade de movimentos do finalmente renascido Djuricic, e alimentando a velocidade dos perigosos alas – Berardi e Boga – configuram um poderio ofensivo notório, e que assenta também numa ideia de jogo atrativa. Do outro lado o Inter tem sido uma das desilusões da temporada. O 3x5x2 de Conte tem o rigor tático habitual do treinador transalpino, e desta feita conta também com individualidades importantes para lhe darem cor. Um meio campo com Vidal e Barella, e uma frente de ataque com Lukaku e Lautaro, alimentados pela velocidade extrema de Hakimi partindo do corredor lateral, tornam o Inter uma equipa com grande capacidade ofensiva, e capaz de bater o pé à grande sensação, mesmo que o pouco tempo para preparar estrategicamente o encontro possa ser um entrave.

6. Chelsea x Tottenham

Derby Londrino de grande atractividade, ainda para mais quando as equipas distam apenas dois pontos e lideram a tabela, como é o caso do Tottenham. Ao Chelsea caberá assumir as despesas da partida, e tem nível individual para tal. Jorginho assume construção e tem na criatividade de Mason Mount soluções para fazer a bola chegar aos espaços adiantados onde impressiona a frieza na finalização de Timo Werner, e a capacidade criativa de Ziyech. A equipa de Mourinho chegará, já se sabe, bem montada do ponto de vista estratégico, organizando-se num 4x4x2 com linhas muito juntos, capaz de retirar todos os espaços interiores ao seu adversário, e contando ainda com Ndombelé a defender à frente da linha média, garantindo ainda maior coesão defensiva, enquanto espera por uma possibilidade para roubar a posse e sair rápido, procurando Harry Kane, por estes dias um “dez” de luxo que lança a verticalidade de Bale e Son. Confronto tremendo, entre ideologias diferentes, com expectativa de golos – Em Organização Blue ou na transição veloz que Kanté procurará travar.

7. Southampton x Utd

Expectativa enorme na deslocação de um United que parece renascido ao terreno do Southampton, revelação da Premier no primeiro terço. A equipa de Ralph Hasenhuttl apresentar-se-à em 4x4x2, com uma capacidade de desdobramento ofensivo importante, pela qualidade dos seus laterais – Peters à direita, e sobretudo Bertrand à esquerda, que deverão ganhar vantagem sobre os extremos do United, trazendo superioridade numérica nos corredores laterais. Também a velocidade de Walcott em cada transição trará dificuldades para Maguire, e a matriz tática de uma partida que obrigará o United a assumir o jogo, quando é mais forte nos momentos de contra atacar poderá ser o factor que o nivela. Afinal, a equipa de Solskjaer faz agora renascer Cavani, que alimentando por Martial, Bruno Fernandes e Rashford configura um poderio ofensivo de nível mundial. Van de Beek conquista o seu espaço com intensidade e qualidade técnica e ajuda o United a ser afirmativo na recuperação da posse também. 

As dificuldades da última linha do United bem como a obrigatoriedade de assumir a partida tenderá a nivelar o jogo, mas o nível impressionante que Bruno se apresenta criando e finalizando, bem poderá ser o toque de Midas de um jogo interessantíssimo.

8. Boavista x BSad

A BSad, rei dos empates a zero desloca-se ao Bessa onde a equipa local precisará obrigatoriamente de vencer, para não ficar colada ao epíteto de desilusão. Petit estruturará a equipa no sistema habitual com linha defensiva a cinco, coordenada pelo internacional brasileiro Henrique, que se rodeará do competente Tomás Ribeiro e Phete, enquanto Esgaio e Rúben Lima fecharam espaços laterais e procurarão projecção ofensiva em Transição. O parco poderio ofensivo da equipa de Oeiras encontrará dificuldades, numa partida que deverá ter pontuação baixa. Mesmo que o Boavista de Vasco Seabra procure tomar as rédeas ofensivas da partida e conte com Angel no processo criativo e Nuno Santos no inicio de cada saída, que visa alimentar a velocidade de Elis e Paulinho. 

Jogo tático em perspectiva com equipa do Bessa a assumir despesas perante um BSad bem fechado na sua retaguarda.

9. Gil Vicente x Rio Ave

A recepção do Gil Vicente ao Rio Ave deverá marcar a mudança de sistema barcelista. Agora orientado por Ricardo Soares, o Gil terá mil cuidados defensivos, e procurará antes de tudo o mais fechar-se na sua organização em 4x4x2 dando iniciativa a um Rio Ave que embora extremamente difícil de bater – Apenas perdeu com o SL Benfica – vem denotando dificuldades gritantes para ser uma equipa forte no processo de criação. Diego Lopes, Lucas Piazón e Carlos Mané surgirão no apoio ao ponta de lança ex FC Porto André Pereira, mas a forma como as equipas de Ricardo Soares encurtam o campo no seu momento defensivo, retirará grandes possibilidade ao Rio Ave de em ataque posicional ser perigoso, numa partida cuja matriz tática faz prever dificuldades de criação para ambas as equipas, e procura pela bola parada e transição gilista nas botas de Laurency e Samuel Lino

10. Braga x Farense

Sem tempo para preparar estrategicamente o jogo, o Braga de Carvalhal enfrentará um Farense parco em qualidade individual mas extremamente bem orientado por Sérgio Vieira. A equipa algarvia bateu o Boavista e surgirá no Minho menos pressionada, mas nem por isso menos rigorosa taticamente. O 4x4x2 sem bola mostra-se competente no momento sem bola enquanto ofensivamente deposita expectativas na bola parada, onde o Farense tem sido letal – Pela qualidade dos intervenientes e do trabalho do seu treinador. Mais fatigada e sem tempo de preparação, o que contribuirá para encurtar distâncias entre as equipas, o Braga tem ainda assim armas suficientes para assumir o jogo e partindo do seu sistema híbrido que tem lateral esquerdo a funcionar como central enquanto guarda corredor lateral para Galeno receber com mais espaço e de frente para a baliza oposta, deverá pela velocidade do seu jogo e capacidade para chegar à área adversária criar em número suficiente para provar distâncias. E com Paulinho e Ricardo Horta na área, a eficácia parece também assegurada.

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