E tudo Nagelsmann levou

during the Group F match of the UEFA Champions League between FC Shakhtar Donetsk and TSG 1899 Hoffenheim at Donbass Arena on September 19, 2018 in Donetsk, Ukraine.

A vitória na Turquia e o empate em Munique perante o todo poderoso Bayern recorrendo a uma linha defensiva a 4 não faria prever que “Baby Mourinho” trouxesse a jogo outro modelo. Porém, se há algo que é marca de Nagelsmann é a imprevisibilidade com que se apresenta em cada partida. Preparar o tão decisivo lado estratégico contra a equipa mais camaleónica do futebol mundial é portanto um tormento.

Em 5x3x2, com grande rigor tático e disponibilidade física dos laterais Angeliño e Haidara, que marcaram dois dos golos alemães – E Angeliño ainda assistiu Haidara no segundo do jogo, e Kluivert no terceiro – impressionou a capacidade técnica de todos os elementos, que se mostraram uma vez mais capazes de definir a grande velocidade (um toque), usando e abusando dos apoios frontais de Dani Olmo e Forsberg que colocavam os colegas de frente para o jogo e com condições para acelerar o jogo nos corredores laterais.

O golo de Haidara – Preparação para a perda com o encostar dos centrais mais abertos do Leipzig nos avançados do United impedindo que possam ser bom apoio frontal para sair em contra ataque:

Leipzig em Organização Defensiva

A intensidade competitiva dos alemães que juntam à eficiência e eficácia em cada recepção e passe, uma tremenda capacidade tática na ocupação do espaço e uma capacidade física bem notória em todos os seus elementos das duas últimas linhas, permitiu equilibrar e vencer duelos, fechar espaços sem bola e encontrar rotas e saídas ofensivas com esta, e nos momentos em que falhou ainda teve a felicidade de ver Rashford e Greenwood não aproveitarem espaços concedidos.

A segunda etapa trouxe um United a procurar encostar o Red Bull à sua rectaguarda, mas se há equipa preparada para jogar em tudo o que jogo lhe pedir – Com bola / Sem bola, após recuperar / após perder, essa é a máquina de Nagelsmann, e depois do livre de Bruno Fernandes ter encontrado o travessão, surgiu mais um golo do Leipzig que parecia sentenciar a eliminação de um United que pós Mourinho reúne mais talento mas apresenta piores resultados.

Bruno num penalty que gerou dúvidas e Pogba num salto à Cristiano num pontapé de canto, em apenas dois minutos fizeram acreditar que o destino do United poderia não estar ainda traçado. Mas estava e penaliza a falta de qualidade colectiva e individual da rectaguarda dos ingleses, porque ofensivamente a equipa de Bruno Fernandes foi capaz de se reerguer e esteve bem próxima ainda do golpe de teatro final.

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