Volta Olímpica

Com tudo definido para o dragão ainda antes desta 6.ª jornada, restava a possibilidade de Sérgio medir a tensão a várias caras novas, e a menos utilizados, de um plantel pensado para dar profundidade numa época desgastante e que pede alternativas. Assim, em Atenas, Sérgio lançou Diogo Costa, Nanu, Diogo Leite, Grujic, Baró, Felipe Anderson e Toni Martinez de início e acabou por sair satisfeito com uma resposta altamente competente dos novatos. Na Grécia surgiu um Porto novamente competitivo e equilibrado, quer com bola, quer sem ela. Os rookies acabaram por se adiantar no marcador bem cedo – graças a um penálti convertido pelo líder Otávio – e à medida que iam subindo o Monte Olimpo e sentido alguma falta de oxigénio, a Velha Guarda (Luis Diaz, Uribe e Corona entraram já na segunda metade) surgiu a dar a estocada final num Olympiakos que ficou a agradecer ao Man City e a Pep Guardiola o facto de seguir para a Europa League.



Ainda assim e, talvez, por causa da falta de rotinas, os dragões não ficaram sem ver o Olympiakos criar dois arrepios que poderiam alterar o rumo dos acontecimentos. Masouras, aos 15′, fugiu à linha defensiva, dominou com requinte mas, na cara de Diogo Costa, atirou para as nuvens. Já na segunda metade foi El Araby a mostrar algum do desperdício que os gregos haviam também mostrado no Dragão (especialmente na 2.ª parte). Algo que ainda assim não belisca o controle maioritário do jogo por parte de um FC Porto que se desdobrou entre o 451 (com os alas a taparem também a lateral se necessário) e um 433 que pretendia soltar um Toni Martinez que, com bola, nunca soube responder (ao contrário do momento defensivo onde esteve irrepreensívelmente combativo e solidário). Faltou algum requinte ao espanhol para acompanhar as exibições de Otávio e Baró, e para selar um jogo que foi definitivamente ganho com a entrada da já referida Velha Guarda: aos 77, Corona e Diaz num 2 para 2, o colombiano cria na área e Uribe aproveita a segunda para meter no bolso os importantes milhões garantidos por mais uma vitória dos azuis-e-brancos. Pouco depois, Rúben Semedo via o segundo amarelo e deixava os portistas em cruise-control até ao apito final.

Balanceamento ofensivo do Olympiakos permitiu a construção do segundo golo do FC Porto
Nanu com dificuldades em alinhar, foi apanhado desprevenido por Masouras. Na situação que poderia ter dado empate, Otávio pareceu longe da zona de onde foi feito o passe. Lance marca o único percalço dos portistas na primeira metade e mostra o 451 no momento defensivo, com Martínez a guiar, para os médios saltarem depois na pressão. Uma linha média em que Grujic nem sempre assumiu a posição mais baixa e saltou também para ganhar bolas mais à frente. Alas João Mário e Felipe Anderson baixavam para a linha defensiva quando a bola rondava o último terço

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