A verdadeira intensidade, Dani Olmo explica

Uma das definições mais polémicas e discutidas no futebol atual é a “intensidade”. Não só porque o termo é vago e muitas vezes mal associado, mas porque se passa a ideia de que está exclusivamente relacionado a aspetos físicos, quando pode ser muito mais do que isso. Muitos craques do futebol moderno eram dos jogadores mais intensos que existiam, e deixamos exemplos de alguns que não eram nenhuns monstros físicos: Xavi, Iniesta, Messi, Fabregas, David Silva e o “nosso” João Moutinho são só alguns desses exemplos. Porquê? Porque pensam e executam as suas ações mais rápido e mais vezes do que os adversários, porque cada toque na bola, cada pormenor defensivo ou ofensivo é realizado com intuito de colocar a equipa numa melhor posição, mais perto do seu objetivo.

A tal intensidade que muitas vezes se fala parte muito mais do cérebro do que das pernas, parte mais de um passe para o pé enquadrado do que um passe com muita força, ou de uma desmarcação subtil para dar um ângulo de passe melhor ao colega do que de um sprint de 35 metros a pressionar. Hoje em dia, o Leipzig de Naggelsman é das equipas que consegue unir todos estes pormenores em prol do colectivo, e por isso se diz que é das equipas mais intensas da Europa (não só por correrem muito). No Leipzig, Dani Olmo tem estado cada vez mais em destaque e vai brilhando tanto na Europa como na Bundesliga. O internacional espanhol tem ADN de La Masia, e é mais um craque na “arte da intensidade”. Este fim de semana teve uma exibição de luxo na Bundesliga, onde cada ação deixava a sua equipa mais perto do golo (mesmo sem bola). Qualidade na ocupação dos espaços, interpretação dos momentos para acelerar, criação de espaço para ele próprio através de “contra-movimentos” e técnica e inteligência para dar e vender. Mais intenso do que todos os outros em campo, Dani Olmo é um craque:

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Rodrigo Carvalho. 26 anos, treinador adjunto-analista nos San Diego Loyal, EUA. @rodrigoccc97 no Twitter.

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